Por Laurence Leite
Primeiro foi o presidente Lula a pedir que não se "debata" a questão da maioridade penal sob "efeito de comoção" no Congresso. Depois foi a Ministra de Supremo Ellen Gracie pedir "bom senso" e que não é racional discutir tal questão sob efeito de comoção. O que significa cada uma dessas mensagens enviadas pelas nossas duas "autoridades"? Por acaso em momento de não comoção já se discutiu alguma coisa de relevante nesse país?
A idéia que me vem é que se trata de mais uma manobra para "nada fazer" do que realmente a intenção de ter bom senso e razão e fazer alguma coisa. Lula só pensa eleitoreiramente. O fato de ele dizer também, agora, que reduzir a maioridade penal irá "desproteger os adolescentes" é a prova cabal de que ele só pensa em votos. Mas a pergunta para quem tem bom senso é: e quem vai proteger as pessoas, adultas e crianças que irão morrer por conta da violência dos "adolescentes". Defesa pode haver para tudo. Mas no Brasil é favas contadas que o nosso "debate" humano, patrocinado pelas mentes esquerdistas tem o intuito único de nada fazer. Pode acreditar.
Primeiro foi o presidente Lula a pedir que não se "debata" a questão da maioridade penal sob "efeito de comoção" no Congresso. Depois foi a Ministra de Supremo Ellen Gracie pedir "bom senso" e que não é racional discutir tal questão sob efeito de comoção. O que significa cada uma dessas mensagens enviadas pelas nossas duas "autoridades"? Por acaso em momento de não comoção já se discutiu alguma coisa de relevante nesse país?
A idéia que me vem é que se trata de mais uma manobra para "nada fazer" do que realmente a intenção de ter bom senso e razão e fazer alguma coisa. Lula só pensa eleitoreiramente. O fato de ele dizer também, agora, que reduzir a maioridade penal irá "desproteger os adolescentes" é a prova cabal de que ele só pensa em votos. Mas a pergunta para quem tem bom senso é: e quem vai proteger as pessoas, adultas e crianças que irão morrer por conta da violência dos "adolescentes". Defesa pode haver para tudo. Mas no Brasil é favas contadas que o nosso "debate" humano, patrocinado pelas mentes esquerdistas tem o intuito único de nada fazer. Pode acreditar.
O Brasil é um poço de corrupção e roubo. Para enfrentar isso e mudar, só contrariando muitos, mas muitos interesses. E político não contraria interesse algum. Por isso a política e o setor público não resolvem nada nesse país. Ficam apenas enchendo lingüiça em palavras improdutivas. Política na verdade nesse país poderia ser definido como "tudo falar e nada fazer". E assim vamos levando sem que acrescente um passo à frente como melhora ética, social e econômica.
Mas se o presidente não quer que se debata a lei da maioridade penal, quando chegar ao Congresso a anistia de José Dirceu, ai certamente ele vai querer e não levantará uma voz ou dirá qualquer coisa em contrário. Esse é o Brasil.
Mas a melhor peróla nessa babel que é o mundo político nacional, veio mesmo do novo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia ao dizer que "sob pressão não vota, nem discute a redução da maioridade penal". Mas não eles mesmos, os políticos, que adoram dizer que pressão é bom, que a sociedade deve pressionar, que tal atitude é democrático? Por que então agora volta atrás e diz que sob pressão não vota nem debate?
Ok. Eu posso até concordar que a redução pura e simples da maioridade penal não resolverá o problema por inteiro. Que é preciso resolver a questão da educação, do "social", etc. Mas a questão é que se não aproveitarmos esse momento, mesmo sob efeito de uma tragédia (anunciada, diga-se, e mesmo já repetida) quando iremos? E a questão também é que nem se debate a redução, muito menos se resolve o problema da educação, do "social", do econômico, etc. Essa é nossa maior tragédia. A impunidade graceja farta e ampla: que o diga os deputados que querem trazer de volta José Dirceu. Como diria Cícero, "até quando?".
Mas se o presidente não quer que se debata a lei da maioridade penal, quando chegar ao Congresso a anistia de José Dirceu, ai certamente ele vai querer e não levantará uma voz ou dirá qualquer coisa em contrário. Esse é o Brasil.
Mas a melhor peróla nessa babel que é o mundo político nacional, veio mesmo do novo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia ao dizer que "sob pressão não vota, nem discute a redução da maioridade penal". Mas não eles mesmos, os políticos, que adoram dizer que pressão é bom, que a sociedade deve pressionar, que tal atitude é democrático? Por que então agora volta atrás e diz que sob pressão não vota nem debate?
Ok. Eu posso até concordar que a redução pura e simples da maioridade penal não resolverá o problema por inteiro. Que é preciso resolver a questão da educação, do "social", etc. Mas a questão é que se não aproveitarmos esse momento, mesmo sob efeito de uma tragédia (anunciada, diga-se, e mesmo já repetida) quando iremos? E a questão também é que nem se debate a redução, muito menos se resolve o problema da educação, do "social", do econômico, etc. Essa é nossa maior tragédia. A impunidade graceja farta e ampla: que o diga os deputados que querem trazer de volta José Dirceu. Como diria Cícero, "até quando?".
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