Pagot, “delinqüente” obstruído

Por Mauro Camargo na coluna Contraponto

Funcionário fantasma do Senado por sete anos, Luiz Antonio Pagot (foto) teve sua nomeação ao Dnit adiada mais uma vez. O plenário do Senado estava lotado com 72 dos 81 senadores, mas na hora de votar o nome de Pagot, acusado de delinqüente pelo senador Mário Couro (PSDB-PA) em razão de ter lesado os cofres públicos em quase meio milhão de reais, os tucanos obstruíram a pauta com apoio da banda oposicionista do DEM.
Com a obstrução, Pagot e os senadores Jayme Campos e Jonas Pinheiro do DEM (banda governista) e Serys Marli (PT) assistiram o painel eletrônico revelar um quorum de apenas 37 senadores presentes.
Destaco abaixo análise feita pelo sítio Olhar Direto:

Pela votação (quorum) de apenas 37 senadores, a própria base aliada do governo dá um claro recado que as denúncias contra Pagot apontadas pela oposição estão surtindo efeito.

Confissão de Jayme
Não sei ao certo se Jayme Campos quis mesmo dizer o que disse, ou se foi apenas um desses erros de digitação muito comuns nos jornais, mas a frase do senador, que destaco da matéria do jornalista Auro Ida, publicada na Gazeta de hoje, expressa a mais absoluta verdade:
-Lá no meu estado, as pessoas estão achando que o meu partido quer o bem de Mato Grosso e prejudicar Pagot
Se foi isso mesmo que Jayme disse, concordo em gênero, número e grau. Ao prejudicar Pagot, a banda oposicionista do DEM quer o bem de Mato Grosso. Afinal, com tanta gente qualificada neste Estado, por que nomear um fantasma para o Dnit?