27 de out. de 2007

A prova dos nove fora

O ex-interno da Febem (atual Fundação Casa), Anderson Marcos Batista, acusado de extorquir dinheiro do padre Júlio Lancelotti, foi preso no início da noite desta sexta-feira após uma denúncia anônima recebida pela polícia.
Agora sim vamos saber tudo sobre esse padre que se esmerava tanto pra cuidar de meninos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Alô, Adriana!
Eu não tenho certeza alguma que podemos chegar à causa da extorsão. Vivemos um tempo em que a verdade anda tão envergonhada que é possível ela, mais uma vez, ceder espaço às versões. Não estou me posicionando como juiz do tal padre. O caso é estranho por si só. Talvez nunca saberemos o que, de fato, sucedeu. Não esqueça que existem pendências jurídicas de toda ordem envolvendo políticos, dirigentes de partido, funcionários do governo e que dificilmente serão condenados, mesmo que escutas telefônicas, fraglantes e filmagens os mostrem com a boca na botija. O surrealismo há muito escolheu essa terra para habitar. Penso que não sairá tão cedo.

Abreu disse...

Adriana,

O padreco peterasta jamais teve clemência contra quaisquer dos muitos alvos de suas críticas enviesadas (invariavelmente antagonistas da petralhada). Agora, aparece super-blindado por todos os meios de mídia. Acho isto um assinte contra minha capacidade crítica. Por bem menos, o rabino Henry Sobel foi cristianizado (apesar — ou ‘exatamente’ por ser judeu?). A FSP de hoje (27/10) dá a seguinte matéria, com link aberto:

«ADVOGADO DE EX-INTERNO AFIRMA TER RECEBIDO PAGAMENTO DO PADRE JÚLIO LANCELOTTI

(...)
Relacionamento amoroso
Ex-interno da Febem, Batista teria conhecido e iniciado um relacionamento amoroso com o padre na instituição, onde foi internado aos 16 anos por roubo. "Eles chegaram a ter relações sexuais dentro da igreja", disse o advogado de Batista. Em 2000, após fugir da instituição, teria começado a solicitar ajuda financeira ao sacerdote e, mais tarde, passado a exigir uma soma cada vez maior em dinheiro. Segundo o advogado de defesa, Lancelotti tinha conhecimento da condição de foragido de Batista.

O advogado afirma que o valor dos bens recebidos por seu cliente foi de "quase 700 mil reais" e que o relacionamento entre o padre e ex-detento acabou após Batista ter se casado, em outubro de 2006. Ainda de acordo com ele, o sacerdote mantinha relações sexuais com outros meninos.

O delegado-assistente da SIG Marco Antonio Bernardino informou que a Cúria Metropolitana de São Paulo (setor administrativo da Igreja Católica) pediu à Justiça, no início da semana passada, que o caso fosse conduzido sob sigilo.

Denúncia
O grupo preso nesta sexta-feira é acusado pela Polícia Civil de São Paulo de extorquir o padre Júlio Lancelotti, conhecido por ser um dos principais defensores dos direitos de jovens infratores e de moradores de rua de São Paulo. Foi o próprio padre quem procurou a polícia para denunciar o crime.

Os primeiros pedidos de dinheiro variavam entre R$ 800 e R$ 1,5 mil e eram feitos por meio de bilhetes. Os recados eram entregues pelos outros dois suspeitos, os irmãos Everson dos Santos Guimarães e Evandro dos Santos Guimarães. O padre deveria devolver o bilhete, para que não houvesse prova das ameaças, e entregar o dinheiro.
(...)»


http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u340367.shtml

E AGORA, COMO FICA ISSO?