25 de abr. de 2008

Severino e o impeachment

Por Dora Kramer

Tal como já fizera Lula ao saudar a derrota presidencial de 1989, porque, confessou, não estava preparado para governar o Brasil, Ciro Gomes comemorou o fato de não ter sido eleito em 2002. Não estava maduro.
Compreende-se que o intuito da autocrítica sobre as imperfeições do passado seja o de reforçar o primor dos atributos do presente Mas não deve soar bem aos eleitores de ambos nas referidas eleições a revelação de que foram vítimas de assumida propaganda enganosa.
Tal como fez o presidente Lula recentemente em visita a Pernambuco, redesenhando a história da ascensão e queda de Severino Cavalcant (foto)i, Ciro Gomes revisou o episódio apresentando Severino como o cerne de um golpe em marcha contra Lula. Segundo Ciro, a oposição planejava usar o então presidente da Câmara para dar curso a um pedido de impeachment, desistindo apenas quando Severino aderiu ao governo.
É possível que Lula e Ciro tenham seus motivos para tentar conferir a Severino Cavalcanti um papel histórico que ele não teve. Mas, quaisquer que sejam, não têm o condão de alterar a realidade: Severino subiu no vácuo da divisão do PT e caiu por corrupção comprovada.
Quanto ao impeachment, a decisão de não apresentar o pedido foi tomada numa reunião dos partidos de oposição na segunda-feira seguinte ao depoimento de Duda Mendonça na CPI dos Correios, quando o publicitário confessou ter recebido recursos de caixa 2 para fazer a campanha presidencial de 2002.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ciro?
Severino?
Lula?
Duda?

Meu Deus!

Anônimo disse...

XÔ CIRO.
Já está de bom tamanho ser Deputado Federal.....Vai prá casa Padilha....vai cuidar da mulher e dos filhos.....louquinho já temos demais.....mais um para aguentar e mamar nas tetas do governo....chega.
Eita nóis......