O repórter Fábio Zanini, da Folha de São Paulo, que acompanha a viagem do presidente Lula à África, publicou nota com declaração do ministro da Comunicação Social sobre a possibilidade de demissões no quadro da Radiobras, que será incorporada pela EBC, criada através de Medida Provisória publicada essa semana.
"O governo federal encomendou à Fundação Getúlio Vargas um estudo sobre a estrutura de pessoal da TV Pública que pode resultar no enxugamento do quadro de funcionários da estatal de comunicação, hoje com 2.800 funcionários. "É uma consultoria para fazer uma comparação com a estrutura privada que existe no mercado", disse o ministro Franklin Martins (Comunicação Social).
O estudo deve mostrar onde há sobreposição de funções, onde deve haver corte, contratação e elevação de salário. Sobre o quadro de pessoal, o ministro disse que "acha que vai diminuir, mas tem que ver o diagnóstico". Afirmou que a TV, cuja implantação está marcada para 2 de dezembro, demorará ao menos mais seis meses para começar na prática."
No texto o jornalista se reporta a TVP, como uma estatal de comunicação, o que é a mais completa verdade, pois criada por uma MP isso fica explícito. Para ser pública como, por exemplo, a BBC ou PBS, ela deveria ser criada a partir da vontade da sociedade civil. Pelos moldes em que está sendo implantada, ela se assemelha a TV Cultura de São Paulo, que sofre ingerência do governo paulista.
Em relação ao enxugamento dos quadros de funcionários seria preciso saber qual seria a grade de programação da TVP, pois a quantidade de profissionais está intrinsecamente relacionada à grade de programação. É assim que funcionam as coisas, haja vista, que a TVP será uma geradora de programação para uma rede de emissoras estatais. Ao encomendar o estudo a FGV os dirigentes da TVP já devem ter um esqueleto da programação da emissora, que deveria já ter sido divulgada ao distinto público. Caso contrário estará colocando os carros adiante dos bois.
Enquanto na África o ministro Franklin Martins revela que pode existir um enxugamento do quadro de funcionários da estatal, no Brasil a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, diz o contrário ao ser indagada no programa Observatório da Imprensa se haverá demissões. Tereza respondeu não.
- Queremos construir a TV Brasil com o atual corpo de funcionários. Não há plano de demissões voluntárias. Os celetistas e estatutários [da Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto (Acerp), que coordena as TVEs do Rio e Maranhão] continuarão estáveis e trabalhando, disse Tereza.
Ela passou um bloco em cima da questão, explicando que os empregados da Radiobras podem migrar imediatamente pela empresa ser estatal, situação diferente da Acerp, uma organização social. “A Acerp não pode ser extinta de imediato como a Radiobras, senão todos teriam que ser demitidos. Ninguém quer construir o desumano”.
O desencontro de declarações entre Martins e Cruvinel demonstra que as peças da TVP não estão bem encaixadas. Pelo visto, o governo não tirou nenhuma lição da não aprovação da MP que criou a Sealopra pelo Senado.
Enquanto na África o ministro Franklin Martins revela que pode existir um enxugamento do quadro de funcionários da estatal, no Brasil a presidente da EBC, Tereza Cruvinel, diz o contrário ao ser indagada no programa Observatório da Imprensa se haverá demissões. Tereza respondeu não.
- Queremos construir a TV Brasil com o atual corpo de funcionários. Não há plano de demissões voluntárias. Os celetistas e estatutários [da Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto (Acerp), que coordena as TVEs do Rio e Maranhão] continuarão estáveis e trabalhando, disse Tereza.
Ela passou um bloco em cima da questão, explicando que os empregados da Radiobras podem migrar imediatamente pela empresa ser estatal, situação diferente da Acerp, uma organização social. “A Acerp não pode ser extinta de imediato como a Radiobras, senão todos teriam que ser demitidos. Ninguém quer construir o desumano”.
O desencontro de declarações entre Martins e Cruvinel demonstra que as peças da TVP não estão bem encaixadas. Pelo visto, o governo não tirou nenhuma lição da não aprovação da MP que criou a Sealopra pelo Senado.
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