8 de mai. de 2008

Ficamos sem resposta

Por Adriana Vandoni

O senador Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado, perdeu a melhor chance de sua vida de ficar calado. Durante o depoimento da ministra Dilma na Comissão de Infra-estrutura do senado, Agripino, que vem se mostrando brilhante no exercício da oposição, pisou na bola ao vincular o comportamento de Dilma durante o tempo em que ficou presa no regime militar, ao seu comportamento hoje. O senador se referiu a uma entrevista em que Dilma contava que enquanto esteve presa mentia aos seus algozes para não entregar um só companheiro, e questionou se a mentira não teria se tornado um hábito na vida da ministra.
Li essa entrevista e o que me chamou a atenção não foi o fato de ela mentir, mas de atuar com a liderança e a estratégia com que atuou, comandando ações ousadas e requintadas, sendo ainda uma garota de 19 anos. Não concordo com a forma escolhida pela ministra para atuar na sua juventude e tirando a luta pela liberdade de expressão, tão pouco compactuo com as bandeiras comunistas que ela defendia, também não vejo rastro de inteligência em lutas armadas, mas jamais aceitarei o uso da violência como repressão à ideologias.
A ida de Dilma ao senado para prestar esclarecimentos foi um exemplo de que vivemos uma democracia e o senador desastradamente, tropeço na língua. Sei lá o que passou pela cabeça dele, possível estratégia de argüição?!? Errou duas vezes. Pela grosseria e falta de tática.
O senador perdeu a chance de cobrar da ministra respostas que ela deve à população brasileira, fortaleceu seu discurso e da base aliada e acanhou a oposição.
O depoimento terminou sem que fossem dadas as explicações sobre o dossiê claramente montado com uso da máquina pública para chantagear adversários políticos, e sem que ao menos tivessem travado um debate construtivo sobre o PAC.

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Perdoe-me a pergunta:
Você esperava outra coisa?

Anônimo disse...

..ouvi poraí:

"Ministra, a senhora pode ter poupado muitas vidas do seu lado, mas causou muitas mortes do outro.

Os companheiros que a senhora afirma que supostamente salvou, são os mesmos bandidos terroristas que mataram, assassinaram, explodiram bombas, seqüestraram e cometeram os mais terríveis atentados.

Tem orgulho disso, ministra? Deveria ter remorso. Deveria ter vergonha.

Não tem nenhum arrependimento das mortes que a sua organização terrorista causou?

Gente do povo, servindo ao país, sendo assassinada pelos seus companheiros, pelos seus camaradas.

E a senhora ministra, alguma vez teve orgulho de apertar o gatilho e justiçar alguém como os companheiros que supostamente salvou? Quanto cinismo, ministra. Se ainda tem orgulho dos crimes cometidos pelos seus parceiros de guerrilha, não merece ser chamada de brasileira!".

Anônimo disse...

A"mãe" das tetas é tão burra, que pensa que o mundo é só ela e o ponto de vista dela. Até parece que alguém decente achou lindo ela ser assaltante e terrorista! Vá tomar no c...