Outro dia escrevendo sobre o novo ministro da Defesa, me vali de um ditado mafioso que diz: “Mandar é melhor que fazer amor”.
Constato que não me enganei ao ler Carlos Chagas quando se refere aos privilégios que Nelson Jobim com desenvoltura, valendo-se da situação de “mandar”
"VIAJOU SEM DESCONFORTO...
Em seu primeiro deslocamento para fora de Brasília, sexta-feira, o ministro Nelson Jobim não precisou enfrentar filas, muito menos ficar horas seguidas em salas sem refrigeração. Nem sequer aguardou tempo indeterminado no interior de uma aeronave, à espera de ordens da torre de controle para decolar. Cinco minutos depois de chegar à base aérea da capital federal já estava no ar o jato especial da FAB que o transportaria a São Paulo.
O fosso que separa a população dos governantes continua o mesmo. Imenso, pois privilegia ministros, altos funcionários e o presidente. Eles podem cuidar da segurança aérea sem passar pelo desconforto enfrentado pelos cidadãos que pagam impostos. Conseguirão até mesmo relaxar e gozar, quando não comemoram a prosperidade econômica causadora do caos nos aeroportos.
Não é nada, mas é tudo. Nenhum sacrifício pessoal para o maestro que manda na orquestra. Nem terá passado pela cabeça do novo ministro da Defesa chegar ao Aeroporto Juscelino Kubitschek pelo saguão de despacho dos passageiros, enfrentar filas, fazer check-in e deslocar-se para a sala de embarque onde se reuniria a centenas de sofredores, sem ser informado da hora em que o vôo seria iniciado. Essa atitude fica para os pobres mortais que pagam passagem. Agir como agem as autoridades é glorioso. Para elas, obviamente. "
Constato que não me enganei ao ler Carlos Chagas quando se refere aos privilégios que Nelson Jobim com desenvoltura, valendo-se da situação de “mandar”
"VIAJOU SEM DESCONFORTO...
Em seu primeiro deslocamento para fora de Brasília, sexta-feira, o ministro Nelson Jobim não precisou enfrentar filas, muito menos ficar horas seguidas em salas sem refrigeração. Nem sequer aguardou tempo indeterminado no interior de uma aeronave, à espera de ordens da torre de controle para decolar. Cinco minutos depois de chegar à base aérea da capital federal já estava no ar o jato especial da FAB que o transportaria a São Paulo.
O fosso que separa a população dos governantes continua o mesmo. Imenso, pois privilegia ministros, altos funcionários e o presidente. Eles podem cuidar da segurança aérea sem passar pelo desconforto enfrentado pelos cidadãos que pagam impostos. Conseguirão até mesmo relaxar e gozar, quando não comemoram a prosperidade econômica causadora do caos nos aeroportos.
Não é nada, mas é tudo. Nenhum sacrifício pessoal para o maestro que manda na orquestra. Nem terá passado pela cabeça do novo ministro da Defesa chegar ao Aeroporto Juscelino Kubitschek pelo saguão de despacho dos passageiros, enfrentar filas, fazer check-in e deslocar-se para a sala de embarque onde se reuniria a centenas de sofredores, sem ser informado da hora em que o vôo seria iniciado. Essa atitude fica para os pobres mortais que pagam passagem. Agir como agem as autoridades é glorioso. Para elas, obviamente. "
Segundo o último balanço da Infraero, dos 1.294 vôos previstos para todo o país, entre 0h e 19h desde domingo, 313 (24,1%) apresentaram atrasos superiores a uma hora. Outras 94 (7,2%) operações foram canceladas. (G.S.)
Leia a matéria no Jornal do Brasil online
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