6 de mai. de 2008

Uma armadilha contra a epidemia

Por Fabiana Sanmartini

O Brasil foi premiado com o Tech Museum Awards na área de saúde, o melhor produto em inovação tecnológica a serviço da humanidade, entre 280 trabalhos de 58 países.
A premiação ocorreu com a presença e reverencias de Bill Gates, nos EUA. O pai da invenção foi o professor e etimologista da Universidade Federal de Minas Gerais, Álvaro Eiras. Ele não só oferece a invenção como o veneno, o treinamento dos agentes e a reposição de todo o material. O custo para um município de mais ou menos 40 a 50 mil habitantes custa R$ 3 mil a R$ 4 mil de mensalidade. Calculando que o município do Rio de Janeiro possui algo em torno de 6 milhões de habitantes, o custo seria muito alto, R$ 36 mil, mas sempre poderíamos pensar em colocá-las em locais de grande foco como Jacarepaguá e outras regiões endêmicas. Ainda assim seria mais barato do que a indenização de R$ 50 mil que esta sendo cobrada do secretario municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Vamos pensar sem demagogia barata, quanto o Estado gastou com a epidemia? Na ponta do lápis tivemos um prejuízo social, emocional e moral impagável.
Ah, falei tudo isso e não disse que trata-se de uma armadilha para “Aedes Aegypti” (o mosquito transmissor da dengue), produzida em material galvanizado que devem ser trocadas semanalmente para conferencia, antevendo e dando tempo para medidas preventivas, eliminando assim uma possível epidemia.
E olha que nem seria preciso venenos cubanos, homicídio em massa, sim, porque deixar morrer também é matar. Por isso mesmo, o secretário de saúde do Rio de Janeiro, Jacob Klingerman, esta virando assunto nos corredores da lei. A Defensoria Pública da União decidiu levar o descaso aos tribunais e pedirá o bloqueio dos bens e até a prisão do secretário. Jacob desacatou a lei que mantinha abertos os postos de saúde por 24hs, aumentando a rapidez no diagnóstico e desta forma evitando o absurdo de mortes no estado. Não queremos no Rio a industria da dengue, como existe a das enchentes, da seca, do analfabetismo e da miséria, dos sem teto, sem terra, sem calças, cultivadas com gosto pelos governos paternalistas e demagógicos que preferem dar o feijão com farinha e banquetear-se com o dinheiro público a dividir os impostos na forma que foram criados. Com tudo isso, NÃO INVENTA, temos sim como evitar nova epidemia, é só gastar o dinheiro com quem paga os impostos, NÒS!

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