30 de jul. de 2007

Viva o Povo Brasileiro!

Por Giulio Sanmartini

Calculam o antropólogos que o homem tenha começa a comunicar-se por meio de palavras há uns 72 mil anos, quando passou a exercer nas habitações lacustres a atividade da pesca. Tendo as mão ocupadas que o impediam de gestos, estabeleceu uma série de significados aos sons que podia emitir.
Quando ainda criança, aprendi logo a falar português, mas com minha irmã só falávamos em italiano.
Em casa tínhamos um doméstica que atendia por Isabel, gente boa, mas totalmente analfabeta. Era um período que as carroças do lixo eram de tração animal e o lixeiro ia até em casa para recolher os dejetos, este carregava um latão na cabeça, que era protegida por pelo couro de uma bola cortado ao meio, resumindo: entre Isabel e o lixeiro que fazia a coleta em nossa casa havia uma paquera, assim que ela ouvia sua entrada, deixava tudo para lá e chegava na janela do quintal assim como não quer nada e partiam para uma conversa toda melosa. Numa dessas vezes minha irmã e eu estávamos brincando no quintal e Isabel, fazendo-se de importante disse ao lixeiro:
- As crianças estão falando estrangeiro!
- Larga de ser besta que você nem sabe o que é isso. – retrucou o outro.
- Claro que sei – disse Isabel e deu o fecho – é a língua que se fala lá nas estranjas.
Pois é o presidente da República não faz miséria quando começa a falar, não ligando muito para a coerência e para o vernáculo.
No seu discurso em João Pessoa, por falta do que dizer e esquecendo o ditado popular :”o homem que conhece dois idiomas vale por dois”, destampou seu vaso de besteirol. . "A língua é o valor da pátria, temos que aprender a falar corretamente a nossa língua" (vejam só quem fala?) "Brasileiro falando a língua do outro é um metido a besta".
Para não perder a viagem atacou os representantes brasileiros que falam inglês: "falando em estrangeiro" (sic) "Nos samos (sic) brasileiro, temos orgulho do jeito que samos (sic) (...) um país multético (sic)."
Pois é, para o monoglota do Palácio do Planalto o que se fala nas estranjas não serve para nada.
Pobre Brasil.

(*) Na ilustração, tomando por base fósseis, os antropólogos conseguiram reproduzir o que seria o primeiro homem a falar. Sem ser pérfido, não consigo deixar de ver uma semelhança dele com o sábio de São Bernardo. Não é mesmo?

3 comentários:

Paradela disse...

Esses inbecieis que acabam e deixam o povo frouxo com seus comentarios infeliz e tendenciosos,isso aqui é uma verdadeira canalhocracia de estupidos,onde se perde um ente querido e vai prá tv chorar o inútil dar ibepepra grandes rede que come com a mideria alheia,enfim somos um pais de bobocas,esperando um CRISTO MORTO E UM INTELECTUAL FIEL A SEUS PRINCIPIOS,ENNFIM O IMPOSSIVEL.

Anônimo disse...

Que maldade! O nosso apedeuta é significativamente mais gordo que o dessa ilustração.

Anônimo disse...

Preconceituoso o seu artigo, como se percebe no "mas gente boa", em contraposição ao analfabetismo de sua empregada. Péssimo. Típico. Normal.