3 de set. de 2007

Um Tribunal que dá lições e um ministro que fala demais

Por Pedro Oliveira - Jornalista e presidente do Instituto Cidadão.

O Supremo Tribunal Federal, através das decisões de seus ministros sobre os envolvidos no mensalão, deu uma demonstração ao Brasil de que nem tudo está perdido. A putrefação ascendente do Poder Legislativo, as graves e criminosas acusações que rondam o Palácio do Planalto e mesmo as desconfianças direcionadas ao Judiciário, foram confrontadas com a postura ética exemplar do relatório do ministro Joaquim Barbosa e o voto dos integrantes da Corte.
Todos os 40 integrantes da quadrilha do governo, denunciados pelo bravo procurador Antonio Fernando de Souza que sob a liderança do ex-ministro José Dirceu movimentaram dezenas de milhões para comprar parlamentares em troca de apoio político foram transformados em réus.
O ministro Joaquim Barbosa aparece como o herói nesse julgamento do maior esquema de corrupção da história política brasileira. Nas 430 páginas do seu voto praticamente usou todos os argumentos da denúncia do procurador Geral da República. Ele não acredita que o julgamento demore para chegar ao seu final com a condenação dos réus.
Teve a solidariedade e a indignação de seus pares. O ministro Celso Mello acrescentava: “Os elementos indicam o modus operandi do PT de repassar recursos entre os partidos. Todos os repasses foram avalizados pelo José Dirceu”. Os ministros Cezar Peluso e Carlos Ayres Brito também não pouparam os denunciados. Para Peluso “Dirceu era a principal figura do partido. O denunciado tinha conhecimento do esquema financeiro. A denúncia, longe de ser vazia, é cheia. Típica de quadrilha ou bando”. Ayres Britto preferiu comparar os petistas envolvidos no mensalão com os governadores do Brasil colônia: “O padre Antonio Vieira disse em um sermão que os governadores pobres chegavam às Índias ricas e saíam ricos das Índias pobres”.

Uma nota destoante de um ministro falastrão

O ministro de nome esquisito Ricardo Lewandowski deu o tom negativo no episódio do julgamento do mensalão,porém suas atitudes incompatíveis com o cargo que ocupa não conseguiram empanar o brilho da lição cívica dada pelo Supremo Tribunal Federal.Sua primeira escorregada foi flagrada pela imprensa no primeiro dia de julgamento.Uma troca de mensagens via internet, em plena sessão, com a sua colega ministra Cármen Lúcia,na qual insinuavam levianamente voto do ministro Eros Grau, fato que teve repercussão nacional e trouxe constrangimentos ao STF. Na noite do fim do julgamento, o mesmo Lewandowski, jantando em um fino restaurante de Brasília, teria falando ao telefone com um seu irmão declarado: “Todo mundo votou com a faca no pescoço. A tendência era amaciar o Dirceu”. A imprensa teria sido a responsável pela pressão. Quem estava por perto ouviu, entre esses a jornalista Vera Magalhães, que publicou a matéria na Folha de São Paulo. É um ministro chegado a fofoca e por isso já ganhou o apelido de “Lewandowski e Trazendowski” ou apenas “ Leviandowski”, segundo a revista Veja.
Mas no final, ganhou o Brasil que pode vislumbrar uma luz no fim do túnel no combate à corrupção. Que sirvam de exemplo as palavras do ministro Celso de Mello durante o julgamento dos mensaleiros do governo Lula: “Ninguém,ninguém está acima da Constituição e das leis da República.É preciso reconhecer que os cidadãos desta República têm direito a um governo honesto.Têm direito a legisladores probos, a administradores honestos e a juizes incorruptíveis”.
O Brasil agradece e confia na celeridade possível para assistir o final deste espetáculo degradante e a condenação de todos os que praticaram corrupção, lavagem de dinheiro, peculato, falsidade ideológica e formaram a quadrilha petista para saquear os cofres públicos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lembram-se daquela Marcha das Margaridas?

