O grande tumor maligno que espalha seus “filhotes” pelo corpo do Brasil, tornando-se uma metástase, tem nome: José Dirceu de Oliveira e Silva. Esse malfeitor mais conhecido somente por José Dirceu, anda levando em seu rastro a merda pútrida da corrupção, do vil nepotismo, do descaramento e de um asqueroso cinismo.
É de sua porca lavra a ascensão da maligna figura de Denise Abreu (foto), que parece ter uma grande culpa da morte de 199 inocentes no maior acidente aéreo do Brasil.
Sobre o assunto escreve Augusto Nunes. (G.S.)
MENTIRAS PODEM MATAR
Por Augusto Nunes
Durou menos de 15 minutos a sabatina no Senado, previsivelmente amistosa na forma e rasa no conteúdo, que aprovou a indicação daquela afilhada do ex-ministro José Dirceu para uma das diretorias da Agência Nacional de Aviação Civil. Num parecer bem mais magro que o redator, Delcídio Amaral declarou a advogada Denise Maria Ayres de Abreu plenamente apta para assumir o novo emprego. Bastava conferir o currículo da indicada, sublinhou o senador.
Um dos itens informava que o pai de Denise, Olten Ayres de Abreu, foi juiz de futebol nos anos 60. Filha de juiz aprende a decidir desde criancinha, deve ter deduzido Delcídio. Talvez apitasse o impedimento de Denise se tivesse visto em ação o velho Olten.
O currículo também registrava que a protegida de Dirceu se formou em direito pela PUC de São Paulo. Advogados conhecem leis, deve ter deduzido Delcídio. Ansioso pelo descanso de fim de semana, não ouviu a alma murmurando que leis são dribladas mais facilmente por quem as conhece. Assim começou a tragédia consumada em 17 de julho.
É de sua porca lavra a ascensão da maligna figura de Denise Abreu (foto), que parece ter uma grande culpa da morte de 199 inocentes no maior acidente aéreo do Brasil.
Sobre o assunto escreve Augusto Nunes. (G.S.)
MENTIRAS PODEM MATAR
Por Augusto Nunes
Durou menos de 15 minutos a sabatina no Senado, previsivelmente amistosa na forma e rasa no conteúdo, que aprovou a indicação daquela afilhada do ex-ministro José Dirceu para uma das diretorias da Agência Nacional de Aviação Civil. Num parecer bem mais magro que o redator, Delcídio Amaral declarou a advogada Denise Maria Ayres de Abreu plenamente apta para assumir o novo emprego. Bastava conferir o currículo da indicada, sublinhou o senador.
Um dos itens informava que o pai de Denise, Olten Ayres de Abreu, foi juiz de futebol nos anos 60. Filha de juiz aprende a decidir desde criancinha, deve ter deduzido Delcídio. Talvez apitasse o impedimento de Denise se tivesse visto em ação o velho Olten.
O currículo também registrava que a protegida de Dirceu se formou em direito pela PUC de São Paulo. Advogados conhecem leis, deve ter deduzido Delcídio. Ansioso pelo descanso de fim de semana, não ouviu a alma murmurando que leis são dribladas mais facilmente por quem as conhece. Assim começou a tragédia consumada em 17 de julho.
Há poucos dias, muitos meses depois da sabatina, Denise voltou ao Senado para depor na CPI do Apagão. "Essa mulher mente o tempo todo", espantou-se o relator Demóstenes Torres no fim da sessão. A única verdade que contou acabou escancarando a mais terrível entre tantas mentiras.
Durante o depoimento, a advogada revelou que não tinha valor legal um texto, incorporado com cara de norma ao site da Anac, segundo o qual aviões de grande porte só poderiam pousar na pista molhada com o reverso em pleno funcionamento. Era só uma medida em estudo, informou.
Por que incluir a esperteza na documentação, entregue pela própria Denise no dia 22 de fevereiro, que induziu a desembargadora Cecília Marcondes a revogar a interdição da pista assassina? A diretora da Anac fez de conta que nem havia notado. "Eram dezenas de papéis", desconversou.
"Ela tinha ciência absoluta da existência daquele documento que estava sendo apresentado a mim", replicou a desembargadora enganada. "Aliás, todos falavam a respeito dele". Todos os diretores e técnicos da Anac. Todos os principais executivos das empresas aéreas. Sobretudo os da TAM, a companhia favorita da família Abreu.
Um irmão de Denise, contratado pela empresa, cobra caro pelos serviços prestados. A diretora da Anac, paga pelo Estado, cuida com muita dedicação dos interesses da empresa que deveria fiscalizar.
Não recebeu um só centavo pelo balaio de favores. "Nunca fiz nada de errado e não vou pedir demissão", reiterou ao saber do inquérito instaurado para investigar o que fez e o que deixou de fazer. Por amor à aviação civil, queria continuar na Anac. Agora vai descobrir que estará no lucro se continuar em liberdade.
O país ainda não sabe por que o Airbus da TAM ultrapassou a pista, explodiu ao bater num prédio e matou 199 inocentes. Mas já sabe que só houve o pouso porque existiu uma Denise Abreu na Anac.
Durante o depoimento, a advogada revelou que não tinha valor legal um texto, incorporado com cara de norma ao site da Anac, segundo o qual aviões de grande porte só poderiam pousar na pista molhada com o reverso em pleno funcionamento. Era só uma medida em estudo, informou.
Por que incluir a esperteza na documentação, entregue pela própria Denise no dia 22 de fevereiro, que induziu a desembargadora Cecília Marcondes a revogar a interdição da pista assassina? A diretora da Anac fez de conta que nem havia notado. "Eram dezenas de papéis", desconversou.
"Ela tinha ciência absoluta da existência daquele documento que estava sendo apresentado a mim", replicou a desembargadora enganada. "Aliás, todos falavam a respeito dele". Todos os diretores e técnicos da Anac. Todos os principais executivos das empresas aéreas. Sobretudo os da TAM, a companhia favorita da família Abreu.
Um irmão de Denise, contratado pela empresa, cobra caro pelos serviços prestados. A diretora da Anac, paga pelo Estado, cuida com muita dedicação dos interesses da empresa que deveria fiscalizar.
Não recebeu um só centavo pelo balaio de favores. "Nunca fiz nada de errado e não vou pedir demissão", reiterou ao saber do inquérito instaurado para investigar o que fez e o que deixou de fazer. Por amor à aviação civil, queria continuar na Anac. Agora vai descobrir que estará no lucro se continuar em liberdade.
O país ainda não sabe por que o Airbus da TAM ultrapassou a pista, explodiu ao bater num prédio e matou 199 inocentes. Mas já sabe que só houve o pouso porque existiu uma Denise Abreu na Anac.
2 comentários:
Alô, Giulio
Augusto Nunes escreve com a propriedade de sempre.
Delcídio pode se justificar usando a mesma explicação da juíza, de que foi enganado pelo padrinho dela, o Zé. Mas, como ele, Delcídio, é petista, e sempre restará a dúvida atroz...
Quanto à figura, espero que a Justiça tome a mesma providência que tomou em relação aquela mulher que foi condenada e foi para a cadeia por furtar um pote de margarina! Aí vai justificar porque a figura da deusa Justiça usa venda nos olhos. Se é que isso servirá de consolo para as 199 famílias que perderam seus queridos...
Ela é totalmente responsável pelo acontecido. Como ainda não foi presa pela PF, é um mistério!
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