24 de jul. de 2007

Conivência não!

Por Fabiana Sanmartini

Segunda feira o Rio protestou contra a maioridade. penal. O cenário foi Candelária, no dia do aniversário da chacina que ocorreu há Aniversário é 14 anos. estranho para um acontecimento tão dantesco. Enfim... Vale lembrar que dos oito polícias identificados apenas três estão cumprindo pena, ou seja, a impunidade continua no Rio de Janeiro..
Este assunto sempre gera polêmica... Mas, não é para isso que estamos aqui? Para fazer pensar, tentar por a mostra o que muita das vezes é coberta com o véu cor de rosa de “bondade”, ou pelo menos levantar novas possibilidades. Então vamos lá, a maioridade civil, caiu para 16 anos, o que dá direito a eleger os governantes do país. Ok, para isso são adultos. Quando a moeda troca de face, e o menor em jogo arrasta por quilômetros uma criança indefesa, presa ao cinto de segurança, fora do carro, e ainda depõe dizendo que o menino João Hélio era seu “boneco de Judas”, aí são menores legalmente. É isso que protege assassinos bárbaros. Estimula espancadores covardes que já faz tempo são maiores! Não faz realmente diferença a idade, foi barbárie! Isso falando apenas destes “acidentes” uma vez que tiveram relevância. Está se criando uma indústria de menores bandidos, pais bandidos iniciando seus filhos na profissão, assim como pais médicos, engenheiros e assim por diante.
Esta semana em Maricá foi desfeita uma quadrilha familiar, é assim mesmo, o pai que agenciava os um filhos menores para roubos a casas e vans. Este assunto precisa ser visto por outro ângulo, qualquer.
É verdade que as cadeias no Brasil são universidades formando bandidos piores do que entraram. As superlotações e a penas cumpridas de forma atabalhoada, juntam ladrões de galinha, estupradores, assassinos... Ficam de fora só os que nos roubam de forma oficial, mas ai já é outro assunto. Os centros de reabilitação para menores também fazem escola, juntam todas as infrações em um só saco, amarra-se e deixa-se fermentar. Pouco tempo depois... Rebeliões como as noticiadas. Qual a diferença de tratamento dado aos menores ou maiores rebelados? A julgar pelo que nos é permitido saber, nenhuma!
É verdade, eu não tenho a solução, para achá-la temos os especialistas, o que não nos obriga de forma alguma a aceitar qualquer coisa como verdade absoluta. Quando estamos doentes, procuramos um médico, se achamos que o diagnóstico podia ser outro, consultamos outro e ainda um terceiro se for necessário. O Rio está doente, ou melhor, o País está doente, os especialistas consultados até agora nos dão diagnósticos e tratamentos que são um acinte a nossa inteligência. É preciso fazer alguma coisa com urgência, ou corremos o risco de sermos sócios de uma nova indústria como tantas já criadas, a da seca, a do “analfabetismo” e tantas mais das quais as maiores vitimas somos, a população, sem sombra de dúvidas. Enquanto enterramos nossos mortos somos obrigados a conviver com o alto escalão do governo nos mandando relaxar e gozar, quando não verbalmente através de cenas dignas de botequim cospe grosso. Não podemos deixar que cenas assim tornem-se cotidianas. REAGE!

(*) Fotos: um dos assassino de João Helio. Os pais do menino

2 comentários:

Anônimo disse...

Apreciei o fazer pensar, pois educar é ensinar a pensar. Após o acordo MEC-USAID na época de João Goulart, convivemos com as gerações cruzinhas, mamãe mandou assinalar esta aqui.O ensino universitário presencial já é uma lástima, imagine o à distância.Enquanto persistir o curral eleitoral oficial(bolsa esmola) esta corja permanecerá desmandando, com total apoio do partido financeiro, a maioria dos dirigentes mora na Europa, sinal de elegância e savor faire.

Anônimo disse...

Desculpe-me Francisco.
Na Inglaterra e outros paises da Europa o ensino à distância é praticado com ótimos resultados há bastante tempo.
Tudo é uma questão de gerenciamento, fiscalização, seriedade, não do método em si.
recentemente soubre de um curso de matemática à distância que aprovou somente sete candidatos. A maioria foi reprovada, diferentemente das faculdades presenciais,que aprovam por carregação.
Não se esqueça que o aluno de um curso à distância é obrigado a fazer aulas presenciais e provas finais presenciais para obter aprovação.
"Não opines sobre o que não conheces bem. A vara mergulhada na água parece tornar-se oblíqua. Basta retirá-la para ver que a realidade era apenas ilusão" (José Régio, grande poeta português)
Aquele abraço.