16 de jun. de 2007

los derechos no se negocian ni se mendigan sino que se exigen

Enquanto uns universitários panacas daqui se rebelam e seguem a turma do PT, PC do B, PSOL, PSTU e PCO, fãs de Hugo Chaves, estudantes da Venezuela se rebelam contra o ditador do seu país.
Leiam abaixo a tradução da matéria que saiu no jornal Venezuelano.



Universitários realizam Assembléia Geral de Estudantes
Caracas

Jovens universitários de várias partes do país levaram a cabo hoje uma Assembléia Nacional de Estudantes na Universidade Central da Venezuela (UCV), com o propósito de lutar pelo respeito aos direitos civis, pela liberdade de expressão, pela autonomia universitária e contra a repressão, indicaram os estudantes organizadores do encontro.


Jesus Armas, representante do Centro de Estudantes de Engenharia da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), indicou que “durante estas suas semanas temos visto uma explosão do movimento estudantil em nível nacional e hoje, pela primeira vez, reunimos dirigentes estudantis de todas as Universidades autônomas do país, como a Universidade de Los Andes, a UCAB, a UCV e a UDO, para discutir uma agenda nacional de estudantes universitários da Venezuela”.
O líder universitário expressou “até agora estamos montando a agenda em consenso, e o único ao qual chegamos nesta assembléia é que não se negociam nem se mendigam, mas se exigem, por isso estamos aqui pondo-nos em acordo para criar nossa agenda e iniciar um debate entre nós para depois levarmos ao país”.
Sobre os possíveis resultados que se puderam obter no evento universitário Armas expressaram “esperamos que daqui saiam ao menos as linhas gerais e os pontos mais importantes do que será o rumo que tomará o movimento estudantil a partir de hoje”.
Ao ser consultado sobre a diversidade das correntes presentes no encontro, o jovem ucabista assegurou “nesta reunião de hoje existem dirigentes estudantis nacionais, temos pessoas de toda inclinação e pensamento político reunidos por um só ideal, o da liberdade (...) vemos esta assembléia como um debate fundamental, porque na pluralidade de pensamento se baseia a democracia e todos os que estamos reunidos aqui somos estudantes democratas e queremos um país melhor”.
Assim mesmo, destacou “eu creio que ampliarão o tema dos protestos, entretanto, jamais perderemos o norte da liberdade de expressão e em especial da Radio Caracas Televisión, porque é o canal que foi a bandeira de luta pelas liberdades na Venezuela e, além disso, não podemos nos esquecer de Nixon Moreno, que é uma bandeira para os estudantes de todo o país”.
Em relação às agressões que foram objeto os representantes Stalin Gonzáles, presidente da Federação dos Centros Universitários (FCU), da UCV e Yon Goicoechea, membro do Centro de Estudantes da UCAB, na manifestação realizada ontem, Armas informou “neste momento Stalin está junto a outros dirigentes universitários denunciando todos os maltratos que receberam ontem durante nosso protesto pacífico”.
De outra parte, Freddy Guevara, presidente do Centro de Estudantes da Escola de comunicação Social da UCAB, rechaçou que estavam impedidos de chegar até a Praça Caracas, quando haviam solicitado a permissão com a antecedência que estabele as leis.
Considerou que os estudantes foram “enganados pelo prefeito Freddy Bernal” porque de maneira “unilateral” decidiu que a marcha chegaria só ao parque Carabobo.
As Lutas nas ruas prosseguirão
Outro dos dirigentes estudantis presentes no ato, Alfredo Contreras, dirigente studantil da Universidad de Los Andes (ULA) acrescentou que todos os universitários concordam em manter a luta nas ruas pela democracia., pelas liberdades e pelos direitos civis.
Anunciou que os estudantes concordaram em enfatizar em prosseguir na defesa dos direitos sociais dos quais não gozam muitos venezuelanos.
“Há uma quanitdade de situações sobre o aspecto social onde estão sendo excluídos os venezuelanos que não usam o uniforme de cor vermelha”, condenou Contreras.
Ressaltou que os universitários continuarão debatendo e desejam exortar o presidente para ir debater.
“Queremos o debate com o senhor presidente da república, mas não se coloque o uniforme militar porque queremos dizer que as universidades e que a Venezuela não é um quartel. Vamos seguir com o debate das idéias, com o debate da razão e com o pluralismo do pensamento“, enfatizou.
O representante do ULA condenou as aparições públicas do chefe de estado com uniforme militar, por considerar que têm uma intenção intimidatória. “Não nos intimida senhor presidente, nós estaremos na rua sempre que for necessário, pensando, dizendo e propondo uma agenda para o país”, disse.
Contreras anunciou que para o 27 de junho está previsto um o dia do protesto nacional em apoio e desagravo aos jornalistas venezuelanos. Indicou que contemplará mobilizações em todo o território nacional.

Yolimer Obelmejías Valdez
Karina Arteaga Cifra
eluniversal.com

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