29 de jun. de 2007

Virou Bagunça!

Por Fabiana Sanmartini
Declaração dada por uma moradora do Complexo do Alemão: “Medo não estou com pavor, acho que estou no Iraque”. Em contra partida as autoridades dizem que o cerco vai continuar que a polícia não pode retroceder. Não pode por quê? A resposta vem rápida... Os bandidos vão achar que ganharam! E estão ganhando, como já falei tantas vezes. Será que já não é suficiente? São oito escolas fechadas, uma creche, em torno de cinco mil crianças sem aula, serviços de saúde parados. E ainda querem estender a operação para outras comunidades! É melhor o secretário de segurança pensar bem! Nas imediações da Rocinha fica na zona sul, e eles vão ter que explicar para os moradores do Rio fantasiado de lugar bom e seguro, porque de tantos mortos.

Vão fechar as escolas particulares e o shopping freqüentado pelos privilegiados? Com que cara vão a TV dizer que só foi morto bandido quando as balas perdidas invadirem os prédios de classe média alta?
De acordo com o Professor Paulo Roberto de Oliveira do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro, as crianças vão precisar de algo mais que reposição de aulas, vão precisar é de acompanhamento psicológico ou mesmo de psiquiatrico. Para os pais, o ano letivo está perdido. E então como formar cidadãos, se estes só se formam com educação e instrução. É bem verdade que no Brasil isso é irrelevante afinal somos governados por um homem que declarou orgulhosamente que o diploma de presidente era seu primeiro diploma!
Não para aqui. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) recebeu inúmeras denúncias sobre abusos policias entre elas roubos, conforme O Dia on-line. Das 19 pessoas sabidamente mortas, diz à polícia que todos tinham envolvimento com o tráfico. Esquece esta mesma polícia de nos contar quem eram os seis mortos deixados na porta da de uma delegacia da Penha ontem à noite. Destes seis, três eram menores e um deficiente físico que, alega a polícia estava armado. Fico pensando como, já que a deficiência era nos braços!
A Anistia Internacional declarou claramente, o que já sabíamos, a operação foi caótica e desorganizada. É preciso um policiamento permanente, uma manutenção da ordem.
Foi averiguado pelo deputado Marcelo Freixo (P-SOL) que na Grota, favela que faz parte do Complexo do Alemão, não havia policiais. Então deixa a população entender... A ação desastrosa, desorganizada, lamentável, sangrenta foi só nas entradas? A Polícia não quer entrar na comunidade? Então é só para parecer que se faz alguma coisa? É Governador, está complicado! De qualquer forma Sérgio Cabral Filho acompanha as notícias do exterior onde foi esfriar a cabeça. Entre Portugal e Espanha, longe dos tiros e da baderna que virou o Estado que foi eleito para governar. Lugar de governador com o Estado em guerra, é no seu posto! Ou isto aqui virou a “Casa da Mãe Joana”?

7 comentários:

Anônimo disse...

Caro Giulio Sanmartini,
Permita tratá-lo assim, pois sou leitor assíduo do blog e admiro suas sempre pertinentes considerações sobre o cotidiano desse nosso sofrido país.
Contudo, creio que Fabiana Sanmartini esta enveredando por um caminho tendencioso. Por que sempre que a polícia toma uma atitude, enfrentando o tráfico na favela, sempre é a polícia que está errada. Tudo bem que as balas perdidas podem ser da polícia, que inocentes morram, mas sempre é a polícia que mata? Traficante não dispara bala perdida? Traficante não poderia matar inocentes para culpara a polícia? Sempre há um representante da OAB, dos direitos humanos para culpar policiais, nunca aqueles que incendeiam ônibus, que disparam tiros na nuca de casais na presença do filho de 7 anos de idade. Onde andará Hélio Bicudo nesses momentos, com seu gordo salário de promotor aposentado?
Quero a prisão e o castigo mais grave para aqueles crápulas, escórias humnas que agrediram covardemente a jovem trabalhadora na Barra da Tijuca, um ato covarde de filhinhos de papai.
A lei existe para todos, ricos ou pobres. Assim como há pessoas honestas nas favelas, também as haverá na classe média, nos bairros ricos. O contrário também é verdadeiro, bandidos há entre pobres e ricos. Que se aplique a lei segundo o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei.
A matéria parece tendenciosa. De onde os representantes do PSOL e da OAB tiraram tanta certeza do erro dos policiais? E a imprensa? Será que os moradores que deram seus depoimentos não poderiam estar mancomunados com os traficantes ou com medo deles?
Caro Giulio, não tenha a sua Luciana Genro, por favor.
Que o Blog continue a crítica contundente, mas sempre pautado pela isenção nas opiniões.
Atenciosamente

Anônimo disse...

