Antigamente, o Governo brasileiro tinha algo como 12 ministérios, que davam conta tranqüilamente de todas as tarefas. A Casa Civil tinha um Chefe.
Ao longo dos anos, esse número foi aumentando lentamente, até o advento do primeiro mandato do atual presidente.
E este foi radical no aumento; hoje estamos bem próximos de 40, entre ministros e secretários com status de ministro; faltam 2 ou 3 para que Ali Babá tenha seus 40 comparsas. O último a ser acrescido foi o já notório Mangabeira Unger, cujo sotaque denota ser legítimo brasileiro...
Aliás, seria interessante saber qual a necessidade de ministros como o dos portos, o da pesca, o da cultura que, ao que se saiba, muito pouco ou quase nada têm feito para justificar sua existência.
A começar pelo último dos citados, em cujo ministério nunca houve tantos desmazelos, tantos roubos de documentos e abandono em museus, tanta falta de atuação do Ministro, que parece muito mais interessado em manter sua carreira artística do que em cuidar dos assuntos culturais em termos mais amplos (o último, ou mais recente exemplo desse descaso envolveu o acervo de Jorge Amado, que quase foi enviado à Universidade de Harvard, que talvez tenha se interessado em ficar com o acervo mandando para cá, em troca, o professor que se licenciou para vir ser o Ministro do Planejamento de Longo Prazo...., Ministério criado ilegalmente pela Presidência da República.
Sobre portos não se conhece nenhuma medida tomada para modernizar nossos portos com novos equipamentos, com terminais eficientes para operarem com “containers” ou diminuir os custos da mão de obra. Estamos a léguas de distância dos bons portos do mundo.
E na pesca, o que foi feito?
Tomando-se em conta que para cada Ministério ou Secretaria com igual status há despesas com lugar para a instalação física, automóvel de luxo com motorista, vários DAS ou CC, além de pessoal (para o Sealopra seriam nomeados 600 funcionários), equipamentos de escritório, etc., é de se perguntar se, ao invés disso, não seria preferível alocar essa soma de recursos para saúde, educação, estradas, portos, etc., etc.
Ou, alternativamente, aceitar a redução da alíquota da CPMF em alguns décimos de pontos porcentuais, já estabelecendo que a cada ano haverá uma diminuição, até que fique em torno de 0,05%; mesmo com esse porcentual, os efeitos positivos da CPMF, de controle sobre a movimentação financeira, continuarão válidos.
Contando a quantidade de vezes em que o Chefe (Presidente da República) está fora do Brasil, é de se indagar com que freqüência (ou de quantas em quantas semanas) o Chefe despacha com cada um de seus Ministros. Pelo que se lê ou ouve da imprensa, isso acontece muito raramente. Daí a necessidade de um ministro com virtual posição de primeiro-ministro, um dos quais nos deixou uma triste
lembrança, como operador do mensalão. O(A) atual tem fama de ser um(a) excelente gerentão.
A verdade é que, pensando bem, o Presidente Da Silva está fazendo o que disse que seria o verdadeiro indicativo de progresso: inchar, tanto quanto possível, a máquina do governo. Como se sabe, em recente pronunciamento o Sr. Da Silva disse que a teoria de “menos governo”, apregoada como sendo a ideal para melhorar o funcionamento da máquina, estava errada. Havia que admitir mais gente, aumentar a intervenção do Estado na vida do País em geral e na economia em particular.
Apesar de uma recente “recaída” do governo em seu processo de re-estatização, licitando 7 trechos de estradas federais para serem concedidas(vejam bem, “concedidas” e não entregues, como certamente os nacionalistas de plantão dizem) a empresas privadas, há um nítido processo de re-estatização, como o demonstram, entre outros, a entrega de antigos bancos estaduais ao Banco do Brasil e não licitando-os para que passem à propriedade de bancos privados, ao aumento de participação da Petrobrás na indústria petroquímica e no setor de gás natural, além de outros movimentos de menor repercussão.
E, de acordo com o que suponho ser a mentalidade do Sr. Da Silva, há que ter mais governo até para que os Ministérios e as Secretarias Especiais que criou tenham o que fazer.
