No ano de 1968, a capital Brasília tinha apenas 8 anos e a transferência total da máquina governativa ainda não fora feita. A política nacional funcionava com um pé no Rio do Janeiro e outro em Brasília. Os senadores continuaram com gabinetes no Palácio Monroe (RJ), que recebeu o apelido de “senadinho”. Logo depois do Ato Institucional n° 5 (AI 5), um senador, de quem lamentavelmente não lembro o nome, chegando ao seu gabinete foi recebido por um funcionário que o saudou:
- Bom dia senador!
- Senador não sou mais, vim arrumar meus trastes e ir embora, o AI 5 e um senador com um mínimo de hombridade não podem estar juntos - foi a resposta.
Outros tempos, outra moral!
Duvido que algum dos atuais senadores tenha a coragem cívica do citado acima, mas os de princípios começam a se movimentar. (G.S.)
“A destituição dos senadores do PMDB Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos (PE) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi o estopim de uma revolta na bancada do partido no Senado e na própria oposição. Vários senadores ameaçam paralisar a Casa com uma renúncia coletiva dos integrantes da comissão. O senador Garibaldi Alves (RN), filiado à legenda há 39 anos, afirmou que jamais presenciou "tamanha agressão" a dois dos mais ilustres representantes históricos do PMDB.”
Também o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ao ter a certeza que a destituição de Simon e Vasconcelos foi determinada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo fato dos dois peemedebistas serem contra a permanência de Renan no comando da Casa, externou sua revolta: "CANSEI DE DISCURSOS, TEMOS QUE FAZER ALGUMA COISA.”
- Bom dia senador!- Senador não sou mais, vim arrumar meus trastes e ir embora, o AI 5 e um senador com um mínimo de hombridade não podem estar juntos - foi a resposta.
Outros tempos, outra moral!
Duvido que algum dos atuais senadores tenha a coragem cívica do citado acima, mas os de princípios começam a se movimentar. (G.S.)
“A destituição dos senadores do PMDB Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcellos (PE) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi o estopim de uma revolta na bancada do partido no Senado e na própria oposição. Vários senadores ameaçam paralisar a Casa com uma renúncia coletiva dos integrantes da comissão. O senador Garibaldi Alves (RN), filiado à legenda há 39 anos, afirmou que jamais presenciou "tamanha agressão" a dois dos mais ilustres representantes históricos do PMDB.”
Também o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ao ter a certeza que a destituição de Simon e Vasconcelos foi determinada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo fato dos dois peemedebistas serem contra a permanência de Renan no comando da Casa, externou sua revolta: "CANSEI DE DISCURSOS, TEMOS QUE FAZER ALGUMA COISA.”
(*) Foto: Palácio Monroe em 1906
Leia a matéria na Tribuna da Imprensa online.
2 comentários:
Alô, Giulio.
Sua expressão em nativo para um tempo que moral ainda vigia aqui neste pedaço, remete para as Catilinárias. "O Tempora, O Mores", traduzida literalmente, 'Que Tempos, Que Costumes'. Fosse vivo Cicero hoje, no Brasil, sua imortal frase se aplica completamente. Temos o ambiente ideal reproduzindo aquela época.
Justo ele, o Cristovam? O Rei dos Bons Modos e Sentimentos? Outro dia o vi, na tribuna da Casa... ele pedia, sussurrando com muito jeitinho e doçura, para que o Renan se afastasse da presidência enquanto houvesse alguma "dúvida" pairando no ar...Que idiota! Como é cretino!!
Enquanto nenhum desses palhaços (pertencente ou não da tal "reserva moral mais inútil do mundo") não berrar "SAI DAÍ AGORA, VAGABUNDO!", para mim são todos rigorosamente iguais ao Renan. Aliás, piores, pois desfibrados e cagões.
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