3 de mai. de 2007

Memórias De Um Governo Desonesto - 3

O petistas chegaram ao Planalto em janeiro de 2003, como um bando de saqueadores bárbaros dividindo o butim. Vieram farta-se e começaram sem fazer miséria. Aparelharam o governo, mas como ninguém é bobo começaram por arrumar suas mulheres.
Dos 17 ministros que foram morar me Brasília, 13 levaram suas caras metades e dessas, 6 logo tornaram-se a metade mais cara, com dinheiro do contribuinte, muito bem entendido. Brasília tornou-se uma benção dos céus para as companheiras.


A socióloga Maria Rita Garcia é a mulher do então onipotente ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu. Mudou-se para a capital em março de 2003. Era funcionária concursada do governo de São Paulo, com um salário de R$ 5.189,00. Sua “boquinha foi arrumada no ministério do Planejamento, como assessora da presidência da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e passou a receber R$ 7 mil, isto é um aumento de 35%.

A médica Sanitarista Margareth Rose Silva Palocci, mulher do então poderoso ministro da Fazenda Antonio Palloci, tem uma trajetória curiosa: em meados de 2002, fez concurso para trabalhar em sua profissão na prefeitura de Ribeirão Preto, então comandada pelo marido. Havia só uma vaga. Ela tirou o primeiro lugar. Passou a ganhar 1.120 reais. Agora, contratada como assessora da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), recebe 4.850 reais mensais – um aumentinho de mais de 300%.

A bancária aposentada Sonia Lourdes Rodrigues Berzoini, mulher do e ministro da Previdência e carrasco de velhinhos, Ricardo Berzoini. aposentou-se no Banco do Brasil, aproveitando um plano que estimulava a demissão, o chamado PDV. Morando em São Paulo, tentou a sorte com uma pequena empresa, não teve sucesso e resolveu dedicar-se ao lar, ganhando a aposentadoria do BB. Ao se mudar para a capital federal, as coisas melhoraram. Foi contratada pela deputada Selma Schons, do PT do Paraná, por 3.500 reais, para prestar assessoria. Mas já trocou de emprego. "A companheira Sonia achava que teria tempo disponível para trabalhar aqui, mas descobriu que não tinha", diz a deputada. "Aí, a gente decidiu que ela iria para um gabinete em que não precisasse trabalhar em tempo integral." Sonia, hoje, trabalha no gabinete do deputado Paulo Bernardo, do PT paranaense, que jamais informou quanto pagava à mulher do ministro, nem o tamanho do expediente que ela cumpria.
Saindo da área ministerial mas continuando sobre os manda chuva petistas, vamos encontrar a jornalista Márcia Milanésio Cunha, mulher do então presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), mudou-se para Brasília em fevereiro de 2003. Antes trabalhava como assessora da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Na capital passou a auxiliar Jair Menegelli, presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Industria (SESI). Embora privado, o SESI é mantido pelo governo e Menegelli foi uma indicação pessoal do presidente Lula. Márcia ganha mesmo que no antigo emprego, mas pode ficar junto com o marido.
Quando esses fatos foram divulgados (maio de 2003) nada existia contra os maridos dessas senhoras, nos escândalos de uma dimensão jamais vista na história da República: Dirceu e Cunha no Mensalão; Palocci na quebra ilegal de sigilo bancário e Berzoini chefiando os aloprados do Dossiê.
Por nepotismo, deixando de lado a origem histórica do termo, entende-se o ato de favorecer parentes, por motivos familiares em detrimento da competência.Tecnicamente nesses quatro casos ele não está caracterizado, pois é o caso de um chefe que pega sob seu comando parentes, com ligações consangüíneas até o terceiro grau. Tudo está dentro da lei, mas as beneficiadas sabem que estão moralmente comprometidas, tanto que todas sempre se recusaram a falar sobre o assunto com a imprensa. (G.S.)

(*) o próximo capítulo tratará das histórias seretas que elegeram Lula


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