Por Giulio Sanmartini
Creio que todos, quando por algum motivo não podem votar numa eleição, pensam em quem votariam. Por exemplo, eu não podia votar no Brasil pelo fato de ser estrangeiro, mas teria votado em Collor, Fernando Henrique, Serra e Alckmin, portanto em 6 eleições eu teria acertado apensa duas com um só candidato, isso porque mesmo vencendo a votação Collor, foi uma derrota para ele e mais ainda, para os que o elegeram.
Na União Européia, as eleições mais importantes são 4: as da França, Alemanha, Inglaterra e Itália, portanto acompanhei bem de perto as francesas que aconteceram esse domingo. Nessa houve algo de interessante: eu não votaria em algum dos dois que foram para o segundo turno, a “gauche” Ségolène Royal e o conservador Nicolas Sarkozy. A Primeira representa tudo de retrógrado, superado e mofado do esquerdismo tradicional, seu discurso além da demagogia barata, tem a tentativa de parecer politicamente correta e das utopias cansativas. Ela defendeu a idéia da democratização participativa, isto é, de ouvir o país e as propostas da base. Não apresentou um verdadeiro programa, mas aquele do partido socialista, que procurou esconder, dessa forma somente conseguiu reagir às iniciativas de seu opositor. Só apresentou uma diferença das esquerdopatas dos anos 1960, é uma bonita e simpática mulher.
Nicolas Sarkozy teria tudo para ser meu candidato. Filho de um húngaro que fugiu do comunismo implantado em seu país depois da guerra. Nasceu em Paris, formou-se em direito e ciências políticas. Entrou na política aos 19 anos, foi deputado várias legislaturas, prefeito e ministro. Mas alguma coisa em sua vida pública pegou. Nicolas é casado (ambos em segundas núpcias) com Cécilia, mas em agosto de 2005 ela o largou por outro voltando alguns meses depois. Mas esse é um problema deles, que passou a ser do leitor por um motivo muito sério. A revista Paris Match, publicou uma reportagem sobre o fato, tendo na capa a fotografia de sra. Sarlozy com o pivot do caso, Richard Attias.
Nicolas, que aceitou bem a ida e vinda da mulher, não aceitou a notícia jornalística e não resistiu em usar seu poder intimidador: mandou vir a seu gabinete o diretor da revista, Alain Genestar, e o obrigou ao pacto nos seguintes termos: mais discrição sobre a vida privada do aspirante à presidência da República; mais atenção às suas razões e aos seus interesses; mas respeito pela grande amizade dele com o dono da revista Arnaud Lagardère e, em troca, seria mantido em seu emprego, e assim foi feito. Essa forma baixa e vil de censura, é inadmissível em qualquer país que se diga democrático e tenha eleições livres.
Parece que Cecília em abril deu outro sumiço e sua aparição nos festejos da eleição do marido foram puramente burocráticos. Mas como disse: o problema é deles e cada país tem o governante que merece, o Brasil um incompetente de honestidade duvidosa, a Itália um desastrado com cara de sacristão, o da Espanha tem por apelido Bambi e o da Fraca é... bem, deixa isso pra lá.
Sobre a “censura” ao Paris Match, escrevi um artigo em 3/1/2006, que segue abaixo.
Leia a matéria no Observatório da Imprensa
Creio que todos, quando por algum motivo não podem votar numa eleição, pensam em quem votariam. Por exemplo, eu não podia votar no Brasil pelo fato de ser estrangeiro, mas teria votado em Collor, Fernando Henrique, Serra e Alckmin, portanto em 6 eleições eu teria acertado apensa duas com um só candidato, isso porque mesmo vencendo a votação Collor, foi uma derrota para ele e mais ainda, para os que o elegeram.
Na União Européia, as eleições mais importantes são 4: as da França, Alemanha, Inglaterra e Itália, portanto acompanhei bem de perto as francesas que aconteceram esse domingo. Nessa houve algo de interessante: eu não votaria em algum dos dois que foram para o segundo turno, a “gauche” Ségolène Royal e o conservador Nicolas Sarkozy. A Primeira representa tudo de retrógrado, superado e mofado do esquerdismo tradicional, seu discurso além da demagogia barata, tem a tentativa de parecer politicamente correta e das utopias cansativas. Ela defendeu a idéia da democratização participativa, isto é, de ouvir o país e as propostas da base. Não apresentou um verdadeiro programa, mas aquele do partido socialista, que procurou esconder, dessa forma somente conseguiu reagir às iniciativas de seu opositor. Só apresentou uma diferença das esquerdopatas dos anos 1960, é uma bonita e simpática mulher.
Nicolas Sarkozy teria tudo para ser meu candidato. Filho de um húngaro que fugiu do comunismo implantado em seu país depois da guerra. Nasceu em Paris, formou-se em direito e ciências políticas. Entrou na política aos 19 anos, foi deputado várias legislaturas, prefeito e ministro. Mas alguma coisa em sua vida pública pegou. Nicolas é casado (ambos em segundas núpcias) com Cécilia, mas em agosto de 2005 ela o largou por outro voltando alguns meses depois. Mas esse é um problema deles, que passou a ser do leitor por um motivo muito sério. A revista Paris Match, publicou uma reportagem sobre o fato, tendo na capa a fotografia de sra. Sarlozy com o pivot do caso, Richard Attias.
Nicolas, que aceitou bem a ida e vinda da mulher, não aceitou a notícia jornalística e não resistiu em usar seu poder intimidador: mandou vir a seu gabinete o diretor da revista, Alain Genestar, e o obrigou ao pacto nos seguintes termos: mais discrição sobre a vida privada do aspirante à presidência da República; mais atenção às suas razões e aos seus interesses; mas respeito pela grande amizade dele com o dono da revista Arnaud Lagardère e, em troca, seria mantido em seu emprego, e assim foi feito. Essa forma baixa e vil de censura, é inadmissível em qualquer país que se diga democrático e tenha eleições livres.
Parece que Cecília em abril deu outro sumiço e sua aparição nos festejos da eleição do marido foram puramente burocráticos. Mas como disse: o problema é deles e cada país tem o governante que merece, o Brasil um incompetente de honestidade duvidosa, a Itália um desastrado com cara de sacristão, o da Espanha tem por apelido Bambi e o da Fraca é... bem, deixa isso pra lá.
Sobre a “censura” ao Paris Match, escrevi um artigo em 3/1/2006, que segue abaixo.
Leia a matéria no Observatório da Imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário