Por Giulio Sanmartini
Um dos princípios de nosso Blog é seguir um código ético de respeito à dignidade humana.
Todavia, esse código não nos impede de dizer a verdade, por mais cruel que está possa parecer. É pura hipocrisia fazer somente elogios aos que acabaram de morrer, como fez o presidente do PR Sérgio Tamer, quando disse, por meio da assessoria, que estava muito abalado e que a morte de Enéas representará "uma ausência irreparável".
O deputado Enéas merece todo o respeito por sua luta contra a sua doença incurável, contudo, como político foi simplesmente uma figura folclórica. Tornou-se famoso, pelo bordão que usava no horário eleitoral gratuito, onde dizia somente “Meu nome é Enéas” pois seu tempo era de escassos 15 segundos. Isso aconteceu nas eleições presidenciais 1989, nas seguintes (1994) com o mesmo bordão surpreendeu todos ao ficar em terceiro lugar imediatamente abaixo de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, batendo tradicionais políticos tipo Leonel Brizola (PDT-RJ) e Orestes Quércia (PMDB-SP).
Em 2002, candidatando-se a deputado federal pelo partido que fundara o Prona (Partido de Reedificação Nacional), tornou a surpreender com seus mais de 1,5 milhão de votos, a maior votação individual da história da República. Sua atuação como congressista foi totalmente inócua, o que não o impediu de reeleger-se em 2006, agora com quase 400 votos, ficou em 4° lugar depois de Maluf, Russomano e Clodovil.
Enéas, com o devido respeito, me faz lembrar Cacareco (foto), um filhote de rinoceronte nascido no zôo do Rio de Janeiro e dado ao de São Paulo em sua inauguração. No ano seguinte, teve 100 mil votos como vereador, superior a toda legenda do partido mais forte da Câmara Municipal. A votação expressiva de ambos, foi uma forma de protesto irônico e ferino de um eleitorado que perdeu todo o respeito aos políticos tradicionais.
Leia a matéria na Veja online
Um dos princípios de nosso Blog é seguir um código ético de respeito à dignidade humana.
Todavia, esse código não nos impede de dizer a verdade, por mais cruel que está possa parecer. É pura hipocrisia fazer somente elogios aos que acabaram de morrer, como fez o presidente do PR Sérgio Tamer, quando disse, por meio da assessoria, que estava muito abalado e que a morte de Enéas representará "uma ausência irreparável".
O deputado Enéas merece todo o respeito por sua luta contra a sua doença incurável, contudo, como político foi simplesmente uma figura folclórica. Tornou-se famoso, pelo bordão que usava no horário eleitoral gratuito, onde dizia somente “Meu nome é Enéas” pois seu tempo era de escassos 15 segundos. Isso aconteceu nas eleições presidenciais 1989, nas seguintes (1994) com o mesmo bordão surpreendeu todos ao ficar em terceiro lugar imediatamente abaixo de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, batendo tradicionais políticos tipo Leonel Brizola (PDT-RJ) e Orestes Quércia (PMDB-SP).
Em 2002, candidatando-se a deputado federal pelo partido que fundara o Prona (Partido de Reedificação Nacional), tornou a surpreender com seus mais de 1,5 milhão de votos, a maior votação individual da história da República. Sua atuação como congressista foi totalmente inócua, o que não o impediu de reeleger-se em 2006, agora com quase 400 votos, ficou em 4° lugar depois de Maluf, Russomano e Clodovil.
Enéas, com o devido respeito, me faz lembrar Cacareco (foto), um filhote de rinoceronte nascido no zôo do Rio de Janeiro e dado ao de São Paulo em sua inauguração. No ano seguinte, teve 100 mil votos como vereador, superior a toda legenda do partido mais forte da Câmara Municipal. A votação expressiva de ambos, foi uma forma de protesto irônico e ferino de um eleitorado que perdeu todo o respeito aos políticos tradicionais.
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