O presidente Lula bem que tentou não dar posse ao anunciado ministro Mangabeira Unger, na folclórica Secretaria de Ações a Longo Prazo – “Sealopra”. Fez o convite atendendo a pressões do vice-presidente José Alencar e sua trupe partidária, mas se arrependeu amargamente. Postergou o quanto pôde a entrada daquele que deveria chefiar os “aloprados” nos caminhos do desgoverno. Aproveitou o tiroteio cerrado do episódio “Renangate” e em uma cerimônia simples e fora do foco da grande imprensa, realizou finalmente a posse.
O cenário, no Palácio do Planalto, era um misto de constrangimento e encenação de hipocrisia: um verdadeiro mico. Mas, ainda assim o empossado foi saudado “euforicamente” pelo governo, mesmo que sua chegada signifique acrescentar nada a coisa nenhuma, pois é exatamente para este fim que se presta a sua secretaria com pompa de ministério.
Ninguém presente à cerimônia poderia esquecer que o mesmo que estava sendo empossado pelo presidente Lula afirmara em 15 de novembro de 2005, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo: “Afirmo que o governo Lula é o mais CORRUPTO da história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de votos de congressistas, à politização da Policia Federal e das Agências Reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do estado capaz de se contrapor a seus desmandos”.
O corrupto vira magnânimo
Foi o próprio professor de Harvard, agora ministro Mangabeira Unger, que contrariando toda a sua trajetória de vida e pregação democrática e ética, constrangeu a platéia e o Brasil quando afirmou: “Ao convocar-me para esta tarefa, o senhor demonstrou magnanimidade. Critiquei com veemência e combati com ardor o seu primeiro governo”. Deveria ter explicado também o que mudou no governo ou no jeito Lula de governar. Absolutamente nada, apenas um convite não lhe foi feito anteriormente. Repentinamente na concepção do esquisito professor, Lula e o seu governo passaram de corruptos e magnânimos. Fez por merecer a convocação para fortalecer o time dos governistas. Em seu discurso fez elogios rasgados ao padrinho que lhe deu o emprego, o vice-presidente Alencar e tratou de apagar de sua memória todas as gravíssimas acusações feitas por longo tempo. Ressaltou que a magnanimidade de Lula tinha duas raízes: “a grandeza interior e a preocupação com o futuro”. Naturalmente a primeira referência, por ter sido chamado de corrupto e perdoado seu acusador e a segunda por nomeá-lo para um cargo que vai cuidar do “futuro”.
Um presidente sem cultura e preguiçoso
Vejamos um pouco do pensamento de Mangabeira Unger sobre o seu “magnânimo” chefe:
“Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugindo de tudo que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostra-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou”.
“O centro da podridão nesse governo da mala preta repousa sobre duas pernas ocultas. Uma perna é a troca de favores entre o núcleo do poder e os maiores empresários e banqueiros do país. Sistematizou-se prática que antes vigia de forma desorganizada: a intervenção do governo em disputas entre interesses privados em troca de dinheiro para o partido governante. A outra perna são os fundos de pensão, administrados por operadores do aparelho partidário-sindical e usados como instrumentos de arrecadação partidária.
A corrupção é sistêmica no governo Lula
A idéia de que essa corrupção seja mais aceitável por estar a serviço de projeto de poder, não de enriquecimento pessoal, é idiota, tanto jurídica quanto politicamente. É muito pior a corrupção impessoal e sistêmica: esvazia as instituições republicanas”.
Eis ai o titular da nova Secretaria de Ações a Longo Prazo, “Sealopra”, de corpo inteiro. Quem mudou...Mangabeira Unger ou o governo Lula? Só o tempo nos dirá e tenho a impressão que será em curto prazo. Este espetáculo tem tudo para não dar certo.
O cenário, no Palácio do Planalto, era um misto de constrangimento e encenação de hipocrisia: um verdadeiro mico. Mas, ainda assim o empossado foi saudado “euforicamente” pelo governo, mesmo que sua chegada signifique acrescentar nada a coisa nenhuma, pois é exatamente para este fim que se presta a sua secretaria com pompa de ministério.
Ninguém presente à cerimônia poderia esquecer que o mesmo que estava sendo empossado pelo presidente Lula afirmara em 15 de novembro de 2005, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo: “Afirmo que o governo Lula é o mais CORRUPTO da história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de votos de congressistas, à politização da Policia Federal e das Agências Reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do estado capaz de se contrapor a seus desmandos”.
O corrupto vira magnânimo
Foi o próprio professor de Harvard, agora ministro Mangabeira Unger, que contrariando toda a sua trajetória de vida e pregação democrática e ética, constrangeu a platéia e o Brasil quando afirmou: “Ao convocar-me para esta tarefa, o senhor demonstrou magnanimidade. Critiquei com veemência e combati com ardor o seu primeiro governo”. Deveria ter explicado também o que mudou no governo ou no jeito Lula de governar. Absolutamente nada, apenas um convite não lhe foi feito anteriormente. Repentinamente na concepção do esquisito professor, Lula e o seu governo passaram de corruptos e magnânimos. Fez por merecer a convocação para fortalecer o time dos governistas. Em seu discurso fez elogios rasgados ao padrinho que lhe deu o emprego, o vice-presidente Alencar e tratou de apagar de sua memória todas as gravíssimas acusações feitas por longo tempo. Ressaltou que a magnanimidade de Lula tinha duas raízes: “a grandeza interior e a preocupação com o futuro”. Naturalmente a primeira referência, por ter sido chamado de corrupto e perdoado seu acusador e a segunda por nomeá-lo para um cargo que vai cuidar do “futuro”.
Um presidente sem cultura e preguiçoso
Vejamos um pouco do pensamento de Mangabeira Unger sobre o seu “magnânimo” chefe:
“Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugindo de tudo que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostra-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou”.
“O centro da podridão nesse governo da mala preta repousa sobre duas pernas ocultas. Uma perna é a troca de favores entre o núcleo do poder e os maiores empresários e banqueiros do país. Sistematizou-se prática que antes vigia de forma desorganizada: a intervenção do governo em disputas entre interesses privados em troca de dinheiro para o partido governante. A outra perna são os fundos de pensão, administrados por operadores do aparelho partidário-sindical e usados como instrumentos de arrecadação partidária.
A corrupção é sistêmica no governo Lula
A idéia de que essa corrupção seja mais aceitável por estar a serviço de projeto de poder, não de enriquecimento pessoal, é idiota, tanto jurídica quanto politicamente. É muito pior a corrupção impessoal e sistêmica: esvazia as instituições republicanas”.
Eis ai o titular da nova Secretaria de Ações a Longo Prazo, “Sealopra”, de corpo inteiro. Quem mudou...Mangabeira Unger ou o governo Lula? Só o tempo nos dirá e tenho a impressão que será em curto prazo. Este espetáculo tem tudo para não dar certo.
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