“Como se ignorando essas ações políticas, fruto de falsos representantes do povo, pudesse me inocentar de minhas responsabilidades como cidadã”.
No fim da semana passada estive em sala de aula. Sou professora do curso de pós-graduação em Gestão de Cidades com a disciplina: Ética, Estado e Política. Na semana passada tratamos do surgimento dos Partidos Políticos e da evolução deles no Brasil. Abordamos também a história das Câmaras Municipais e o papel de Verear. Claro que me estendi aos dias atuais e a turma fez com que a aula rendesse muito mais que o esperado.
Ao falarmos sobre a atuação dos políticos brasileiros neste período de intensa degradação moral e sobre o nosso papel diante disso, concluímos que só através das urnas não mudaremos nada a não ser que comecemos a fazer um intenso trabalho de conscientização, de elucidação.
Precisamos resgatar em nós mesmos o valor de sermos cidadãos.
Ao falarmos sobre a atuação dos políticos brasileiros neste período de intensa degradação moral e sobre o nosso papel diante disso, concluímos que só através das urnas não mudaremos nada a não ser que comecemos a fazer um intenso trabalho de conscientização, de elucidação.
Precisamos resgatar em nós mesmos o valor de sermos cidadãos.
Debatemos a reforma política e seus temas mais polêmicos, dentre eles a famigerada Fidelidade Partidária. Brinquei com a turma dizendo que Fidelidade é aquela promessa feita diante do padre e que nem sempre é cumprida. O que falta é Lealdade. Dois exemplos descrevem bem essa diferença gritantemente sutil. Em 2004 José Dirceu apoiou um candidato do PCdoB para a prefeitura de Fortaleza e tentou fazer com que a candidata do PT renunciasse à sua própria candidatura. José Dirceu não foi Leal com o partido nem com a companheira, mas não rompeu com a sua Fidelidade Partidária. Outro exemplo foi em 2006 lá mesmo no Ceará. Tasso Jereissati, presidente do PSDB apoiou um candidato do PSB, irmão de Ciro Gomes e deixou o tucano Lucio Alcântara a ver navios. Mais uma vez não faltou Fidelidade. Tasso continua PSDB, talvez até morra no PSDB, mas foi desleal com o partido.
Regra alguma poderá exigir lealdade, porque ela é derivada do caráter e, como costumo dizer: por mais que a medicina tenha evoluído ainda não conseguiu encapsular caráter, princípio e dignidade.
Mas o que fazer se muitas vezes somos sucumbidos pelos acontecimentos? Entregar os pontos? Deixar a vida nos levar? Pra onde ela levará se permanecermos apáticos? Claro que muitas vezes me deixo levar pelo desânimo de ver nada acontecendo. Vale a pena continuar falando e escrevendo sobre moral, ética, honestidade e futuro? Esses são questionamentos que venho me fazendo, mas um e-mail de uma aluna me fez enxergar que esse é o caminho:
“Quero mandar um agradecimento especial pela sua aula no curso Gestão de Cidades, pois ela me fez retomar a minha consciência moral e a responsabilidade social, que a muito tenho me afastado, seja por desencanto ou mesmo decepção por todo esse cenário politico que se apresenta de forma tão imoral e sem ética por parte de nossos representantes.
Sua aula me trouxe de volta a essa realidade que tanto queria ignorar, como se ignorando essas ações políticas, fruto de falsos representantes do povo, pudesse me inocentar de minhas responsabilidades como cidadã.
Minha vida profissional e pessoal sempre foram pautadas na defesa dos direitos e deveres dos indivíduos, garantidos em nossa constituição, e por me envergonhar enquanto cidadã com esses que deveriam honrá-la e defendê-la deixei de forma covarde de reagir a esses abusos, aceitando com passividade que eles fossem até reeleitos.
TRIM...TRIM.....UM toque de alerta veio através de sua aula e percebi que tenho que me levantar e me juntar aos muitos outros. Que esse meu adormecer, fez na verdade, deixar de lutar pela justiça que sempre acreditei. OBRIGADA”.
E ela ainda agradece. Imagine! Eu é que tenho a agradecê-la por me mostrar que este Brasil ainda vale a pena, apesar de alguns.
Regra alguma poderá exigir lealdade, porque ela é derivada do caráter e, como costumo dizer: por mais que a medicina tenha evoluído ainda não conseguiu encapsular caráter, princípio e dignidade.
Mas o que fazer se muitas vezes somos sucumbidos pelos acontecimentos? Entregar os pontos? Deixar a vida nos levar? Pra onde ela levará se permanecermos apáticos? Claro que muitas vezes me deixo levar pelo desânimo de ver nada acontecendo. Vale a pena continuar falando e escrevendo sobre moral, ética, honestidade e futuro? Esses são questionamentos que venho me fazendo, mas um e-mail de uma aluna me fez enxergar que esse é o caminho:
“Quero mandar um agradecimento especial pela sua aula no curso Gestão de Cidades, pois ela me fez retomar a minha consciência moral e a responsabilidade social, que a muito tenho me afastado, seja por desencanto ou mesmo decepção por todo esse cenário politico que se apresenta de forma tão imoral e sem ética por parte de nossos representantes.
Sua aula me trouxe de volta a essa realidade que tanto queria ignorar, como se ignorando essas ações políticas, fruto de falsos representantes do povo, pudesse me inocentar de minhas responsabilidades como cidadã.
Minha vida profissional e pessoal sempre foram pautadas na defesa dos direitos e deveres dos indivíduos, garantidos em nossa constituição, e por me envergonhar enquanto cidadã com esses que deveriam honrá-la e defendê-la deixei de forma covarde de reagir a esses abusos, aceitando com passividade que eles fossem até reeleitos.
TRIM...TRIM.....UM toque de alerta veio através de sua aula e percebi que tenho que me levantar e me juntar aos muitos outros. Que esse meu adormecer, fez na verdade, deixar de lutar pela justiça que sempre acreditei. OBRIGADA”.
E ela ainda agradece. Imagine! Eu é que tenho a agradecê-la por me mostrar que este Brasil ainda vale a pena, apesar de alguns.
Um comentário:
Adriana, é assim que iremos resgatando a cidadania. Você tem uma oportunidade ímpar.Se me permitir uma sugestão, use um exemplo de fidelidade e lealdade política incontestável nos seus debates na Universidade. Mário Covas.
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