1 de abr. de 2007

Brasil, o País Onde o Presidente não Manda

Por Giulio Sanmartini


O que se desconfiava, vai cada vez mais se confirmando: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não manda! Seus colaboradores próximos estão obrando e andando para ele
Ao que tudo indica o grupo que realmente controla a nação, seus “companheiros” o controlam como um marionete. Usaram seu indiscutível carisma, que funciona perfeitamente nas camadas mais baixas, que são em maioria no Brasil, e escondidos na sombra, manobram os cordéis. Quando Lula toma alguma medida que os contraria, eles o deixam bravatar a vontade, depois ignoram solenemente suas ordens, e assim segue essa nau insensata, que se chama Brasil!
Dora Kramer em uma nota cita três exemplos marcantes do fato:

“A Infraero, a Aeronáutica e o Ministério da Defesa até agora ignoraram a determinação do presidente da República e não se manifestaram a respeito do dia e hora para o fim da crise no setor. Como respondem hierarquicamente ao presidente, configura-se caso de indisciplina explícita.
Há precedentes, porém. Quando Lula tempos atrás determinou o imediato fim das filas do INSS, a ordem caiu no vazio. No fim do ano passado, os ministérios da Fazenda e Planejamento fizeram-se de surdos à determinação de resolução da crise financeira do Instituto do Coração de São Paulo, num prazo de 48 horas”.

No que concerne à crônica crise aérea, que fechou todos os aeroportos do Brasil, tal qual aconteceu nos Estados Unidos dia 11 de setembro de 2002, só que lá foi depois do ataque terrorista que destruiu as torres de Nova York. O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) diz, colocando o dedo na ferida: “É uma irresponsabilidade do governo que vem se repetindo porque nenhuma medida ainda foi tomada. A realidade é que o Brasil está vivendo uma situação inimaginável, nunca antes ocorrida, e o governo não está agindo, não sei se por incompetência ou por incapacidade gerencial.”
A solução mágica, o abracadabra encontrado pelo governo é mais uma falácia, seria a desmilitarização do controle de vôo, o sargentos da aeronáutica que o fazem seriam substituídos por civis, mas essa providência requer inicialmente a edição de uma medida provisória, que por sua vez deverá ser aprovada pelo Congresso, depois a alteração da Lei Complementar 97, de 1999, que em seu artigo 18 estabelece que, a coordenação e o controle das atividades da aviação civil são de responsabilidade da Aeronáutica e o mais importante, treinar o pessoal que substituirá as militares, portanto algo a médio-longo prazo., até lá, como dizia Eugênio Gudin “estaremos todos mortos”, ou na melhor das hipóteses, como mostra a foto, dormindo nos aeroportos e usando como lençol a bandeira nacional.

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