Há poucas semanas escrevi sobre o assunto Apagão Aéreo, com minha opinião sobre onde e como se deveria procurar o verdadeiro responsável pelo que vinha acontecendo no Brasil com a aviação comercial. E indicava que o problema, a meu ver, era puramente decorrente de mau gerenciamento dos vários órgãos envolvidos com o controle da aviação (ou do tráfego aéreo, se preferirem).
Nosso digno e competente Presidente da ANAC, Sr. Milton Zuanazzi, insiste em dizer que não há nem jamais houve problema de apagão aéreo no Brasil. Penso que nesses últimos seis meses esteve ausente do País, razão pela qual não sabe o que aconteceu e, por isso, insisto no tema.
Com alguma preocupação, vejo que a CPI recém instalada na Câmara dos Deputados talvez saia a procurar os responsáveis em setores que nada ou pouco têm a ver com o problema, apenas em busca de irresponsável foguetório, em verdadeira caça a bruxas – ou bruxos !
Com quase certeza, mais uma pizzaria gigante será instalada, com produção suficiente para alimentar a fome (real, não no sentido figurado) da população de Brasília.
Por isso, permito-me sugerir aos que se envolverão na construção da pizzaria e na fabricação das pizzas que, com vistas a diminuir os custos, sigam o seguinte roteiro em seus trabalhos:
1 – Procurem conhecer e determinar o verdadeiro organograma do órgão (suponho que, ao final, seja um órgão apenas) responsável pelo controle do tráfego aéreo.
Nosso digno e competente Presidente da ANAC, Sr. Milton Zuanazzi, insiste em dizer que não há nem jamais houve problema de apagão aéreo no Brasil. Penso que nesses últimos seis meses esteve ausente do País, razão pela qual não sabe o que aconteceu e, por isso, insisto no tema.
Com alguma preocupação, vejo que a CPI recém instalada na Câmara dos Deputados talvez saia a procurar os responsáveis em setores que nada ou pouco têm a ver com o problema, apenas em busca de irresponsável foguetório, em verdadeira caça a bruxas – ou bruxos !
Com quase certeza, mais uma pizzaria gigante será instalada, com produção suficiente para alimentar a fome (real, não no sentido figurado) da população de Brasília.
Por isso, permito-me sugerir aos que se envolverão na construção da pizzaria e na fabricação das pizzas que, com vistas a diminuir os custos, sigam o seguinte roteiro em seus trabalhos:
1 – Procurem conhecer e determinar o verdadeiro organograma do órgão (suponho que, ao final, seja um órgão apenas) responsável pelo controle do tráfego aéreo.
2 – Feito isso, comecem de baixo para cima nesse organograma, ou seja, ouçam primeiramente os operadores dos sistemas (radares, computadores, sistemas de comunicação, etc.), a fim de definir se os equipamentos são os corretos (qualitativa e quantitativamente), se a quantidade dos operadores é adequada, de acordo com os atuais manuais ou normas da aviação internacional (lembrem-se de que voam em nossos céus não só aeronaves de bandeira brasileira como, também, aeronaves de muitos outros países), se esses operadores recebem treinamento adequado e suficiente, inclusive com suficiente conhecimento do idioma inglês – que é o universalmente adotado para isso. Explorem esse assunto profundamente.
3 – Detectadas deficiências em qualquer ou em todos os aspectos relacionados ao item anterior, busquem determinar quais as reais causas dessas falhas ou faltas, e quais as pessoas efetivamente responsáveis por elas.
4 – Como passo seguinte, ouçam esses responsáveis, sem nada omitir ou ocultar visando a proteger “a” ou “b”. Incluam todos e os inquiram de maneira objetiva. Certamente isso levará a que se vá subindo na hierarquia do sistema de controle, de acordo com o organograma adrede verificado. Afinal, em todo e qualquer sistema de administração, sempre haverá um único responsável final; em uma empresa, será seu Presidente Executivo, que pode ter incidido em apenas uma falha: a nomeação de pessoa errada para o cargo a ser preenchido!
5 – É esse responsável final que deverá ser chamado às falas. Lembrem-se sempre da antiqüíssima história passada em um regimento militar, em que um banco no pátio foi pintado e, para evitar que alguém sentasse enquanto a tinta secava, colocou-se um cartaz “Proibido sentar”. Durante muitos meses esse cartaz ali ficou, pois ninguém mandara retira-lo. Quando um novo comandante assumiu a chefia do regimento, saiu a indagar das razões da placa; evidentemente, mandou remove-la imediatamente, pois a tinta havia secado há muito. Para completar, em sua busca o comandante inquiriu o sub-comandante, que inquiriu seu subordinado imediato e, nesse processo, quem acabou levando o pontapé final foi o cachorro do regimento...
