31 de mar. de 2007

Ponham Monteiro Lobato Nisso

Por Ralph J. Hofmann

“Ele é o bom, é o bom, é o bom.”
(Canção cantada por Toni Campello na década de 60)
Sempre que ouço o nosso Grande Timoneiro, Líder dos Frascos e Comprimidos, Presidente do País Onde Nunca Ninguém Antes, Porta Bandeira da Ala dos Cocaleros da FARC, Patrono do Forum de Sampa que não existe. Marechal de Campo, Doutor em Ciências Ocultas, Cientista dos Insociológicos, Pregador Leigo da Igreja do Auto Socorro, Marechal de Campo para não ficar abaixo do Coronel Capomafioso Chaves (também do Chaves que é Chapolim Colorado), sou levado Mais uma vez a constatar a necessidade de inventar um novo Monteiro Lobato para o Século XXI.
Sinceramente. O homem sofre de logorréia. Parece aqueles garotos que na escola faziam longos discursos que pareciam ser num idioma diferente mas não passavam de palavras inventadas na hora. “Pelas parpocindéticas dos progolêmenos diria que esta presemuntada se apresenta angilontamente créssnica ...” Lembram desse cara? Toda escola tinha um desses. Não aprendiam muito bem, mas eram criativos com o que sabiam.
Pois o Grande Lula do Brasil é assim. Apende fácil o jargão. Depois diz que países que prendem garotos de 16 anos que matam e estupram são cruéis. Cruel é a vovozinha dele que deus a tenha e que graças a Deus não vê o neto que gerou.
Falta cultura, isso sim. Falta saber história, geografia como se fosse respirar. Não para responder uma prova. Tem de saber mesmo. E o Brasil tinha o educador que sabia disto e influenciou minha geração. Monteiro Lobato. Quem lesse os doze livros infantis do Monteiro Lobato ganhava uma sensibilidade para tudo que afeta o mundo. Criei-me entre um mundo inglês e um mundo brasileiro, sorvendo das duas culturas. Não existe nenhum outro Monteiro Lobato no mundo. Esqueça, métodos de alfabetização socializantes. Monteiro Lobato transmitia em doses açucaradas toda a cultura do mundo. Nos preparava para empreender vôos culturais maiores.
Lula é da minha geração. Entende-se que a luta pela sobrevivência não tenha colocado em suas mãos os livros do Monteiro Lobato aos sete anos, como colocou nas minhas. Mas a lamentável falta de cultura, de percepção do que não seja a frase de efeito para granjear simpatia, prontamente esquecida no próximo compromisso político ou social, essa podia ter sido saneada or um pouco de leitura em qualquer das últimas décadas, em que o Doctor Horroris Causa percebia que um dia seria o Presidente de Todos os Brasileiros Desde que Todos Brasileiros Concordem que Ele é “ O Bom”.

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