Nas últimas semanas o turbilhão voltou a agitar os jornais locais. Em visita a Cuiabá no começo de março, o ex e cotadíssimo futuro Ministro dos Transportes, senador Alfredo do Nascimento, evitou o assunto escorregando pela tangente: “Isso é uma escolha do futuro ministro. Não há ainda convite anunciado quanto ao futuro ministro. Tive uma conversa com o presidente Lula. O Pagot é um grande profissional. Não há nada, não existe ministro para formalizar o convite (a Pagot)”.
Mas ele estava faltando com a verdade. Bastou vazar a notícia de que durante uma reunião com Lula na noite do dia 14, a cúpula do PR vetou a indicação de Pagot, para Alfredo do Nascimento sair em defesa do... já combinado.
Nascimento disse a amigos que vai “bancar” a indicação de Pagot e que não concorda com o que chamou de conspiração de Valdemar da Costa Neto presidente (sic) do PR. Costa Neto é o mais empenhado em barrar a indicação.
A verdade é que tradicionalmente a pasta sempre pertenceu a Minas Gerais, que tem a maior malha viária federal do país e os empreiteiros mineiros não aceitaram Pagot.
Outra verdade é que o empenho de Alfredo não é por não aceitar “conspiração” de Valdemar, mas por possuir laços antigos e interesses... eu diria... multimodais com o governador Blairo Maggi, padrinho do indicado.
Nascimento era prefeito e Pagot, superintendente da HERMASA Navegação,do grupo Amaggi no Amazonas, a empresa foi inaugurada em abril de 1997 e planejava expansão. O grupo colaborou com a administração de Nascimento através de várias ações “voluntárias”, daquelas feitas paro o benefício da população, tipo, revitalização de parques e tal.
Coisa de amigos, entende?
Agora foi a vez de o próprio Blairo entrar em ação. Hoje, antes de viajar em férias, encontrou-se com Valdemar da costa Neto e o convenceu a desistir de vetar Pagot. Deve ter explicado a amizade multimodal. (A.V.)
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