28 de set. de 2007

A Lei não é Igual Para Todos

Ex-funcionária devolverá R$ 600 mil a CEF (?)
O Tribunal de Contas da União condenou ex-funcionária da Caixa Econômica Federal a devolver R$ 645.794,27. De acordo com o TCU, Eurídice Gomes Madureira, que trabalhava na Agência Jacarezinho (PR), efetuou saques fraudulentos em contas de diversos clientes, sem o conhecimento dos titulares. A ex-funcionária também foi multada em R$ 5 mil e terá quinze dias para comprovar o recolhimento das dívidas aos cofres do Tesouro Nacional e da CEF. (Cláudio Humberto).
Erídice apropriou-se indevidamente de uma enorme importância que estava sob sua guarda numa instituição bancária estatal. Está solta, tem que pagar uma multa e devolver o que furtou.
Isso acontece num país onde, em novembro de 2005, a doméstica Angélica Aparecida Souza Teodoro, 18 anos, ficou presa por mais de 4 meses por tentar roubar de um mercado um pote de 200 gramas de manteiga, no valor de R$ 3,10, em São Paulo. Ela foi detida em flagrante pela Polícia Militar ao ser descoberta pelo dono do estabelecimento comercial com a mercadoria escondida em um boné. Sem antecedentes criminais, foi posta atrás das grades, ao lado de presas acusadas de crimes hediondos.
Isso é que é justiça social, a lei para quem rouba muito é mais atenuada do que aquela para quem rouba pouco. (G.S.)
(*) Na foto Angélica junto com a mãe.

Um comentário:

Anônimo disse...

Desculpe a rude franqueza. Tudo correto! INCOMPLETO! Falta, eis a grande verdade, o valor de Themis (a deusa do STF e de todos os julgadores - bem melhor se fosse, nesta terrinha, que usa moedas para desequilibrar o prato da pesada de valores - verdade e vantagem, a deusa Hestia ou Vesta). Falta, muito mais, Homem (melhor no plural, Homens). Os Templos (qualquer um, mesmo no mais remoto distrito de MT, do pequeno juiz com sua sala, mas no mundo civilizado, cada recinto desse representa um Tribunal) de muita beleza e pouca certeza, parecem escassos de HOMENS, composto de caricaturas que fazem arremedo de veredictos. Observando com respeito e pranto a vida judicial, desde recuadas quadras da nacionalidade, tudo conduz ao convencimento doloroso de que o Setor incumbido de cumprir as Leis, tem enorme responsabilidade (por deixar de ser competente, agir submisso ao canto do mais prestigiado, em alguns casos a imoralidade das moedas) por todos males nacionais. Ontem, a cena foi replay, pois Carmen, Lewandowsky e Eros (o Cupido) mostraram ao Povo que fazem papel decorativo (quebraram decoro, mereciam ato punitivo, feriram a dignidade do Poder, insinuando ou afirmando votos comprometidos com denunciados em bandos, segundo o Belluzo, que por essa singela unidade delitiva conduz grave afronta e medo coletivo - faltou decretar, pois coragem em nome do civismo traduz argumento nulo e dos tolos, a guarda dos envolvidos). Enquanto os senhores da Lei recusarem a Toga de verdadeiros MAGISTRADOS, a terrinha vai navegando na ondas da impunidade. Ih, vencidos os 1000 toques!