No dia 22 de agosto, Lula participou da solenidade e fez mais um de seus discursos contra as elites. O governo também negou que tivesse dado dinheiro para o evento. Não deu? Abaixo, segue a liberação do recurso, que está no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal):

Detalhes do Convênio UF: DF Município: BRASILIA De... Detalhes do Convênio
UF: DF Município: BRASILIA

Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI: 592729
Nº Original: 20002157200700040
Objeto do Convênio: Apoio a Marcha das Margaridas
Orgão Superior(Descrição-Código): PRESIDENCIA DA REPUBLICA
Concedente(Descrição-Código): SECRETARIA ESP. DE POLITICAS PARA AS MULHERES
Convenente(Descrição-Código): CONFEDERACAO NACIONAL DOS TRABALHADORES NA AGRICULTURA
Valor Convênio: 114.008,16
Valor Liberado: 114.008,16
Publicação: 31/07/2007
Início da Vigência: 30/07/2007
Fim da Vigência: 30/01/2008
Valor Contrapartida: 16.000,00
Data Última Liberação: 01/08/2007
Valor Última Liberação: 114.008,16

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/

Anônimo disse...

ESTAMOS ACEITANDO O JOGO DELES

Em meio às crises decorrentes do recebimento da denúncia contra a quadrilha instalada no Palácio do Planalto e adjacências e do processo de afastamento do sr. Renan Calheiros do Senado Federal, os comuno-petistas jogaram uma cortina de fumaça para desviar as atenções e parece que todos nós ficamos cegos e não percebemos a solerte manobra.
O governo, de caso pensado, desvia a atenção do País e da resistência democrática para um tema traumático, explorado durante anos pela mídia esquerdista: os possíveis excessos na repressão ao terrorismo e à guerrilha armada.
Sob a batuta do ministro Martins,, e seguramente com a assessoria de experts em comunicação social, dá-se relevo a um tema sepultado com a anistia e enterrado com os cadáveres daqueles que, de ambos os lados, tombaram na luta fratricida que enlutou o Brasil na década de setenta.
A estratégia dos pilotos sem comando dessa aeronave chamada governo Lula é desviar a opinião pública e os democratas da gravidade da crise ético-moral que envolve suas entranhas.
A própria pose e o estardalhaço do Ministro “Marechal” Jobim faz parte do cenário e do script montados. Aqui está ele vistoriando escombros do acidente aéreo com capacete de bombeiro, como se investigador das causas da tragédia. Ali, reclamando dos assentos dos aviões e dos bebedouros dos aeroportos. Acolá, ameaçando os militares que ousem discordar do proseletismo marxista promovido com o lançamento de um livro de mentiras.
Para essas práticas diversionistas todos os democratas devem estar atentos.
O problema do Brasil, hoje, é o escândalo do mensalão e o desvio de dinheiro público para as campanhas do PT e para os bolsos de seus dirigentes. Não é a tumba de guerrilheiros e terroristas que morreram por suas idéias. Que eles descansem em paz e que o bom Deus os perdoe.
O que atormenta a sociedade e as pessoas pensantes, sem fanatismo ou radicalismos estéreis e inconseqüentes, é o fato de um presidente do Senado se manter no cargo apesar de fortes denúncias de corrupção decorrentes de seu claro envolvimento em negócios escusos. O que estarrece é ver o ministro da Defesa, em companhia do advogado do sr. Calheiros, seu ex-sócio em banca de advocacia, publicamente assumir a defesa do corrupto.
Os comuno-petistas querem nos pautar com a exumação de fatos do passado absolutamente distorcidos pela versão que divulgam. Para desviar o foco dos acontecimentos pesarosos que exigem apuração rigorosa dos poderes constituídos.
Não podemos cair nesse jogo malicioso.

http://www.fortalweb.com.br/grupoguararapes/livro_de_visitas/default.asp

Anônimo disse...

Meo Deos...essa vivi vive em um bunker. Não disseram à ela que a URSS acabou e que era mentira que comunista come criancinha.