3 de out. de 2007

Outra Piada do Governo

Por Giulio Sanmartini

Nelson Jobim no dia 26 de julho passado assumiu o problemático ministério da Defesa, recém saído do maior acidente aéreo da história do país e de um caos infernal.
Chegou como rei da cocada preta, tratou o ministro que estava saindo Waldir Pires, como um mísero pau de bosta. Em seguida meteu bronca.
Teatralmente, pediu aos presentes um minuto de silencia, em homenagem às vítimas do acidente e disse:
"É um lamento profundo e de comiseração. É um momento de assumir responsabilidade. Não se reconstrói nem se recompõe aquilo que se perdeu. Fizemos no Brasil várias reformas em aeroportos, mas na perspectiva da comodidade dos usuários. Precisamos escolher nossas prioridades. Elas começam pelo decolar, trafegar para depois chegar à comodidade. Se o preço da segurança for manter a fila, ela será mantida. É o preço que pagamos pela segurança."
Para não perder a viagem numa demonstração que já havia sido contaminado pelo lulismo, fechou a solenidade com uma bravata: . "Não pode deixar haver mais comandos fora de regência. Tem que funcionar como orquestra. E o maestro sou eu. A música e composição são do presidente. Eu executo isso." além de uma ameaça à equipa que trabalharia com ele: “Aja ou saia. Faça ou vá embora”.
Para mostrar que agia e fazia, logo depois usando um adereço , que o tornou parecido com um Mussolini depois da diarréia e foi visitar o local do desastre (foto).
De bravata em bravata de lambanças em lambanças, o salvador foi desaparecendo e perdendo qualquer seriedade, enfiado de forma ridícula ridículo de um uniforme de oficial superior do exército usado de forma indevida. Hoje ninguém mais fala em Nelson Jobim a não ser para achincalhá-lo.
Escreve a seguinte nota sobre o “apagão” Aydano André Mota
“Sabe o apagão aéreo? Está achando que acabou? Então, veja essa...
Anteontem, o vôo da OceanAir/BRA que sairia do Galeão às 18h20 para Brasília não apenas atrasou mais de duas horas, como fechou as portas deixando cerca de 15 passageiros do lado de fora!
Três moças souberam do atraso quando chegaram no aeroporto e fizeram o check-in. Conformadas com o inferno em que se transformou viajar de avião no Brasil, elas entraram na sala de embarque e engataram na conversa, dando uma olhada ou outra para o monitor.
Só que a companhia não fez chamada pelo alto-falante. Quando viram a informação na telinha, elas foram até a porta de embarque, inapelavelmente fechada. E o avião lá no finger.
Um funcionário da OceanAir apareceu e disse que o avião já tinha fechado as portas, "infelizmente".
A opção que a companhia deu foi um voucher de táxi para as três voltarem para casa. E outro, de retorno ao aeroporto, às 7h para novo check-in. As malas, despachadas, foram para Brasília no avião original. Sabe Deus - ou o diabo - o paradeiro delas.”

Já que o ministro da Defesa não age nem faz, está na hora que alguém lhe diga: Nelson, vá embora!

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