21 de mai. de 2008

Subordinação a Dilma, a grande diferença entre Minc e Marina

Por Chico Bruno

Será que agora podemos chamar Carlos Minc de futuro ministro do Meio Ambiente?
A dúvida é pertinente porque a posse foi marcada para a próxima terça-feira, 27, e até lá tudo pode acontecer, principalmente pelo perfil de Minc e pelo que possa emergir na imprensa.
Carlos Minc, afirmou que o presidente Lula lhe deu carta branca para a nomeação de assessores da pasta, mas avisou que o Programa Amazônia Sustentável (PAS), a jóia da República, continuará com a coordenação do ministro extraordinário Roberto Mangabeira Unger.
- O presidente explicou que o Mangabeira foi designado como coordenador por estar mais próximo da Presidência da República e ter mais condições de fazer o trabalho de interlocução com outros ministérios, afirmou Minc. O que é uma conversa mole para boi dormir. Uma desculpa esfarrapada.
Será que Minc engoliu assim tão facilmente ser engabelado por Lula?
Outra coisa interessante é que a audiência não foi apenas entre Lula e Minc. Contou com o testemunho da ministra Dilma Rousseff. Isso quer dizer que a carta branca, não será tão branca assim.
Segundo Minc, Dilma participou da reunião para lhe dar orientações. Mas tudo indica que a partir de agora as políticas do meio ambiente passarão pelo aval da ministra, o que não acontecia antes com Marina.
Será que o Minc esperava por essa subordinação a companheira Dilma?
Talvez por isso, a posse tenha sido postergada, pois dará tempo a Minc de digerir essa novidade, que não estava em seus planos. Quem conhece Minc afirma que ele pode, ainda, surpreender desistindo da tarefa. .
Além da subordinação a Dilma, Minc não sentiu firmeza na promessa de Lula em liberar mais recursos para a pasta gradativamente. Minc sabe que vai ser difícil usar os R$ 900 milhões, que por lei deveriam ir para a pasta, mas que são usados para fazer superávit primário.
Lula descartou o uso das Forças Armadas, mas aceitou a proposta de formação de uma guarda florestal para proteger o meio ambiente, mas ressalvou que ela deve ser nos moldes da Força Nacional de Segurança.
Será que era isso o que Minc queria fazer?
Para impressionar a mídia, Minc destacou que os crimes ambientais serão reprimidos usando uma frase de impacto:
- Tremei poluidores, tremei. Vai todo mundo para a cadeia. E terão de plantar muitas árvores.
Uma frase de efeito para encobrir a obviedade da audiência com Lula.
Antes de conversar com Lula e Dilma, Carlos Minc se reuniu com a ex-ministra Marina Silva, que deve ter o alertado sobre os embates que vai enfrentar.
Minc vai digerir tudo que ouviu de Lula, Dilma e Marina. Vai conversar com outros ambientalistas e só então vai definir de segue em frente ou se dá meia volta volver.
Quem conhece Minc sabe que para ele voltar atrás é um pulo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adriana,
Pelo visto, acredito que o tal do minc vai ser o ministro mesmo. O dinheiro, a vaidade e a pouca vergonha fala mais alto.

Veja que na primeira reunião ele já aceitou mudar a opinião que tinha em relação ao Exército e criando uma guarda florestal e aceitando o ministro do sealopra como coordenador do Programa Amazônia Sustentável.

Se ele fosse peitudo daria logo um xeque-mate dizendo que seria de sua forma e não da forma que foi colocada.
Mas como ele e a dilma são terroristas devem se entender bem.

Não acredito que ele vá pular fora.

Anônimo disse...

Cara Adriana, caro Antonio! A tal da guerrilheira agora manda em tudo, hein? Até no dedo do José Aparecido que nem sabe o que envia...