21 de jun. de 2007

A janela é culpada pela paisagem!

Começou uma onda no Brasil de se inverter as coisas. Coisas do tipo: O erro não foi Renan ter gasto dinheiro de origem desconhecida, mas não ter usado camisinha. Ou seja, o errado é ser descoberto e não cometer o ilícito.
Essa onda parece ter chegado ao Ministério Público, infelizmente.

O caso
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra os produtores rurais Helmute Laswich, Fausto Amélio Pivetta, Luiz Alberto Jacobssem e Pedro Roberto Tissiane. Eles são acusados formalmente pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar de participar de fraude para recebimento de financiamento junto ao Banco do Brasil no escândalo que ficou conhecido como "Caso Cooperlucas". O escândalo da Cooperativa Agropecuária Lucas do Rio Verde LTDA aponta desvio de aproximadamente R$ 200 milhões através de fraudes em financiamentos do BB. Foi descoberto através de um inquérito da Polícia Federal realizado entre os anos de 199 e 2001.

A inversão
O oferecimento da denúncia foi publicado por dois jornalistas em Cuiabá no dia 25 de maio de 2007, assim que a denúncia foi oferecida.
Foi aí que a coisa se inverteu.
O advogado de uma das partes entrou com uma representação contra o procurador da República Mário Lúcio Avelar alegando que ele não respeitou o sigilo. O procurador-chefe da Procuradoria da República em Mato Grosso, Gustavo Nogami, resolveu notificar dois jornalistas de Cuiabá para que expliquem como teriam conseguido a informação, já que o procurador da República Mário Lúcio Avelar disse que não passou nenhuma informação.

Resultado
O fato de a notícia ter sido publicada se tornou mais importante que o desvio de R$ 200 milhões.
Este é o Brasil da inversão! Da era Renan! Da era Lula!

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