3 de mai. de 2008

O referendo de Santa Cruz

O clima esquenta na Bolívia a poucas horas do referendo de Santa Cruz que decidirá pela autonomia ou não do departamento.
Evo Morales e seus apoiadores estão insistindo na tese de ilegalidade e da inconstitucionalidade, de que Santa Cruz não poderia realizar o referendo. Porém, foi validado pela Corte eleitoral de Santa Cruz. "Tudo está pronto para o referendo de domingo", afirmou o presidente da Corte eleitoral de Santa Cruz, Mariano Orlando Parada.
Rafael Correa, o bonitinho que insiste em ser revolucionário, já avisou que seu país, o Equador, e vários países da região não irão reconhecer a autonomia de Santa Cruz, caso o SIM vença. Para Correa o referendo e todo o movimento pela autonomia têm apoio de outros países estrangeiros (claro que ele está insinuando Estados Unidos, o bicho papão dos revolucionários latinos), que querem desestabilizar a região e das elites separatistas de Guayaquil e de Zulia, na Venezuela. O objetivo seria “criar Estados próprios onde possam promover o neoliberalismo e aplicar políticas imperialistas”.
O MAS, partido de Evo, está mobilizado com militantes a postos. O líder da "Confederação dos colonizadores da Bolívia", uma poderosa organização camponesa, Fidel Surco avisou que os organizadores do referendo "serão responsáveis por um banho de sangue".
Até junho estão programados mais três referendos, em Beni, Pando e Tarija. Seja qual for o resultado, é esperado confronto.

2 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Se a moda pega, vai ser o bom e o bonito, porque com o tipo de regime que os bolivianos têm, a secessão até é uma hipótese bastante ponderável.

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Esse tal de lider Fidel Suco (bem, o primeiro nome já dá uma boa indicação) foi muito claro. Parece que haverá uma nova FARC na América Latrina.

Não vou dar palpite na legalidade do referendo, por não conhecer a legislação do país. Só posso me apoiar na decisão da corte eleitoral local. Mas em se tratando de Bolívia...