(Coluna do Jornal Circuito MT)
...em Várzea GrandeReafirmando a afinidade entre Julio Campos e o dono da TV Rondon, Roberto Dorner, como sendo a responsável pela articulação que o tirou do ar, e esquivando-se de incluir o senador Jaime Campos (DEM/MT) na articulação, o deputado estadual, candidato a prefeito de Várzea Grande e apresentador de TV Maksuês Leite (PP), demonstra na entrevista a dificuldade que terá para formar o discurso para a próxima eleição, já que enquanto ataca Júlio Campos, evita citar, mas cita, o seu irmão Jaime Campos.
“Nos últimos 40 anos a prefeitura [de Várzea Grande] foi tocada como se fosse um ‘bulicho’”
O senhor disse em uma entrevista que Jayme é um homem de palavra, de compromisso. Continua achando isso?
Maksuês Leite: Eu tenho um acordo de cordialidade com ele, até porque ele não é candidato. E o senador é de MT e de Várzea Grande. Como prefeito de Várzea Grande eu vou manter um canal aberto com o senador da república. O meu adversário não é Jayme, é Júlio.
O senhor relaciona Julio Campos a um “grupo que está há 40 anos” e a um “passado fúnebre de perseguições”. O senador Jayme Campos faz parte desse grupo e foi prefeito de Várzea Grande antes de Murilo. Ele também estaria ligado a esse passado fúnebre?
Maksuês Leite: Existem duas relações. A primeira é de cordialidade com o senador da república. Mas eu tenho as minhas convicções ideológicas que são diferentes das dele. Eu não concordo com as práticas do conselheiro Julio Campos.
Que práticas?
Maksuês Leite: Ele se diz experiente. Ele deixou o governo com 6 meses de folha de salários atrasados, foi a pior fase de MT. Apontou a caneta para os professores, mostrou banana em praça pública para o povo, meteu a polícia militar nos sem terra, quer dizer, ele não leva em conta os movimentos populares. Ele é muito ditador, quer ganhar tudo na marra. O Julio quer ganhar como na ditadura militar, ele quer ser prefeito biônico. Quer ser nomeado e não votado.
Ele fica ligando de madrugada para presidente de partido oferecendo propostas indecorosas. Um jogo sujo, patriarcal.
Ele já fez isso com alguma liderança sua?
Maksuês Leite: ele tenta cooptar a todo o momento as nossas lideranças de bairro, partidárias. A vida de Júlio Campos é seguir meus passos, aonde eu vou, ele vai atrás. Não se preocupa em elaborar um plano de governo.
O que significa ‘revisão do conceito administrativo’ que o senhor vem anunciando?
Maksuês Leite: Hoje Várzea Grande possui uma política salarial defasada, não há participação dos movimentos de classe no poder. É um governo familiar, provinciano, que vem de. Eles governam como se fosse um principado.
A gestão de Murilo Domingos é assim?
Maksuês Leite: Mesma coisa. Ele foi eleito pra acabar com isso, mas não conseguiu fazer um choque de gestão, tanto é que ele amarga alto índice de rejeição.
Então a revisão do conceito administrativo é o que?
Maksuês Leite: É transformar a prefeitura em uma máquina e não um principado familiar onde trabalha tio, tia, irmão, neto, avó...
Mas isso envolve demissões.
Maksuês Leite: Acontece que em Várzea Grande poucos trabalham para muitos. Nós vamos valorizar os funcionários de carreira, o DAS também. Mas vamos optar com concursos públicos. Acabar com essa coisa de compadre pra cá, compadre pra lá.
Hoje é feito assim?
Maksuês Leite: Nos últimos 40 anos a prefeitura foi tocada como se fosse uma fazenda, um “bulicho”, é tocada no caderno. Isso não cabe mais no mundo moderno. Essa concepção arcaica de gestão foi vencida nos anos 70.
Será então inevitável uma reestruturação no quadro de funcionalismo público?
