8 de mai. de 2008

Assombrações de campanhas

Já é de conhecimento público, tramita na Justiça do Trabalho uma ação (processo nº 00261.2008.006.23.00-8) contra o governador Blairo Maggi e seu advogado Almino Afonso, por dívidas trabalhistas da campanha de 2006. O autor da ação, Yvan Ayres, cobra por serviços advocatícios prestados à campanha de Blairo Maggi.

O abnegado. Almino Afonso alega descabida a ação, pois, segundo ele, nunca manteve qualquer tipo de contrato com Yvan Ayres. Ele afirma ainda que o serviço que prestou à campanha de 2006 foi uma doação sua ao amigo Blairo Maggi.

Mérito. Sem entrar no mérito da questão, ou seja, se um contratou o trabalho do outro e não pagou, a peça de contestação apresentada pela defesa de Blairo Maggi e Almino Afonso é uma pérola jurídica. Trata-se de uma espécie de Aberratio ictus, termo usado para desvio de golpe. Isto é: quando o agente A, querendo atingir B, acerta C. Neste caso o C é o próprio Blairo.

Aberratio. Sugere a contestação que, como forma de pagamento, foi oferecido a Yvan um cargo no governo estadual. Opa, opa, opa! Fugimos das questões trabalhistas e entramos no âmbito eleitoral. O autor da defesa, na ânsia de defender Maggi o acusa de utilizar a máquina pública para quitar suas dívidas de campanha política.

Mea maxima culpa. Mais adiante o advogado confessa na Contestação que utilizou de sua amizade com o governador para fazê-lo nomear alguém de seu conhecimento (Yvan) a um cargo de confiança na SEMA. Juridicamente isso se chama Tráfico de Influência, que caracteriza crime previsto no Art. 332 do Código Penal.

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Apanhaste uma boa!

O pobrema são essas facurdades de dereito que grassam por aí, e nóis tamu sem ministério da educação (também, num governo de duende histrião, querias o que), que não fecha esses vendedô de diproma.

Já a falta de conhecimento de ética fica por conta do aluno.

Anônimo disse...

Adriana não dá folga ao Blairo vira e mexe ele atiça o ninho de surucucu.
O Diego Mainardi elegeu o Lula como sua anta, a Adriana segue envenenando o Brairo com doses homeopáticas de arsênico no dia a dia.
hehe
Vaso ruim não quebra fácil Adriana,o seu tapir tem grana e influencia,além da moto serra.
Se o preço da liberdade é a vigilância,esse governador não merece um minuto de descanso. Oxalá a imprensa do meu estado fosse assim,aqui a camufla é muito grande, o que tem de amestrado daria para fazer inveja a corte de eunucos de Xerxes.
Alguém ai já viu o Camata falando no senado, parece o oráculo dos deuses, uma mistura de comentarista de velório com locutor de briga de galo.
Viva Deus e salve o Espírito Santo.
Saravá!

Anônimo disse...

É bem Blairo Maggi...é bem Mato Grosso!