Triste, muito triste, é que apesar de toda essa estrutura de governo, apesar da CPMF, estarmos constatando que a dengue se transformou em uma pandemia, com praticamente todos os Estados brasileiros atingidos pela doença (ontem se noticiou que no Mato Grosso haviam sido registrados mais de 70.000 casos, com números ligeiramente inferiores em muitos outros estados).
Será que o Presidente Da Silva se jactará desse feito?
Sobre portos não se conhece nenhuma medida tomada para modernizar nossos portos com novos equipamentos, com terminais eficientes para operarem com “containers” ou diminuir os custos da mão de obra. Estamos a léguas de distância dos bons portos do mundo.
E na pesca, o que foi feito?
Tomando-se em conta que para cada Ministério ou Secretaria com igual status há despesas com lugar para a instalação física, automóvel de luxo com motorista, vários DAS ou CC, além de pessoal (para o Sealopra seriam nomeados 600 funcionários), equipamentos de escritório, etc., é de se perguntar se, ao invés disso, não seria preferível alocar essa soma de recursos para saúde, educação, estradas, portos, etc., etc.
Ou, alternativamente, aceitar a redução da alíquota da CPMF em alguns décimos de pontos porcentuais, já estabelecendo que a cada ano haverá uma diminuição, até que fique em torno de 0,05%; mesmo com esse porcentual, os efeitos positivos da CPMF, de controle sobre a movimentação financeira, continuarão válidos.
Contando a quantidade de vezes em que o Chefe (Presidente da República) está fora do Brasil, é de se indagar com que freqüência (ou de quantas em quantas semanas) o Chefe despacha com cada um de seus Ministros. Pelo que se lê ou ouve da imprensa, isso acontece muito raramente. Daí a necessidade de um ministro com virtual posição de primeiro-ministro, um dos quais nos deixou uma triste
lembrança, como operador do mensalão. O(A) atual tem fama de ser um(a) excelente gerentão.
A verdade é que, pensando bem, o Presidente Da Silva está fazendo o que disse que seria o verdadeiro indicativo de progresso: inchar, tanto quanto possível, a máquina do governo. Como se sabe, em recente pronunciamento o Sr. Da Silva disse que a teoria de “menos governo”, apregoada como sendo a ideal para melhorar o funcionamento da máquina, estava errada. Havia que admitir mais gente, aumentar a intervenção do Estado na vida do País em geral e na economia em particular.
Apesar de uma recente “recaída” do governo em seu processo de re-estatização, licitando 7 trechos de estradas federais para serem concedidas(vejam bem, “concedidas” e não entregues, como certamente os nacionalistas de plantão dizem) a empresas privadas, há um nítido processo de re-estatização, como o demonstram, entre outros, a entrega de antigos bancos estaduais ao Banco do Brasil e não licitando-os para que passem à propriedade de bancos privados, ao aumento de participação da Petrobrás na indústria petroquímica e no setor de gás natural, além de outros movimentos de menor repercussão.
E, de acordo com o que suponho ser a mentalidade do Sr. Da Silva, há que ter mais governo até para que os Ministérios e as Secretarias Especiais que criou tenham o que fazer.
Triste, muito triste, é que apesar de toda essa estrutura de governo, apesar da CPMF, estarmos constatando que a dengue se transformou em uma pandemia, com praticamente todos os Estados brasileiros atingidos pela doença (ontem se noticiou que no Mato Grosso haviam sido registrados mais de 70.000 casos, com números ligeiramente inferiores em muitos outros estados).
Será que o Presidente Da Silva se jactará desse feito?
2 comentários:
Alô, Adriana.
Muito claro o sr. Rosenfeld. O único problema é ele achar que o sr. DaSilva tem uma mentalidade.
kkkkkkkkkkkkk
Vamos parar com esse erro "estórico" de uma vez por todas: Ali Babá não, repito, não era o chefe dos 40 ladrões; ao contrário, combatia-os. Assim sendo, comparar essa coisa que nos preside com Ali Babá é, no mínimo, indevido. Abre-te, mensalão!
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