Maksuês Leite: Sem dúvida. Reestruturação das categorias.
O deputado Walter Rabello quando perdeu seu programa denunciou armação entre Wilson Santos e Becare, dono da emissora. O senhor denunciou armação entre Júlio Campos e Roberto Dorner, dono da emissora. Seria uma perseguição aos políticos do PP ou qualidade dos proprietários de emissoras em MT?
Maksuês Leite: Acho que não há uma orquestração contra o PP. Acontece que diante da ineficiência da classe política, os comunicadores acabaram preenchendo uma lacuna na sociedade, o comunicador acaba atendendo a população. Então quando o comunicador vira esse porta-voz, ele passa a ser um daqueles que está ouvindo. E isso preocupa os políticos tradicionais, mexe com grupos econômicos, com projetos políticos e quando isso acontece existem as represálias.
E os proprietários dessas emissoras?
Maksuês Leite: Não vou negar que existem acertos, acordos, existe muita coisa a ser tocada empresarialmente.
Maksuês Leite: Eu tenho um acordo de cordialidade com ele, até porque ele não é candidato. E o senador é de MT e de Várzea Grande. Como prefeito de Várzea Grande eu vou manter um canal aberto com o senador da república. O meu adversário não é Jayme, é Júlio.
O senhor relaciona Julio Campos a um “grupo que está há 40 anos” e a um “passado fúnebre de perseguições”. O senador Jayme Campos faz parte desse grupo e foi prefeito de Várzea Grande antes de Murilo. Ele também estaria ligado a esse passado fúnebre?
Maksuês Leite: Existem duas relações. A primeira é de cordialidade com o senador da república. Mas eu tenho as minhas convicções ideológicas que são diferentes das dele. Eu não concordo com as práticas do conselheiro Julio Campos.
Que práticas?
Maksuês Leite: Ele se diz experiente. Ele deixou o governo com 6 meses de folha de salários atrasados, foi a pior fase de MT. Apontou a caneta para os professores, mostrou banana em praça pública para o povo, meteu a polícia militar nos sem terra, quer dizer, ele não leva em conta os movimentos populares. Ele é muito ditador, quer ganhar tudo na marra. O Julio quer ganhar como na ditadura militar, ele quer ser prefeito biônico. Quer ser nomeado e não votado.
Ele fica ligando de madrugada para presidente de partido oferecendo propostas indecorosas. Um jogo sujo, patriarcal.
Ele já fez isso com alguma liderança sua?
Maksuês Leite: ele tenta cooptar a todo o momento as nossas lideranças de bairro, partidárias. A vida de Júlio Campos é seguir meus passos, aonde eu vou, ele vai atrás. Não se preocupa em elaborar um plano de governo.
O que significa ‘revisão do conceito administrativo’ que o senhor vem anunciando?
Maksuês Leite: Hoje Várzea Grande possui uma política salarial defasada, não há participação dos movimentos de classe no poder. É um governo familiar, provinciano, que vem de. Eles governam como se fosse um principado.
A gestão de Murilo Domingos é assim?
Maksuês Leite: Mesma coisa. Ele foi eleito pra acabar com isso, mas não conseguiu fazer um choque de gestão, tanto é que ele amarga alto índice de rejeição.
Então a revisão do conceito administrativo é o que?
Maksuês Leite: É transformar a prefeitura em uma máquina e não um principado familiar onde trabalha tio, tia, irmão, neto, avó...
Mas isso envolve demissões.
Maksuês Leite: Acontece que em Várzea Grande poucos trabalham para muitos. Nós vamos valorizar os funcionários de carreira, o DAS também. Mas vamos optar com concursos públicos. Acabar com essa coisa de compadre pra cá, compadre pra lá.
Hoje é feito assim?
