"A fatalidade bateu na casa de Vossa Excelência no momento em que Vossa Excelência saiu de casa..."
Do senador Pedro Simon (PMDB-RS) ao presidente do Senado.
As regras do Senado só servem para quem quer cumpri-las e esse não é definitivamente o caso do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele justiçou sua permanência no cargo alegando que não queria ser um zumbi. Morto vivo ele já está há algum tempo. Ele começou sua auto-destruição, quando não se sabe por quais motivos, abriu mão de seu direito em exigir que o acusador provasse a sua culpa. Fica difícil acreditar que o fato tenha sido tão somente por incompetência do próprio acusado de ter suas contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Junior e do advogado que o está assistindo. Há uma impressão de que debaixo desse angu tem muita carne (podre).
Ninguém julga o fato de Calheiros ter tido uma filha fora do casamento, isso é problema do senador com a mulher dele. O fato não é incomum entre os homens públicos de todas as partes do mundo. O caso é que normalmente estes pagam as pensões alimentícias aos filhos resultantes dessas relações com o próprio dinheiro.
Calheiros, quis provar que tinha como pagar a polpuda pensão à sua ex amante, também o fato não era esse, o fato era e continua sendo de onde vem dinheiro o dinheiro. Para provar tudo que queria o senador cometeu uma série de estultices, que vão desde documentos falsos a negócios inexistentes. Parece que ele segue um principio da esquerda mundial: se você disser uma mentira com muita insistência, essa caba se tornando uma verdade. Sua insistência em se manter no cargo, quando bom senso recomendara há muito tempo que já teria que licenciar-se, dá a entender que ele esteja seguindo a mesma tática, quer vencer uma nação indignada pelo cansaço.
Que se dane o pais se está parado por causa dessa sua tática e que o senado esteja sendo alvo de escárnio até da imprensa de outros países. O que está contando para o senador é seu interesse pessoal e imediato, o povo “ que vá se explodir”
Lamentavelmente não posso dizer que sua carreira já esteja encerrada, a volta à política de Fernando Collor de Mello, Paulo Maluf, Jader Barbalho et caterva, o impedem.
Aos brasileiros honestos e cumpridores de seus deveres resta somente um consolo: Poder chamá-lo em público de Ladrão, sem que o senador possa contestar e tenha que se constranger a abaixar a cabeça fingindo que não é com ele.
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