18 de mai. de 2007

Respondendo I


O leitor Abreu faz o seguinte comentário sobre o artigo (Os Ladrões são Tantos que estão Saindo pelo Ladrão (17/5 – clique Leia mais).
“Você está confundindo as coisas.
O tal advogado pode até merecer punição por parte da OAB - só quepor outras razões, que Você poderia indicar, mas não pelo fato de defender um cliente (mesmo o pior criminoso).
Há advogados admiráveis que selecionam sua clientela e nem mesmo assim escapam de atender ao joio, de quando em vez.
Há outros, no entanto, que só se dão bem atendendo ao que pior exista. Mesmo assim, e a menos que se prove que participem/se beneficiem dos crimes dos clientes, não serão punidos apenas por defendê-los”.
Caro Abreu, não digo em momento algum que qualquer acusado não tenha o direito básico de ser defendido, a lei ainda dá ao advogado de defesa a prerrogativa de mentir em defesa de seu cliente.
Todavia o advogado ao declarar que não vê crime de corrupção no diálogo, quando um interessado oferece a outro dinheiro para interferi em seu favor numa causa pública, mostra o que ou o advogado não saiba o que é corrupção, o que seu conceito de moral e ética são totalmente incompatíveis com a profissão que exerce.
Agradeço sua observação, meus cumprimentos
Os Ladrões s 198o tantos que Estão Saindo pelo Ladrão
No início de abril, um policial da segurança pessoal do governador Sergio Cabral (RJ), Guaracy Oliveira da Costa, foi fuzilado durante um assalto, vindo a morrer quando recebia socorros no Hospital Salgado Filho.
No último dia 2, o carro usado na escolta do prefeito Cesar Maia – o Santana de cor prata, placa LCD 3810 – foi roubado na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Dentro do veículo, havia um fuzil AR-15 e cinco carregadores (dois com munição 5.56 e três de pistola calibre 40). O carro estava sob responsabilidade de dois sargentos da Polícia Militar e um guarda municipal , que fazem a segurança do prefeito.
Agora descobre-se o quanto apodrecida se encontra a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, entende-se o porque da cada vez maior ousadia com que age o crime organizado, entende-se porque o cidadão tem mais medo da polícia que dos bandidos. A força policial quando escapa de incompetência cai na corrupção.
O governador do estado Sérgio Cabral filho viu-se obrigado a exonerar o Sub-coordenador Adjunto Militar, coronel Cláudio Rosa da Fonseca, que tem seu gabinete do Palácio Guanabara (foto), sede do governo.
A motivo que o levou a perda cargo veio Polícia Federal na seqüência da Operação Furacão, quando investigava o juiz Ernesto Dória, vendedor de sentenças a favor dos donos de bingos e, captou a seguinte conversa telefônica entre Cláudio e Ernesto:
“- É uma indenização (R$ 300 mil) que minha mulher ganhou em primeira, segunda e terceira instância (...) do Metrô. E eu não deixei tirar carta precatória porque eu falei com o Sérgio e o Sérgio disse assim: 'Ernesto, eu tô assumindo o governo, não deixa tirar a carta precatória'. Eu não deixei tirar a carta precatória - disse ao coronel.
- Eu dou 25% pra você, que é meu irmão e meu amigo - continuou o juiz. Fonseca marcou um encontro com Dória para combinar a transação, sem o mínimo pejo, no Palácio sede do governo
O advogado de Ernesto Dória, Cléber Lopes de Oliveira, disse que não vê crime de corrupção no diálogo.
- Absolutamente ele não corrompeu nem foi corrompido. Eu não vejo, a priori, prática de nenhuma infração penal.
Não é somente necessário, que Cláudio perca seu cargo, que o juiz seja preso, faz-se necessário que a Ordem dos Advogados do Brasil tome alguma providência sobre a amoralidade desse advogado Cleber de Oliveira

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