26 de ago. de 2007

A Economia É a Base da Porcaria

Por Giulio Sanmartini

Não se sabe até onde é verdade, mas se conta que Napoleão Bonaparte, não gostava de ter relações íntimas com mulheres que estivessem com as partes limpas, tanto que quando se retirava da frente de batalha para um descanso, mandava um mensageiro com uns três dias de antecedência, avisar a Josefina, que ele estava a caminho cheio de vontade, portanto nada de água.
Mas esse outro fato é verdadeiro e pela estranheza, como era de se esperar passou-se em Londres.
A documentarista da Bbc, Nicky Tailor (42) resolveu passar 6 semanas (42 dias) sem tomar banho. Durante esse período não se lavou, usou as mesmas roupas e continuou sua rotina de vida, fazia seu jogging diário a depois ia ao trabalho em um coletivo. Seu objetivo era saber o que aconteceria a uma pessoas se passasse esse tempo sem nem lavar o rosto ou as mãos e sem usar produto algum de higiene pessoal, item em que os ingleses gasta anualmente R$ 9 mil. Para surpresa geral, no final de sua experiência Nicky descobriu que estava mais “sarada” que antes, livrando um pouco o planeta da poluição causada pelo uso das substâncias químicas que a cada ducha terminam nos rios e nos mares, diminuindo os o lixo do plástico usado nas embalagens de cremes e outros produtos de beleza, isso tudo sem contar com a economia de água, que pode chegar a 300 litros diários por pessoa.
“A minha pele rejuvenesceu – diz ela - e os médicos que acompanharam minha experiência, confirmam que pelas análises feitas não existe qualquer enfermidade em curso”. “Meu objetivo era saber se temos necessidade de todos os produtos que compramos.”
Durante o período usava somente luvas de borracha para fazer a comida para ela e os filhos. “No início foi muito duro e a coisa pior era não poder escovar os dentes e levar as partes íntimas.
Fiquei espantada com o número de anúncios de desodorantes e sabões íntimos, mostrando que sem eles não há possibilidade de alguma aproximação, mas que as pessoas que à minha volta não percebiam coisa alguma.
No final a pior coisa eram os cabelos, um ninho de ratos que fedia mais que os pés. Em compensação um quisto que tinha numa pálpebra desapareceu por não estar sempre coberto de make up, desapareceu também uma colite. Taylor assegura que sua pele estava mais bonita e luminosa, mesmo que a fotografia que pode ser vista, antes e depois, não seja animadora.
“Sentia-me muito bem até o momento que tinha que entrar em contacto com outras pessoas. Mas a primeira ducha depois de 6 semanas foi uma sensação maravilhosa e não queria mais sair do chuveiro. Agora uso somente um sabonete, um shampoo e um hidratante para a pele. É de tudo que preciso.”
Para as mulheres de Napoleão certamente seria muito.

Um comentário:

Ralph J. Hofmann disse...

Giulio

Essa mulher ou está mentindo, ou não sabe como afetava os outros, acostumaou-se com o próprio cheiro. Alguns colegas meus estavam trabalhando na Romênia, negociando aço, na década de setyenta/oitenta, quando a Romênia passou a aracionar energia por estar sem divisas.
Portanto não havia água quente, donde, em pleno inverno não era possível tomar banho.
Os estrangeiros nos grandes hotéis e4stavam também, sem tomar banho. O fedor era tão grande que volta e meia alguém ia passar o fim de semana na Áustria para poder tomar banho.
Essa inglesa não deve ter consciência de quão ofensivo devia estar seu fedor.
Porém, há um detalhe. Minha dermatologista me disse anos atrás que é melhor um longo banho de imersão, com um rápido chuveiro idem, sem sabonete, do que usar sabonete todos os dias. Melhor para a péle.