A Argentina teve por bem esta semana mais uma vez declarar sua posse sobre as Ilhas Falkland, por eles conhecidas por Malvinas e pelos franceses por Malouines.
Nesta altura dos acontecimentos, considerando que desde 1830 há uma população escocesa nesta ilha, sendo a maioria dos ilhéus descendentes dos colonos originais creio que algumas coisas saltam aos olhos.
Sempre que sua situação econômica tende a ir pelo ralo (e a Argentina está longe de estar com uma economia sólida), os argentinos tentam abiscoitar um pedaço dos vizinhos. Em 1978 em Santiago de Chile se falava em treinar “blackout” da cidade ante a possibilidade de uma guerra pelo Canal de Beagle. Num dia em outubro houve até o caso de um bombardeiro argentino que se esgueirou entre as montanhas dos Andes e fez um vôo rasante sobre a cidade sumindo antes que a Força Aérea chilena o pudesse perseguir.
As alegações argentinas geralmente se baseiam exclusivamente em situação geográfica e em espaços de tempo em que esta ou aquela província era passada de uma governadoria geral espanhola para outra, caso do Canal de Beagle. Até os anos 60 do século passado os livros escolares argentinos davam o Canal de Beagle como chileno. Depois, talvez com o desenvolvimento da exploração de petróleo em águas profundas a história foi reescrita. No caso das Falkland cento e setenta e sete anos de ocupação ininterrupta por escoceses são desconsiderados.
A considerar lícitas as demandas argentinas, grandes pedaços do Brasil poderiam ser exigidos por Paraguaios, Bolivianos, Peruanos e outros. A Holanda e a Bélgica voltariam a ser parte da Espanha. A história seria reescrita no tapetão. (Perdemos o jogo, agora vamos para o tapetão.) E ainda assim, os povos dos dois países baixos certamente não aceitariam o domínio espanhol. O que fariam os falklandeses? Salvo algum sujeito que sempre seja do contra qual falklandês trocaria seu passaporte europeu por um passaporte argentino?
Mas para os Argentinos, particularmente os portenhos, sempre convictos de que são a nata das Américas, não ocorre a possibilidade de que um ilhéu das Falklands não queira a nacionalidade Argentina. “Pero tchê! Son locos estos tipos. Mira que no quieren ser Argentinos! Tontos. Piantáos! "
Mas ainda falta verificar os direitos dos primeiros que chegaram a colonizar uma das duas ilhas. Os pescadores de Saint Malô na Bretanha. Como é que eles vêem essa pendenga. Será que eles querem viver nessas ilhas e criar ovelhas?
A considerar lícitas as demandas argentinas, grandes pedaços do Brasil poderiam ser exigidos por Paraguaios, Bolivianos, Peruanos e outros. A Holanda e a Bélgica voltariam a ser parte da Espanha. A história seria reescrita no tapetão. (Perdemos o jogo, agora vamos para o tapetão.) E ainda assim, os povos dos dois países baixos certamente não aceitariam o domínio espanhol. O que fariam os falklandeses? Salvo algum sujeito que sempre seja do contra qual falklandês trocaria seu passaporte europeu por um passaporte argentino?
Mas para os Argentinos, particularmente os portenhos, sempre convictos de que são a nata das Américas, não ocorre a possibilidade de que um ilhéu das Falklands não queira a nacionalidade Argentina. “Pero tchê! Son locos estos tipos. Mira que no quieren ser Argentinos! Tontos. Piantáos! "
Mas ainda falta verificar os direitos dos primeiros que chegaram a colonizar uma das duas ilhas. Os pescadores de Saint Malô na Bretanha. Como é que eles vêem essa pendenga. Será que eles querem viver nessas ilhas e criar ovelhas?
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