26 de set. de 2007

Paraíso tropical

Por Adriana Vandoni

Pára tudo! Escreve, apaga. Escreve outra coisa, apaga tudo! Não consigo me concentrar para comentar a política. Quando começo a ler que Lula disse blábláblá pra Bush; Renan obstinado pela presidência do senado; Pagot obstruído aguarda; Clodovil faz troca-troca; e isso, e aquilo...Ah, que saco!, tenho coisas mais sérias para pensar.
Uma pessoa foi assassinada. É verdade. Mataram Lutero, o pai da Alice. Ele bebeu um treco na casa do Olavo e pofff!, mórreu!
O médico que o atendeu disse ter todos os indícios de envenenamento. Quem envenenou o pai da Alice? Eis o mistério!
Acontece que a chata da Paula, a gêmea boa, tinha acabado de sair de lá, é óbvio que vão achar que é a chata. Fala sério, a gêmea má era muito mais interessante que a chata da boazinha, ainda mais depois que ela se casou com aguado do Daniel. Como gente boa é sem graça, né? Se ela é a boazinha, como pode ser suspeita de assassinatos? E porque ela mataria o Lutero?
Mas o veneno não era para matar o Lutero, pai da Alice, era pra matar o Olavo, noivo da Alice. E quem haveria de querer matar o Olavo? A Paula? ... Sem chance. Não tem motivos.
Dhãrrrr, é claro que só a Bebel teria motivos para matar o Olavo. A Bebel já foi amante de quase todos os homens da trama, soube que de tanto ser amante, ela vai posar para a playboy.
Mas voltando às razões que me levam a desconfiar da Bebel. Pensa bem, ela está grávida do Olavo, de quem é amante, e, seguindo um plano dele mesmo, mentiu que o filho é do Antenor. O pato do Antenor, o malvado arrependido, caiu na conversa e levou a Bebel para morar na sua casa. A Bebel, que não boba nem nada, percebeu que podia se dar melhor ficando com o Antenor, resolveu então eliminar o Olavo. Não pode ser isso?
E tem outro fator que me faz desconfiar ainda mais da Bebel. O envenenamento. Veja, a Bebel é filha de Antonio Pitanga que é casado com Benedita que é petista. Falou em PT e em quadrilha e em envenenamento, me vem a cabeça o quê? Celso Daniel e seu médico-legista. Aquele médico-legista que declarou que o petista rebelde, Celso Daniel, fora torturado antes de morrer, e que terminou suicidando-se com um infarto fulminante. Esse causo é mais interessante ainda por causa do telefonema. Seguinte, na mesma época do “suicídio por ataque cardíaco”, agentes secretos cubanos estavam em São Paulo e foram detidos quando deixavam o País por uso de passaportes falsos, mas acabaram liberados, mesmo com passaportes falsos. Alguém deu um telefonema e ordenou que os liberassem.
Mas peraí, na trama não tem nenhum cubano! Tem um casal australiano. Será?
Sinistro! E ainda tem a morte da Taís. Quem matou a Taís?
Primeiro o médico-legista, depois a Taís, daí tentaram matar a Marion, agora mataram o Lutero, pai da Alice. Todos por envenenamento. Mas que diabo de veneno é esse que provoca ataque cardíaco?
Quem está por trás de todas essas mortes?
Sei não. Mas pra mim, aí tem dedo do chefe Zé, que não está na trama, mas que nunca entra na história, só na formação dela. Se é que me entendem.

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