Concordo plenamente. O artigo é tendencioso e repete a mesma ladainha que é dita sempre que a polícia enfrenta o tráfico. Se a escritora pretende fazer uma análise das operações desenvolvidas pela polícia, com severas crítidas a essa instituição, deveria buscar informações na fonte e não repetir o que já é repetido exaustivamente por outros veículos de mídia, sob pena de permear o próprio artigo com clichês batidos. Fica fácil criticar a ação policial, já que não é dada qualquer chance de defesar a seus envolvidos, que, no caso, são os policiais que entram na favela sob fogo cerrado de fuzis, metralhadoras e sabe-se lá o que mais e que acabam sempre sendo acusados de todos os tipos de abusos. É fácil dizer que a OAB recebeu denúncias... denúncias de quem? Da população, dos bandidos? Não poderiam ser traficantes, diretamente ou utilizando-se de pessoas da Comunidade a fim de desmoralizar e desestabilizar o trabalho da polícia? Concordo que qualquer trabalho que combata a criminalidade precisa de outras ações além das policiais. Agora, tecer críticas severas à operação desenvolvida junto ao Morro do Alemão sem pesquisa na fonte e valendo-se de clichês faz do artigo em comento, ruim de se ler.

Anônimo disse...

Giulio!!!

Sou leitora assídua do blog.Pela primeira vez discordo de um post.
Gostaria de saber de Juliana já que enfrentar,diga-se que isso é feito pela primera vez,com coragem
o foco dos marginais está errado.
Pergunto à ela: qual é solução que vc daria?!?!?

Na minha opinião não existe outra forma.É enfrentar ou enfrentar.

Caso contrário ...

Anônimo disse...

Vamos falar a verdade: os cidadãos dos RJ - não só das favelas mas de outros bairros, classe média, baixa ou alta - já perderam seus direitos de ir e vir há muito tempo. Traficantes atiram em moradores para culpar a polícia e a polícia atira em moradores, as duas coisas acontecem. Mas é ilusão e demagogia aparecer para defender direitos humanos de bandidos. O remédio é amargo sim e não há outro jeito. Duvido que os moradores das favelas não estejam cansados de tudo isso e, se pudessem optar, acabariam com o tráfego hoje mesmo. Nós queremos sossego, não importando se moramos no morro ou não. Quem mora na Tijuca, como eu, já recolheu bala em sua varanda e não sou de classe alta não, nem de classe média alta. Não achei a ação desastrada, tem mais é que colocar 1000, 2000, 3000 soldados, o que for, para desocupar o morro de bandidos e acabar com os depósitos de munição. Chega de pactos com bandidos, lugar deles é na cadeia ou no IML.

Anônimo disse...

Prezado Sr. Giulio Sanmartini.
Vão aqui algumas sugetões para terminar com essa guerra sangrenta onde a polícia sempre erra o alvo.
1. Pedir aos traficantes que se mudem do país.
2. Que troquem as drogas por passoquinha e pipoca.
3. Que usem a roupa do Batman com o desenho de um alvo no peito para que a pontaria da polícia seja mais precisa.
4. Que troquem suas armas pelo valor estipulado pela justiça. Penso que as delegacias estarão prontas para recebê-las e pagá-las cash.
5. Formar uma grande escola de samba com verba do município e do estado para atrair turistas durante o ano todo. Apresentação diária especial para estrangeiros.
6. Participar dos teatros populares tendo como tema a ética política nos dias de hoje.
7. Mudarem-se para a Venezuela se incorporando às milícias populares daquele país.
8. Entregarem-se espontaneamente à polícia prometendo não usar celulares nos condomínios fechados das prisões escolas cariocas.
9. Pedir asilo permanente para o pessoal dos Direitos Humanos. Se possível morando em suas casas.
Penso estar colaborando para evitar que possa ocorrer qualquer acidente no trato com o companheiro traficante. Assim, tão somente teremos balas achadas, aquelas que somente acertam nos culpados, caso seja necessário se socorrer da força pública, essa estranha entidade que foi criada pelo estado para exercer o que demanda a Constituição do país.

benesatur disse...

Se discorda, ensina um método melhor, possivelmente não estão sabendo usar a melhor forma, ou será melhor como era antes,"deixa estar para ver como que fica".
Sinceramente,até agora só li críticas, mas ninguém aponta a formula infalível e milagrosa.
Eu também não gosto do desconforto total dos moradores, crianças e velhos, mas também não sei dizer como isso pode ser evitado.
A coisa é tão difícil, que os bandidos se consideram melhor armados que a polícia, tanto que ao ver qualquer um fardado mandam bala,não dão dão tempo para nada.
Solução de longo prazo, como educação,assistência social, não funcionam para animais.

Anônimo disse...

Detalhe:"solução a longo prazo,como educação,assistência social" só depois que a polícia limpar o complexo do alemão,aí sim o estado pode se fazer presente.
Se Fabiana tem uma fórmula melhor
que por favor diga.
Jogar pedra é muito fácil e politicamente correto.
Por favor apresente uma solução,
vc deve ter,não???
Me desculpe se estou sendo grosseira,mas não aguento mais os
politicamentes corretos,isso
é coisa de petralha.Para não ler
as bobagens que elles escrevem é que não frequento o blog delles.
Para mim está sendo uma tristeza ver o P&P aceitando pessoas com esse tipo de posicionamento que tanto está atrasando o Brasil.
Que pena!