4 de jul. de 2007

Parece, mas é Outro Lugar.


Por Giulio Sanmartini

A máquina burocrática, vive dizendo ao contribuinte que a mantem: “Aqui mando eu!”. Há mais de um século a sociedade é enganada pelo sistema administrativo que é formado por uma rede de regulamentos para qualquer atividade, produzindo inúmeros abusos, a cada passagem dentro dessa rede, criam-se ocasiões para propinas.
O pletórico exército de funcionários públicos tem um conceito de Estado muito baixo. O emprego dentro do governo é compreendido como uma renda, uma ocasião de levar vantagens sem escrúpulos. O Estado jamais está ausente na vida do cidadão, a menos que este precise dele. Os computadores nas repartições públicas, que não estão informatizadas, serve tão somente para que o funcionário jogue paciência, enquanto filas enormes esperam por atendimento.
Dentro da ineficiência da administração pública, alinha-se a corrupção, que vai desde o guarda que achaca um motorista, por imaginária infração, até o Parlamento, onde dos quase 660 componentes mais de 100 tem problemas com o código penal.
Tudo o que está contado acima, mais a fotografia de uma “favela”, poderiam levar o leitor a pensar que estou falando do Brasil. Mas não é assim, o país onde isso tudo acontece tem, sem enganadoras maquiagens, um crescimento anual do Produto Interno Bruto – PIB, da ordem de 9%. Trata-se da Índia!

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