Em novembro de 1971, o governador do Paraná, Haroldo Leon Peres (foto),por “solicitação” do chefe da Casa Civil do presidente general Emílio Garrastazu Médici, renunciou a cargo pelo qual havia sido escolhido pelo próprio Médici.Antes Leon Perez quis saber por que motivo teria que renunciar e, como resposta, lhe foi dito que havia pedido propina a uma empreiteira num encontro com o diretor desta na praia de Copacabana, diante da negativa de Leon Peres, o ministro perguntou-lhe se queria ouvir a gravação do fato.
Haroldo sem dizer nada assinou sua renúncia. Era verdade, por um acidente, na época li a matéria na Veja, pois era assinante, mas a revista, por ter publicado esse fato, foi retirado das bancas.
Médici que vinha do Serviço Nacional d Informações – SNI, percebeu que havia feito a escolha errada e assim o SNI foi acionado, um agente colocou um pequeno gravador dentro de um maço de cigarros que foi jogado junto ao governador no momento que ele falava com o empresário, certo que na areia da praia ninguém ia ouvi-los. Enganou-se. (G.S.)
Em sua coluna de hoje Carlos Chagas, lembra o SNI, que mudou para ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), que o presidente da República faz questão de ignorar, assim escolhe ministros com a moral incompatível com o cargo.
Chagas escreve também sobre uma denuncia da liberação geral, por parte do governo brasileiro, para a venda de terras a empresas estadunidenses, para plantio de cana de açúcar e produção de álcool combustível.
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