Josias de Souza conta (clicar em texto completo) a novela Nelson Jobim, nesse sábado passado, para surpresa do articulista ele lhe telefonou para dizer que renunciar à candidatura à presidência do Partido do Movimento Democrático Brasileiro PMDB, era fora de qualquer cogitação.De um ex parlamentar e ex presidente do Supremo Tribunal Federal, isto é quarto na linha de sucessão presidencial, esperava-se que a declaração fosse fidedigna, mas estamos no Brasil e hoje, passados quatro dias, o dito ficou pelo não dito, ele renunciou. A explicação das causas dadas por Jobim é uma peça antológica onde com muitas palavras não diz os motivos
"Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda".
Todavia ganha o Brasil, pois devemos lembrar que Jobim desavergonhadamente e jactando-se, confessou à jornalista Dora Kramer que, quando deputado Constituinte, colocara ilegalmente alguns artigos na Carta Magna. Depois como chefe do 3° poder, o Judiciário, faltava-lhe o requisito principal para o cargo, a isenção, suas decisões sempre beneficiavam Lula e sua corriola. (G.S.)
(na foto Michel Temer e Nelson Jobim)
Por Josias de Souza na Folha de São Paulo
O signatário do blog perdeu a conta do número de vezes que telefonou para Nelson Jobim nos últimos 60 dias. Jamais foi atendido. Alegava-se sempre que o ex-presidente do STF estava em reunião. Uma reunião eterna.
Súbito, o repórter foi surpreendido pelo impensável. Deu-se no último sábado (3). Tocou o celular. O número que irrompeu no visor era do Senado. Do outro lado da linha, a secretária de Renan Calheiros (PMDB-AL) informou que Nelson Jobim queria falar.
Espanto (!), assombro (!!), estupefação (!!!). Como não costuma trancar-se em reuniões que nunca terminam, o repórter pôs-se à disposição. E Jobim veio ao telefone. Explicou que ligava para desmentir "rumores infundados" de que renunciaria à disputa pela presidência do PMDB.
“Não tem hipótese de isso acontecer”, disse, categórico. Entre as poucas coisas que o repórter aprendeu em duas décadas de ofício, um ensinamento sempre demonstrou-se infalível: quando um político começa a dizer que não há hipótese de renúncia é porque já está na bica de renunciar. Não falha. É batata.
No caso específico, o desfecho veio em 72 horas. Nesta terça-feira (6), as pretensões de Jobim foram para o beleléu. Nelson ‘não há hipótese de isso acontecer’ Jobim renunciou. No caminho para as cucuias, Jobim arrastou consigo a última tentativa da dupla Renan-Sarney de impor a Lula uma interlocução exclusiva no PMDB.
Lula se deu conta de que, se não der voz, vez e verbas/cargos para o grupo de Temer, terá do seu lado um PMDB pela metade. O argumento com que Jobim justificou sua renúncia é risível. "Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", disse, em nota.
Ou seja, Jobim insinua que Lula conspirou por Temer. É tão falso quanto injusto. Lula, em verdade, tramou por Jobim. O problema é que faltou ao ex-presidente do STF, dodói do Planalto, algo essencial para qualquer político em campanha: votos.
Lula tirou o pé da canoa de Jobim porque não é afeito ao suicídio político. Bancando-o até o fim, iria à convenção do PMDB, no próximo domingo, alinhado às fileiras derrotadas. Pode-se dizer tudo de Lula. Mas de bobo o presidente não pode ser chamado.
O signatário do blog perdeu a conta do número de vezes que telefonou para Nelson Jobim nos últimos 60 dias. Jamais foi atendido. Alegava-se sempre que o ex-presidente do STF estava em reunião. Uma reunião eterna.
Súbito, o repórter foi surpreendido pelo impensável. Deu-se no último sábado (3). Tocou o celular. O número que irrompeu no visor era do Senado. Do outro lado da linha, a secretária de Renan Calheiros (PMDB-AL) informou que Nelson Jobim queria falar.
Espanto (!), assombro (!!), estupefação (!!!). Como não costuma trancar-se em reuniões que nunca terminam, o repórter pôs-se à disposição. E Jobim veio ao telefone. Explicou que ligava para desmentir "rumores infundados" de que renunciaria à disputa pela presidência do PMDB.
“Não tem hipótese de isso acontecer”, disse, categórico. Entre as poucas coisas que o repórter aprendeu em duas décadas de ofício, um ensinamento sempre demonstrou-se infalível: quando um político começa a dizer que não há hipótese de renúncia é porque já está na bica de renunciar. Não falha. É batata.
No caso específico, o desfecho veio em 72 horas. Nesta terça-feira (6), as pretensões de Jobim foram para o beleléu. Nelson ‘não há hipótese de isso acontecer’ Jobim renunciou. No caminho para as cucuias, Jobim arrastou consigo a última tentativa da dupla Renan-Sarney de impor a Lula uma interlocução exclusiva no PMDB.
Lula se deu conta de que, se não der voz, vez e verbas/cargos para o grupo de Temer, terá do seu lado um PMDB pela metade. O argumento com que Jobim justificou sua renúncia é risível. "Os acontecimentos das últimas horas enunciam opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso resta-me afastar-me em definitivo da contenda", disse, em nota.
Ou seja, Jobim insinua que Lula conspirou por Temer. É tão falso quanto injusto. Lula, em verdade, tramou por Jobim. O problema é que faltou ao ex-presidente do STF, dodói do Planalto, algo essencial para qualquer político em campanha: votos.
Lula tirou o pé da canoa de Jobim porque não é afeito ao suicídio político. Bancando-o até o fim, iria à convenção do PMDB, no próximo domingo, alinhado às fileiras derrotadas. Pode-se dizer tudo de Lula. Mas de bobo o presidente não pode ser chamado.
3 comentários:
É. Ganha o Brasil. E o Sr. Jobim já vai tarde.Que tome bastante chimarrão na sua terra.Que curta o ostracismo que por seu comportamento merece.
Ganharia o Brasil se ñ fosse Michel Temer. Essa é a típica escolha de Sofia. É perder ou perder...risos....
Alô, Giulio
Na mesma linha da Adriana, é o mesmo que ter de escolher entre Maluf e Marta Sexplicito.
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