
Nos idos de 1964 o então presidente João Goulart autorizava
correligionário a especular a respeito de sua reeleição, hipótese a que constitucionalmente não tinha direito. Empenhado em realizar profunda obra social e econômica, baseada nas reformas de base, ele passou a sabotar todos os nomes então referidos como candidatos à sucessão de 1965.
Começava por Juscelino Kubitschek, de quem dizia já ter tido sua oportunidade e que estava defasado diante do mundo em transformação, a exigir um desenvolvimento muito mais social do que industrial. Solapava Santiago Dantas, seu correligionário, rotulando-o de conservador e de intelectual demais.
Afastava Leonel Brizola pelo impedimento fundamental de ser seu parente, além de muito radical. Condenava Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, adversários, como representantes da reação, a serviço de forças retrógradas e elitistas.
Sobrava quem, então? Ele mesmo, ainda que repetisse todos os dias a determinação de presidir eleições e passar o governo ao sucessor democraticamente escolhido pelo povo.
Começava por Juscelino Kubitschek, de quem dizia já ter tido sua oportunidade e que estava defasado diante do mundo em transformação, a exigir um desenvolvimento muito mais social do que industrial. Solapava Santiago Dantas, seu correligionário, rotulando-o de conservador e de intelectual demais.
Afastava Leonel Brizola pelo impedimento fundamental de ser seu parente, além de muito radical. Condenava Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, adversários, como representantes da reação, a serviço de forças retrógradas e elitistas.
Para caracterizar a marcha irresistível para a concretização das reformas de base, atropelando o Congresso, bem como para atingir seu objetivo continuísta, Jango passou a nova etapa: dialogar diretamente com o povo, mobilizando as massas em monumentais comícios pelas principais capitais do País, começando pelo Rio, a 13 de março e, conforme o calendário previsto, encerrando em São Paulo a 1 de maio, Dia do Trabalho.
As coisas deixaram de fluir conforme seus planos, acabou deposto depois de haver realizado apenas o comício da Central do Brasil, na antiga capital, mas...
Mas um corte para os dias de hoje conduz-nos ao videoteipe meio esmaecido do passado, ainda que nem por isso de roteiro diferente. O presidente Lula acentua que fará o sucessor, rejeitando de público aquilo que amigos seus tramam em particular, no caso, o terceiro mandato. Não aceita a hipótese de José Serra ou Aécio Neves, adversários.
Deixa de confiar em Ciro Gomes e já contribuiu para queimar José Dirceu e Antônio Palocci, estando Dilma Rousseff a caminho da frigideira. Devem cuidar-se Patrus Ananias e Marta Suplicy, especialmente se vierem a perder as eleições para as prefeituras de Belo Horizonte e de São Paulo, por falta de empenho dos companheiros. Quer dizer, ninguém serve, ninguém dispõe de tamanha popularidade como ele mesmo.
Em paralelo, desenvolve-se com invulgar intensidade o diálogo direto do presidente com a população, todas as semanas baixando num estado diferente para inaugurar ou simplesmente vistoriar obras do PAC. É o milagre da multiplicação dos palanques.
Se alguém achar outras semelhanças entre o passado e o presente, deve atribuí-las ao primeiro de abril celebrado ontem. Ou não?
As coisas deixaram de fluir conforme seus planos, acabou deposto depois de haver realizado apenas o comício da Central do Brasil, na antiga capital, mas...
Mas um corte para os dias de hoje conduz-nos ao videoteipe meio esmaecido do passado, ainda que nem por isso de roteiro diferente. O presidente Lula acentua que fará o sucessor, rejeitando de público aquilo que amigos seus tramam em particular, no caso, o terceiro mandato. Não aceita a hipótese de José Serra ou Aécio Neves, adversários.
Deixa de confiar em Ciro Gomes e já contribuiu para queimar José Dirceu e Antônio Palocci, estando Dilma Rousseff a caminho da frigideira. Devem cuidar-se Patrus Ananias e Marta Suplicy, especialmente se vierem a perder as eleições para as prefeituras de Belo Horizonte e de São Paulo, por falta de empenho dos companheiros. Quer dizer, ninguém serve, ninguém dispõe de tamanha popularidade como ele mesmo.
Em paralelo, desenvolve-se com invulgar intensidade o diálogo direto do presidente com a população, todas as semanas baixando num estado diferente para inaugurar ou simplesmente vistoriar obras do PAC. É o milagre da multiplicação dos palanques.
Se alguém achar outras semelhanças entre o passado e o presente, deve atribuí-las ao primeiro de abril celebrado ontem. Ou não?
3 comentários:
Caro Giulio, apesar da farsa atual, a História ensina. Estou animada com o movimento da imprensa, da Oposição e do Supremo. Um Roberto Romano como leitor deste blog também é muito importante. É sinal de que os formadores de opinião não estão dormindo e é um grande prestígio para vocês. Reitero meus parabéns. O seu trabalho começa a render frutos bons, frutos de uma vanguarda muito significativa, que pode acordar muitos ingênuos. Em MT acho que é ponta de lança. É importante que, junto aos grandes problemas nacuionais, sejam desvendados esquemas podres regionais, afinal a corrupção hoje que é o tchan. Corruptos porcos!
Alô, Giulio.
As fotos do duende deveriam vir todas em tom sépia, para mostrar a antiguidade dos atos. Já vimos esse mesmo filme, pois não?
Desde os dias em que comeram o bispo a história não foi muito favorável ao Brasil.
Raríssimos exemplos de estadistas contemplam o nosso país.
" Atualmente alguns historiadores cogitam que, na verdade, não teriam sido os caetés os autores de tal fato, mas os tupinambás que viviam próximos à foz do Rio São Francisco, tendo os colonizadores se utilizado da falsa acusação da morte do bispo pelas mãos dos caetés para perseguí-los até à extinção, a fim de tomar-lhes as terras".
Assim como Dom Pero Fernandes Sardinha, foi comido pelos índios e pela história o Lula um dia também vai sê-lo.Viram como ficou bonito este selo aqui, fí-lo porque quí-lo.
Falando sério, depois do Barão do Rio Branco e do Rui Barbosa? quem poderia se citado, foi o que me ocorreu no momento,entonces...
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