Maksuês Leite: Nos últimos 40 anos a prefeitura foi tocada como se fosse uma fazenda, um “bulicho”, é tocada no caderno. Isso não cabe mais no mundo moderno. Essa concepção arcaica de gestão foi vencida nos anos 70.
Será então inevitável uma reestruturação no quadro de funcionalismo público?
Maksuês Leite: Sem dúvida. Reestruturação das categorias.
O deputado Walter Rabello quando perdeu seu programa denunciou armação entre Wilson Santos e Becare, dono da emissora. O senhor denunciou armação entre Júlio Campos e Roberto Dorner, dono da emissora. Seria uma perseguição aos políticos do PP ou qualidade dos proprietários de emissoras em MT?
Maksuês Leite: Acho que não há uma orquestração contra o PP. Acontece que diante da ineficiência da classe política, os comunicadores acabaram preenchendo uma lacuna na sociedade, o comunicador acaba atendendo a população. Então quando o comunicador vira esse porta-voz, ele passa a ser um daqueles que está ouvindo. E isso preocupa os políticos tradicionais, mexe com grupos econômicos, com projetos políticos e quando isso acontece existem as represálias.
E os proprietários dessas emissoras?
Maksuês Leite: Não vou negar que existem acertos, acordos, existe muita coisa a ser tocada empresarialmente.
7 comentários:
Alô, Adriana.
Apenas por curiosidade, pode esclarecer o que acho um termo regional: bulicho?
Bolicho (não bulicho) é gauchês Magu. Deve ter sido levado ao MT pelos nossos retirantes.
Trata-se da venda da vila que fornece desde melado, passando por meias lupo e perucas, até arados e aiinda tem um balcão para tomar pinga.
Ralph, faltou rolo de fumo e tacho pra fazer doce. É isso mesmo. O termo já era usado mesmo antes dos retirantes chegarem, mas no sotaque regional virou 'bulicho', por isso q coloquei entre aspas. rsssss. Acho muito legal essas particularidades de cada sotaque.
Estávamos sentindo sua falta garoto!!! Seja muito bem vindo!!!
Eu gostei desse bulicho ou bolicho. Gosto das raízes, cana de macaco, gengibre, salsa da praia...
Balcão de tomar pinga?
No sul da Bahia chamam de "Venda", os mais simples ainda de "Moda Boi", minha curiosidade saiu escabreada quando perguntei, Moço por que moda boi? todo boteco aqui é moda boi? ele respondeu rindo e rápido,- quem vem beber cachaça aqui é ... corno!
Eita preguiça boa baiana, as bateiras (pequena canoa de pesca) tem o nome, Não... Não sei... Fui...
Tem uma Kombi velha que todo sábado de manhã, circula pelas ruas anunciando uma pomada milagrosa de gordura de serpente indiana, o motorista de óculos escuro e um megafone fanho e falhando vai chamando a atenção das pessoas. Quando o cara me viu, rapou a goela e disparou, - Olha aí doutor chega mais que aqui o senhor vai sair novo em folha, essa pomada serve para ronha, escandescência, sarna, piolho, pau mole, morróia, chulé, cura até mordida de cobra e cachorro doido, paga duas e leva três, aproveita freguês, a da sua mulher é de graça.
Cheguei sonso e manso perto dele e perguntei fazendo uma gesto com a mão, o senhor joga dados, ou tem dado?
- Não tenho dado,e nunca vou dar, meu Senhor do Bomfim, não se pode nem trabalhar direito com um encravo desses...
Viva a Bahia, e toca a vida.
O Bolicho em Brasília deve ter tacho de fritar ministro.
E será que em Cuiabá não tem um tacho de fazer sopa Maggi?
Alô, pessoal.
Não esperava que uma simples pergunta iria detonar uma coluna de comentários tão divertida.
O termo bolicho já conhecia, quando o Ralph traduziu para mim alguns contidos na carta do militar gaúcho para o Jobão. Não imaginei que seria a mesma, adaptada para a região do predador, perdão, governador com nome de sopa.
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