12 de out. de 2007

Até Quando?

Por Plínio Zabeu

Já lá se vão 5 meses totalmente perdidos para o Brasil. O senado – que finalmente vem sendo considerado como totalmente inútil – está parado. Conseguiu apenas nesse tempo derrubar uma vergonhosa medida provisória, entre tantas outras de igual desserventia, acabando com a escandalosa “sealopra” que logo foi substituída por outra droga igual.
As falcatruas vão aparecendo, promessas de abertura de inquéritos – já se soma cinco ao todo – envolvendo sempre o presidente da tal casa de maus costumes.
Comissões vão sendo criadas, desfeitas, trocadas tudo pelo preço afixado pelos interessados. Entre eles estão aqueles que cumprimentaram efusivamente o senador acusado de falcatrua. Ele conseguiu que nós pagássemos o custo de sua aventura extra conjugal, da qual nasceu uma inocente, via lobista. Pra nós restou a oportunidade de, pelo menos com mais alguns reais, comprar uma revista para contemplar a figura do adultério.
E tudo vai indo de roldão. Decência há muito não se viu mais. Seriedade então, nem se fala. Os poucos que ainda nos davam alguma esperança foram simplesmente excluídos de qualquer oportunidade de esclarecimento.
Lá na câmara os deputados aprovaram em primeira negociata a prorrogação da CPMF. Está difícil conseguir a segunda e depois a mesma coisa no senadinho mal cheiroso.
(*) Ilustração: Marco Tulio Cicero
Mas, inteligentemente, o presidente já colocou à disposição de quem vender o apoio à aprovação, nada menos de um terço do PIB: 640 bilhões de reais. Será que o tal imposto provisório vale tanto assim? Ontem, diante de algum tropeço com a mistura de corrupção e sujeira no senado, o ministro da fazenda já nos ameaçou com represálias, como se todos os brasileiros, e não só os que votaram no partido hoje mandante, fôssemos culpados da baderna que tomou conta do país nos últimos anos. Disse ele que, sem a CPMF, colocará a máquina arrecadadora com o acelerador travado no máximo. E, não duvidem, a tal maquina em matéria de criar e aumentar impostos é a mais eficiente do mundo. Que futuro terrível nos espera! Ou passa a CPMF ou vem mais imposto pra cima da gente. Controlar gastos distribuindo os recursos para as áreas que realmente necessitam – como saúde, segurança e escola – nem um palha movida. Dizia o presidente W. Luiz que “governar é construir estradas”. O atual diz que “governar é contratar mais gente, desde que aliada ao partido principal”!
Ninguém está mais suportando. O mau cheiro de Brasília já se espalhou para o país inteiro. Vamos tapar o nariz enquanto isso.
pzabeu@uol.com.br

3 comentários:

Anônimo disse...

Giulio, democracia sem escola é um veneno letal. Enquanto a maioria não aprender a votar não iremos a lugar algum. jayme guedes

ma gu disse...

Alô, Giulio.

A sugestão do Plinio é inútil. O que causa o mau cheiro já está nos entrando pela boca...
Vide acima a charge Renan Calheiros pede licença.

Anônimo disse...

Os culpados são os senadores, que deveriam ter cassado Renan no dia do seu pronunciamento, quando sentado na cadeira de presidente, admitiu ter usado um lobista para intermediar os pagamentos, "feito em espécie", à jornalista Mônica.
PRIMEIRO: usar funcionário de empreiteira caracteriza conflito de interesse.
SEGUNDO: pagamentos em espécie (dinheiro vivo) transparecem dificuldades em justificar a origem.
INFELIZMENTE., nossos parlamentares, por incompetência ou conivência ou rabo preso ficaram e continuam em cima do muro.
Quem esta pagando a conta milionária, de toda trama e do apagão da Casa, é o erário.