2 de jul. de 2007

Saudades de Um Passado Próximo


Claro que existe o politicamente correto, mas este passou a ser um artigo raro, foi substituído pelo “politicamente babaca” pode-se se dizer branco, mas negro, nem pensar, tem que ser “afro-americano”. Ora os descendentes de egípcios, líbios, marroquinos nascidos na América, por ser de pela branca, não considerado afro-americanos. A mesmo sorte os que eram chamados amarelos, hoje tem que ser orientais, mas os indianos são orientais e não tem os olhos amendoados. Os ciganos nem pensar em chamá-los assim, são os nômades, mas os esquimós também o são sem serem ciganos. Aqui na Itália não se pode dizer empregada (doméstica) o correto é “colf” (colaboradora familiar.
Com o cigarro ainda é pior os fumantes são todos criminosos, o tabagistas, quando estão exercendo o sagrado exercício de seu vício o fazem sempre com uma expressão que denota senso de culpa, perdendo-se dessa forma o prazer do vício.
Por estes lados chega-se ao absurdo de ser proibido fumar nas tabacarias, onde se vendem somente cigarros.
Sou um tabagista muito moderado, muitas vezes, involuntariamente passo dias sem fumar. Como Carlos Chagas, sou favorável que não se fume em lugares fechados, mas agora essa intenção de proibir-se o fumo nas ruas e dentro dos próprios carros é o cúmulo da babaquice.
Tenho saudades em que fumar era sinal de charme, quem poderia imaginar Humphrey Bogart, sem seu chapéu “borsalino” e sem o Malboro atarraxado nos lábios? (G.S.)

EM DEFESA DAS MINORIAS
Por Carlos Chagas
O século XXI destina-se a passar à História como o século das minorias. negros, índios, idosos, deficientes físicos, homossexuais e outras categorias do gênero humano jamais se viram tão protegidos como agora. Só que há uma exceção. Perseguidos, discriminados, humilhados, estão sendo os fumantes, apontados como réprobos, criminosos, cidadãos de segunda classe.
Fumar faz mal à saúde? Faz. Fumar mata? Mata. Mas automóvel também mata, e bem mais. Por causa disso, vamos voltar ao tempo das carruagens? Até livro mata: basta passar debaixo de uma estante quando ela estiver desabando.
Durante séculos fomos nós, os fumantes, estimulados a fumar. Fumar era o sucesso. Era elegante. E rendia lucros fabulosos aos fabricantes de cigarros, como ainda rende até hoje. É lógico que não se deve fumar em ambientes fechados, como elevadores, salas de cinema, locais refrigerados e hospitais.
Mas obrigar a que não se fume nas ruas, em nossas casas, em nossos carros, em bares e restaurantes onde se estabelecem áreas para fumantes e para não fumantes, isso é perseguição, discriminação e humilhação.
Além de tudo, é farisaísmo, porque se querem mesmo acabar com os fumantes, que acabem primeiro com as fábricas de cigarros. Mas aí, não. Elas pagam mais impostos do que qualquer outra atividade econômica. Mexer no pulmão dos outros pode, mas mexer no bolso, de jeito nenhum.
Fumantes de todo o mundo, uni-vos. E, por sinal, alguém tem fogo?

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