6 – Certamente os Senhores Deputados não desejarão determinar que o verdadeiro culpado pelo apagão seja o contínuo da Câmara dos Deputados. O buraco é bem mais acima. Por isso não precisão convocar passageiros que foram prejudicados, como nosso ex-astronauta ou outras figuras de destaque. As vítimas diretas do apagão já sofreram o suficiente!
7 – Discute-se agora se o sistema de controle de tráfego aéreo deve ser civil ou militar. Li nos jornais que a transferência do atual sistema para civil custaria bilhões de reais, eis que passariam a existir dois sistemas, um para controle do tráfego civil e outro para controle do trafego aéreo militar. Tenho minhas dúvidas se essa discussão é necessária ou pertinente neste momento. Sei que é urgente que o Brasil tenha um sistema moderno (tão moderno quanto possível), operado por pessoal suficiente em qualidade e quantidade e, ainda, infenso a paralisações grevistas. Ah, e remunerado de acordo com as qualificações requeridas.
8 – Finalmente, sugiro que as supostas falcatruas na Infraero sejam apuradas em separado, pois essa empresa estatal muito pouco tem a ver com o controle e a segurança do tráfego aéreo. Sua função precípua é a de construir e administrar aeroportos, e isso nada tem a ver com a crise a que estamos sendo submetidos há mais de seis meses, com custos diretos e indiretos incalculáveis e com prejuízos insuportáveis para a reputação do Brasil em todo o mundo.
É muito provável que companhias aéreas de outros países (e seus respectivos governos) alimentem sérias dúvidas sobre se é seguro que suas aeronaves sobrevoem nosso território
3 – Detectadas deficiências em qualquer ou em todos os aspectos relacionados ao item anterior, busquem determinar quais as reais causas dessas falhas ou faltas, e quais as pessoas efetivamente responsáveis por elas.
4 – Como passo seguinte, ouçam esses responsáveis, sem nada omitir ou ocultar visando a proteger “a” ou “b”. Incluam todos e os inquiram de maneira objetiva. Certamente isso levará a que se vá subindo na hierarquia do sistema de controle, de acordo com o organograma adrede verificado. Afinal, em todo e qualquer sistema de administração, sempre haverá um único responsável final; em uma empresa, será seu Presidente Executivo, que pode ter incidido em apenas uma falha: a nomeação de pessoa errada para o cargo a ser preenchido!
5 – É esse responsável final que deverá ser chamado às falas. Lembrem-se sempre da antiqüíssima história passada em um regimento militar, em que um banco no pátio foi pintado e, para evitar que alguém sentasse enquanto a tinta secava, colocou-se um cartaz “Proibido sentar”. Durante muitos meses esse cartaz ali ficou, pois ninguém mandara retira-lo. Quando um novo comandante assumiu a chefia do regimento, saiu a indagar das razões da placa; evidentemente, mandou remove-la imediatamente, pois a tinta havia secado há muito. Para completar, em sua busca o comandante inquiriu o sub-comandante, que inquiriu seu subordinado imediato e, nesse processo, quem acabou levando o pontapé final foi o cachorro do regimento...
6 – Certamente os Senhores Deputados não desejarão determinar que o verdadeiro culpado pelo apagão seja o contínuo da Câmara dos Deputados. O buraco é bem mais acima. Por isso não precisão convocar passageiros que foram prejudicados, como nosso ex-astronauta ou outras figuras de destaque. As vítimas diretas do apagão já sofreram o suficiente!
7 – Discute-se agora se o sistema de controle de tráfego aéreo deve ser civil ou militar. Li nos jornais que a transferência do atual sistema para civil custaria bilhões de reais, eis que passariam a existir dois sistemas, um para controle do tráfego civil e outro para controle do trafego aéreo militar. Tenho minhas dúvidas se essa discussão é necessária ou pertinente neste momento. Sei que é urgente que o Brasil tenha um sistema moderno (tão moderno quanto possível), operado por pessoal suficiente em qualidade e quantidade e, ainda, infenso a paralisações grevistas. Ah, e remunerado de acordo com as qualificações requeridas.
8 – Finalmente, sugiro que as supostas falcatruas na Infraero sejam apuradas em separado, pois essa empresa estatal muito pouco tem a ver com o controle e a segurança do tráfego aéreo. Sua função precípua é a de construir e administrar aeroportos, e isso nada tem a ver com a crise a que estamos sendo submetidos há mais de seis meses, com custos diretos e indiretos incalculáveis e com prejuízos insuportáveis para a reputação do Brasil em todo o mundo.
É muito provável que companhias aéreas de outros países (e seus respectivos governos) alimentem sérias dúvidas sobre se é seguro que suas aeronaves sobrevoem nosso território
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