Cerca de 5 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam desde a manhã desta quarta-feira (17) a estrada de ferro de Carajás, no Sudeste do Pará, que dá acesso à maior mina de ferro a céu aberto do mundo. A interdição faz parte das manifestações pela reforma agrária em todo país.
Um comentário:
Alô, Adriana.
Peço licença para reproduzir o comentário do 'anônimo' no post "Só para comparar", do Giulio. Foi tão incisivo, e correto, que cabe bem aqui neste post. Só aproveito para lembrar o presidente Sarkozy, da França: "Primeiro os deveres, depois os direitos".
Anônimo disse...
Caro senhor Giulio,
Esse é o país da mentira. É Banânia.
Esse é talvez, o país mais hipócrita do mundo.
Esse é o país onde todos se permitem um pequeno delito e vivem arrotanto grandes direitos, jamais se lembrando de suas grandes obrigações em relação ao país.
Esse é o país das grandes manifestações, das grandes passeatas, sempre com carnaval, trio elétrico, quando se trata de defender um direito específico, de um grupo, do corporatvismo.
Não há união quando se trata defender um direito coletivo, de protestar contra arbitrariedades que atingem toda a nação.
Banânia é um país da fantasia.
Banânia adora futebol, cerveja, carnaval, circo.
O povo de Banânia adora um ídolo, um mito.
Viva Airton Senna, Pelé, Robinho, Ronaldinho, Chitãozinho e Xoró e tantos outros que elevam o nome de nossa pátria.
Vital Brazil, tem um instituto com esse nome, quem é esse cara?Oswaldo Cruz? Quem é? Tá vivo ou já morreu? Tem uma estrada com o nome dele. Não tem? O que esses caras fizeram? Joaquim Nabuco? Sei não!Rui Barbosa? Não é o águia não sei das quantas? Machado de Assis?
Ah... essa camisa que estou usando com o nome e a cara do Chê? Isso é porque o cara foi um grande cara.
O pessoal lá do meu partido disse que ele foi um grande lider, que queria o bem da humaninade dos pobres, dos oprimidos e odiava "uzamericanu", assim como eu. Mais não sei!
Ah... que assunto mais chato, vamos falar de futebol. Esse assunto eu domino, sou "dotô". E não me fale de política por que eu não me lembro nem em quem e nem por que votei.
Banânia é um país sem memória.
Banânia se vangloria de ser um povo pacato, de gente boa, alegre, que a todos encanta, um povo cordato.
Pura hipocrisia, pois na hora do jeitinho, às favas com a cordialidade. Vamos parar o carro na vaga para excepcionais no shopping ou no supermercado. Vamos estacionar na padaria, no shopping ou no supermercado ocupando duas vagas. Vamos fazer conversões proibidas, afinal, é apenas um delitinho de nada, é só prá ganhar um tempinho.
Há um congestionamento? Ora, vamos trafegar pelo acostamento, eu sou mais esperto.
O cachorrinho está com vontade de fazer cocô ou xixi? Vamos levá-lo até a pracinha prá ele fazer suas necessidades tadinho, lá na pracinha onde brincam as criancinhas?
Meu cachorro está incomodando o vizinho? Dane-se, ele que se mude, eu tenho os meus direitos.
O som está alto e meu vizinho reclama, ora mas que sujeito mais chato, ranzinza, nem parece brasileiro, não gosta de se divertir, que sujeito mais chato.
O sujeito é um político corrupto? Não importa, ele é a favor dos meus interesses, dos meus, não dos outros ou do país, isso é o que conta.
Filas no INSS, no SUS, nos bancos. Filas intermináveis para matricular o filho na escola? Impostos cavalares? Ora, nada que um feriadão prolongado não nos faça esquecer e recarregara as baterias para uma próxima humilhação.
Enfim, sou gay? Vamos protestar. Sou MST, vamos protestar, vamos invadir, vamos quebrar.
Vamos interromper o trânsito, vamos tolher o direito deles de ir e vir. Essa gente tem que aprender que se não estão do nosso lado, fôdam-se!
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