22 de set. de 2007

O Folclore de Jânio Quadros

Por Giulio Sanmartini

Na época de Adhemar só existia um político mais folclórico, era seu arquiinimigo Jânio Quadros, que acabou sendo presidente de 31/1 a 25/8/1961, quando renunciou ao cargo, diz-se que o verdadeiro motivo, que ficou conhecido como “forças ocultas”, foi mesmo uma porranca que tomou.
Foi cassado, depois confinado na ilha de Fernando de Noronha. Passado o período da ditadura ainda foi eleito prefeito da cidade de São Paulo onde teve como opositor Fernando Henrique Cardoso
No velório de Jânio (1992), apareceu um homem aos prantos. Jurava que, muitos anos atrás, estava no alto de um prédio disposto a se matar quando Jânio, então um jovem vereador, gritou: "Não faça bobagem." Ele explicou que ia pular porque a esposa o traíra. Jânio dissuadiu o suicida: "O que tua mulher te arrumou foi um par de chifres, não um par de asas. Desça daí já!"

5 comentários:

Anônimo disse...

O confinamento de Jânio Quadros não foi em Fernando de Noronha, mas em Corumbá, então Estado de Mato Grosso, em 1968, durante quatro meses, após ter-se manifestado contra o regime.
Durante seu confinamento, morou no Hotel Santa Mônica, que apresenta em seu site http://hsantamonica.com.br/conteudo/historia
fotos e trecho da carta escrita, quando voava para Corumbá.

Anônimo disse...

Um homem de idioma correto, correto na vida familiar, desajustado na desajustada vida republica. Tudo irrevelado! Segue misterioso o seu instante de recuo aos predicamentos presidenciais. Foi instante irrefletido ou pensado com impulso de repulsa ao ambiente negocial do Planalto. Era uma "torre" sem capacidade de deslocamento no tabuleiro, desejou abarcar tudo (quem muito abarca, pouco aperta), inclusive envolvido em nas rinhas de Galo do famigerado Duda do Senhor Paz e Amor. Segue o problema, o texto segue sentado sem acento e privado do cedilha, algo inexistente em qualquer idioma. Curioso? Sim, como a falta de moralidade ser aplaudida pela massa desinformada, analfabeta. O tempo passou, passa, segue inexplicado o ato, como cercado de sombras a morte de John Kennedy. Foi correto, parece faltar pessoa capaz de apontar um dedo sobre ligeiro desvio de conduto na verba oficial e nos atos de Governo. Algo caricato, ser bom constitui uma marca de homem sem habilidade. Assim, segue a gente brasileira.

Anônimo disse...

Acrescentando, outras duas “pérolas” do folclore.

Em 1985, FHC, que era senador pelo PMDB, apoiado pelo governador Franco Montoro, candidatou-se a prefeito de São Paulo e era o favorito absoluto para ganhar a eleição; visitando o prefeito Mário Covas, sentou-se na cadeira do gabinete, para as fotos dos jornais.
Jânio Quadros, outro candidato, dizia que há 32 anos havia derrotado um Cardoso (tratava-se da eleição de 1953, quando derrotou Francisco Cardoso, candidato do PTB) e que, agora, iria derrotar outro.
No dia da posse, Jânio Quadros levou um “spray” e dedetizou a cadeira, dizendo “nádegas indevidas sentaram nesta cadeira”.

Quando proferia uma palestra na Universidade Mackenzie, em São Paulo, foi abordado por um aluno que lhe perguntou: “Você renunciou por que?”; Jânio Quadros respondeu-lhe: “O senhor já deve ter ouvido falar em Benjamim Franklin; ele dizia que a intimidade gera dois tipos de problemas: filhos e aborrecimentos; como não quero nenhum dos dois com o senhor, dobre a sua língua ao se dirigir a um ex-presidente!”.

Anônimo disse...

A figura em destaque era genial, tinha uma rapidez de pensamento respeitada, aguda criatividade. Em texto anterior sobre o topico, a frase "segue sentado sem acento", precedido de "Curioso", o adjetivo tinha por destino a mania de intervir em tudo e no "esporte" de Duda, "briga de galos". A frase seria final; infelizmente, ficou no meio, permitindo interpretar que se refere ao tema oportuno do blog lembrando a picardia de JQuadros. Fica esclarecido, se eventualmente publicado.

Anônimo disse...

HA HA HA!Um par de asas essa foi boa!