18 de jun. de 2007

Diga-me com quem andas

Ralph J. Hofmann

No caso do Brasil, mais sério do que o conceito da mulher de César é o conceito de “Diga-me com quem andas e eu direi quem és".
No que me diz respeito, em César sendo o Lula, a Dona Marisa, exceto como arroubos tais como plantar uma estrela do PT nos jardins é inatacável, ao menos publicamente. Não se têm notícias de que tenha sido a incentivadora de qualquer mal feito ao país. Até o eventual fato de favorecer a reputação deste ou aquele modista é de somenos importância, desde que este apenas use isto para se promover profissionalmente, e não tente fazer lobismo às custas do erário nacional.
Contudo Lula se condena cada vez que faz ouvidos moucos às estripulias de seus amigos e correligionários. Desde o primeiro incidente de corrupção apontado no país, Lula deveria ter sido radical. Deveria ter afastado seus companheiros no momento que evidências indicassem o tráfego de influência. Não interessa saber se o inquérito já chegou ao fim. Os cargos de confiança são investidos sobre certas pessoas por beneplácito do Presidente. Muitos deles são ocupados apenas por razões políticas. Seu preenchimento deveria, num mundo mais justo, ter ocorrido por motivos técnicos e não por motivos políticos.
Obviamente o Presidente não pode afastar um senador ou um Juiz da Suprema Corte. Mas poderia ser radicalmente intolerante com qualquer desvio de conduta de elementos ocupantes de cargos de confiança.
Ocupante do cargo de presidente pela segunda vez, Lula deveria ter a hombridade de finalmente descobrir para que alguém é eleito presidente. Para cuidar do bem estar do país, não para participar de blocos de opinião mundial, ou para gerar capital político para que seu partido permaneça 20 anos no poder.
Ministros que titubeiam ou fazem pouco das desgraças alheias são outro exemplo. No caso do apagão aéreo temos dois exemplos. O Ministro da Defesa justifica o ar brasileiro que respira? A Ministra do Turismo deveria ser ministra? Era tão impensável que a Sr. Marta ficasse alguns anos em casa como cidadã privada. Churchill amargou longos anos como cidadão fora de qualquer cargo no governo, salvo de Membro do Parlamento.
De fato era um ungido, mas foram necessários dez anos para que surgisse um momento de provação nacional em que sua presença nos gabinetes do poder fosse imprescindível. Quantos dos ministros de Lula são pessoas que se chamaria para o governo num momento de vida ou morte do país? Quantos dos ocupantes de cargos de confiança conseguiriam cargos de responsabilidade se lhes fosse exigida competência?
Para que trazer um Frankenstein de Harvard? Será que o Frankenstein realmente é um “Grande Professor de Harvard”? Será que não é um mero “Professor de Harvard” que publica muito e consegue nos convencer que é o “Rei da Cocada Preta”. Para que o DNIT precisa de um político contra quem podem nem mesmo constar acusações claras de improbidade, mas que claramente é o executor de políticas de um grande grupo econômico que freqüentemente navega em águas turvas.
Essa capacidade do Sr. Lula de alimentar-se num cocho recendente a peixe podre dinamarquês indica que o mesmo não pode de forma alguma estar, como dá a entender, acima dos eventos que deslustram este país. Pelas companhias que freqüenta claramente faz parte do problema.
Portanto qualquer concitação sua quanto a falar bem ou mal do país, quanto a uma imprensa negativa é de mau tom, considerando que a imprensa sempre tem procurado maneiras de divulgar aquelas coisas que o apresentam numa luz favorável, e que lhe deu um crédito de confiança anos antes de sua primeira eleição e por alguns anos após sua eleição.
Acontece que Lula esgotou seu crédito de confiança. No seu quinto ano de governo ainda está fingindo que nada sabe, nada vê nada ouve, e concita o povo a nada ver, nada saber e nada ouvir.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Brasil está em mãos criminosas!
http://brasilacimadetudo.lpchat.com/

O escritório secreto do "Insólito Homem" vendedor da Honra da República do Brasil
18 de junho de 2007

Heliponto privativo do edifício muito
sobrevoado pelas aeronaves das
TVs e freqüentado por transportado-
res de malotes especiais.
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro