
"Uma das melhores profissões atuais no Brasil é a de pretenso perguido político pelo governo militar. Indenizações milhonárias e grandes salários vitalícios. Pode servir como exemplo, Diógenes Carvalho Oliveira (foto), citado na matéria abaixo do Estadão.
Ele foi o autor de um atentado terrorista da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) contra o consulado estadunidense em São Paulo. De sua ação foi vítima Orlando Lovecchio Filho, atingido quando passava pelo local, perdendo a perna e sua aspiração de tornar-se piloto civil. Inválido recebe tão somente do INSS uma pensão por invalidez de R$ 571,00. Mas para Diógenes a coisa ficou bem diferente." Vejamos:
Comissão avaliza indenizações sem exigir provas
Felipe Recondo, em O Estado de São Paulo
A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça está adotando critérios elásticos para conceder milionárias indenizações retroativas e pensões vitalícias a pessoas que não conseguem atender a uma exigência básica: a prova de que perderam o emprego, durante o regime militar (1964-1985), por perseguição política explícita. Um caso exemplar é o de Diógenes Oliveira (foto), militante petista gaúcho e ex-secretário de Transportes da Prefeitura de Porto Alegre, que conseguiu uma indenização retroativa de R$ 400 mil e rendimento mensal vitálício de R$ 1.627,72 por, supostamente, ter sido obrigado a abandonar, em 1966, o emprego que tinha na Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE).
As regras da Comissão de Anistia são claras. Um documento assinado pelo presidente da comissão, Paulo Abrão, diz que têm direito a indenização "na forma de prestação permanente, mensal e continuada" os casos em que há "prova efetiva de que a perseguição exclusivamente política ensejou rompimento do vínculo laboral".
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