12 de mai. de 2008

A alegria de uma esperança que não morre

Por Giulio Sanmartini

Domingo, mais ou menos às 4 da tarde ligo a televisão, havia terminado a competição e os três primeiros colocados dirigiam-se ao pódio para devida premiação.
É uma disputa cheia de magia, nesses quase 60 anos de existência, dos milhares de participantes poucos tiveram o gosto da vitória de uma etapa, vencer o campeonato, então, transforma o protagonista em uma legenda viva.
Refiro-me ao Campeonato Mundial de Fórmula 1 (automobilismo). Na Itália esse esporte é uma paixão nacional desde que começou em 1950, No Brasil tudo começou em 1972, quando Emerson Fittipaldi venceu o Mundial. Seguindo seu rastro vieram brasileiros Nelson Piquet e Ayrton Senna, que também foram campeões do mundo mais de uma vez.
Desde trágica morte de Senna (1994) durante o Grande Prêmio de San Marino em Imola, o Brasil ficou órfão nessa atividade. Agora surge um jovem de 28 anos que tem mostrado ao que veio, atende pelo nome de Felipe Massa (foto).
Com seu sorriso quase infantil, ele sobe ao ponto mais alto do pódio no Grande Prêmio da Turquia que naquele momento terminara, foi o vencedor, as bandeiras desfraldam-se e começam os primeiros acordes do hino nacional brasileiro. Uma lágrima errante cisma de me escorrer pela barba, a emoção é o resultado de uma alegria incomensurável, que escapa do fundo de meu mais forte sentimento.
A vitória de Felipe Massa é o resgate da esperança dos brasileiros, que vivem uma triste época de corrupção e descaso.
Com lisura, sem subterfúgios, ele foi o melhor entre os ótimos.

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