Primeiro foi o ministro Guido Mantega, anunciando para o começo da semana a formalização de proposta do governo criando uma nova CPMF. Depois, o desabafo do presidente Lula, criticando os senadores que extinguiram o imposto do cheque e indagando como investir em saúde sem os 40 bilhões decorrentes da "contribuição" forçada.
O diabo é que um dia depois o presidente da República desautorizou seu ministro da Fazenda, aliás, pela milésima vez, afirmando que o governo não proporia novos impostos, que o problema era do Congresso e que os líderes dos partidos resolvessem a questão.A pergunta precisa ser feita, mesmo com todo o respeito: a quem pensam enganar? Se o presidente é contra novos impostos, deveria mobilizar seus líderes para impedir qualquer iniciativa. Se for a favor, para compensar perdas orçamentárias, que sustentasse o projeto em gestação. O que não dá para aceitar é o Palácio do Planalto usando o Congresso como se usam as mãos do gato para tirar as castanhas do fogo. Não há quem deixe de perceber a manobra, que no fim explodirá no bolso do cidadão comum, aquele que utiliza cheques.
Dizem lá do Olimpo que desta vez os recursos não serão desviados para outras finalidades, devendo ser totalmente empregados para melhorar a saúde pública. Nada de empregar os 40 bilhões para pagamento de juros das dívidas públicas. Alguém acredita?
2 comentários:
É que Lula gosta de navegar na maré mansa. Por preguiça de empreender, precisa de grana. Por falta de vergonha na cara e por ser covarde, não assume nem sequer suas próprias idéias. Por ignorância e preguiça juntas, tornou-se um fraco e um falso. Quanto à corrupção, anda ligeirinho, mas não é homem para se assumir: rouba sem elegância, sem glamour, como disse ontem Jabor. Sua enorme barrigona de glutão e beberrão, aliás como de muitos da esquerda depõe contra qualquer tentativa de aparência de seriedade. E assim vamos, até que nos fartemos de pagar impostos para os abutres.
Alô, Giulio.
"Nenhuma menção foi feita pelo presidente, enfim, ao fato de que Severino, após renunciar, tentou voltar à Câmara nas eleições de 2006. Não poderia haver oportunidade melhor para o povo de Pernambuco, com a força do voto livre e secreto, corrigir a injustiça feita pela elite de SP e Paraná, dando um novo mandato ao ex-deputado. Mas o povo de Pernambuco não quis dar um novo mandato ao ex-deputado."
José Roberto Guzzo, em sua coluna de Veja, edição anterior. Perfeito exemplo do duende tratar a platéia como palhaços. Porque falava em Pernambuco. Mas eles mereceram, porque estavam lá para ouvir o sapo falar.
E como você lembrou, quem dá bom dia a cavalo...
Na verdade, 60% da população brasileira merece ser tratada assim. Nós, os dos 40% restantes, não merecemos, mas é o preço a pagar.
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