Meu filho tinha pouco mais de 10 anos e gostava de jogar bola dentro de casa. A mãe reclamava, mas ele se fazia de mouco. Até que um dia acabou quebrando um vaso que fica na mesa da sala. A mãe zangou-se e mandou que ele ligasse para mim contando o desastre.
Aí travou-se esse diálogo.
- Pai?, sou eu!
- Sim! – respondi meio preocupado, pois não tinha o hábito de me telefonar.
- Pai, eu “tava” jogando bola na sala.
- Sim! – e fique esperando a má notícia.
- Pai, sabe aquele vidrão grandão da janela da sala?
- Sei! – disse suando frio já que o prejuízo era grande.
- Pois é pai, eu quebrei aquele vasinho que fica na mesa do lado.
- Não tem problema – respondi aliviado.
Ao que tudo indica, a canalha que tomou conta do congresso há várias legislaturas, está usando essa tática.
Primeiro, ao apagar das luzes da legislatura passada, na calada, deram-se um aumento de 90%. Não colou porque a grita foi grande. Não tem problema, o dito fica pelo não dito.
Agora voltaram com um saque maquiado, que ante o anterior parece uma mixaria. O aumento seria de 26%, isto é, a inflação dos últimos 5 anos. Mas a coisa não é bem assim, ao salário que passou de R$ 12,8 mil para R$ 16,2 mil, acrescentaram R$ 5,4 mil (em dinheiro) como verba indenizatória para despesas pessoais, sendo o aumento desse forma, 68%.
A essa importância some-se mais R$ 70 mil que receberão para pagar assessores, moradia, correio, gráfica e passagens aéreas.
Isso num país onde o salário de grande parte da população ativa é de R$ 350,00, portanto, um desses trabalhadores levará 24 anos para ganhar o que um pulha desses ganha num mês.
Até quando? (G.S.)
Clicando “Texto Completo” leia o que Carlos Chagas diz sobre o assunto
Aí travou-se esse diálogo.
- Pai?, sou eu!
- Sim! – respondi meio preocupado, pois não tinha o hábito de me telefonar.
- Pai, eu “tava” jogando bola na sala.
- Sim! – e fique esperando a má notícia.
- Pai, sabe aquele vidrão grandão da janela da sala?
- Sei! – disse suando frio já que o prejuízo era grande.
- Pois é pai, eu quebrei aquele vasinho que fica na mesa do lado.
- Não tem problema – respondi aliviado.
Ao que tudo indica, a canalha que tomou conta do congresso há várias legislaturas, está usando essa tática.
Primeiro, ao apagar das luzes da legislatura passada, na calada, deram-se um aumento de 90%. Não colou porque a grita foi grande. Não tem problema, o dito fica pelo não dito.
Agora voltaram com um saque maquiado, que ante o anterior parece uma mixaria. O aumento seria de 26%, isto é, a inflação dos últimos 5 anos. Mas a coisa não é bem assim, ao salário que passou de R$ 12,8 mil para R$ 16,2 mil, acrescentaram R$ 5,4 mil (em dinheiro) como verba indenizatória para despesas pessoais, sendo o aumento desse forma, 68%.
A essa importância some-se mais R$ 70 mil que receberão para pagar assessores, moradia, correio, gráfica e passagens aéreas.
Isso num país onde o salário de grande parte da população ativa é de R$ 350,00, portanto, um desses trabalhadores levará 24 anos para ganhar o que um pulha desses ganha num mês.
Até quando? (G.S.)
Clicando “Texto Completo” leia o que Carlos Chagas diz sobre o assunto
Números são números
Na Tribuna da Imprensa
Divulga a Comissão de Finanças da Câmara que o aumento votado para os deputados foi de 26%, simples reposição diante da inflação dos últimos cinco anos.
Com todo o respeito, não é bem assim. Porque além de terem seus vencimentos reajustados de R$ 12.800,00 para R$ 16.200,00, Suas Excelências vão receber mais R$ 5.400,00 em espécie, a título de aumento da verba indenizatória para despesas pessoais, que já era de R$ 21.600,00. Somando tudo, o aumento não será de 26%, mas de 68%.
Acresce que os deputados já recebem R$ 50.000,00 para contratar assessores em seus gabinetes, R$ 3.000,00 de auxílio moradia, R$ 4.200,00 de cota postal e telegráfica, R$ 6.000,00 de despesas gráficas e entre R$ 4.000,00 e R$ 16.000,00 em passagens aéreas para seus estados de origem e para o Rio de Janeiro.
Não se discute a reposição diante da inflação, ainda que a razão fique com o deputado Fernando Gabeira, a respeito da oportunidade da iniciativa. Com a imagem desgastada por conta dos escândalos da última legislatura, e antes que tenha votado uma só das reformas necessárias ao País, a Câmara deveria esperar mais tempo para o reajuste.
Vale acrescentar que quem vive de salários, na iniciativa privada, na maioria dos casos deixa de receber a reposição pela inflação. Quanto mais 68%, fora as mordomias. Falta o plenário aprovar a decisão da Comissão de Finanças, mas poucos serão os deputados a se opor. Quanto aos senadores, serão aqueles a tirar as castanhas do fogo com a mão do gato...
Na Tribuna da Imprensa
Divulga a Comissão de Finanças da Câmara que o aumento votado para os deputados foi de 26%, simples reposição diante da inflação dos últimos cinco anos.
Com todo o respeito, não é bem assim. Porque além de terem seus vencimentos reajustados de R$ 12.800,00 para R$ 16.200,00, Suas Excelências vão receber mais R$ 5.400,00 em espécie, a título de aumento da verba indenizatória para despesas pessoais, que já era de R$ 21.600,00. Somando tudo, o aumento não será de 26%, mas de 68%.
Acresce que os deputados já recebem R$ 50.000,00 para contratar assessores em seus gabinetes, R$ 3.000,00 de auxílio moradia, R$ 4.200,00 de cota postal e telegráfica, R$ 6.000,00 de despesas gráficas e entre R$ 4.000,00 e R$ 16.000,00 em passagens aéreas para seus estados de origem e para o Rio de Janeiro.
Não se discute a reposição diante da inflação, ainda que a razão fique com o deputado Fernando Gabeira, a respeito da oportunidade da iniciativa. Com a imagem desgastada por conta dos escândalos da última legislatura, e antes que tenha votado uma só das reformas necessárias ao País, a Câmara deveria esperar mais tempo para o reajuste.
Vale acrescentar que quem vive de salários, na iniciativa privada, na maioria dos casos deixa de receber a reposição pela inflação. Quanto mais 68%, fora as mordomias. Falta o plenário aprovar a decisão da Comissão de Finanças, mas poucos serão os deputados a se opor. Quanto aos senadores, serão aqueles a tirar as castanhas do fogo com a mão do gato...
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